edsonneto
(usa KUbuntu)
Enviado em 23/05/2017 - 15:30h
Não se preocupe, defender o terminal não me causa má impressão alguma :)
Agora... O problema é que os comandos que estão por aí geram diversos problemas após o copiar e colar. Há uma série de blogs e sites disponibilizando repositórios abandonados e outros lixos que, no fim das contas, prejudicam a experiência do usuário final mais leigo. Me lembro que fiquei fascinado ao me deparar com o terminal pela primeira vez, especialmente porque finalmente parecia ter encontrado a tal tela que os hackers dos filmes adoravam mexer. Foi uma experiência ótima, até eu me deparar com problemas mais específicos, e esses não poderiam ser resolvidos com tutoriais pouco específicos.
Me disseram que o Linux possuía diversas interfaces gráficas, e blogs e fóruns disseram que eu poderia instalar aquelas que eu bem desejasse, e que eu escolheria ainda na tela de login - disseram, eu acreditei e queria experimentar tudo. Instalei o KDE, o Gnome, o Budgie e o Mate. A surpresa foi enorme quando reiniciei o computador e vi que não deveria ter instalado tudo aquilo: o gtk virou uma loucura. Nesse momento, tive que procurar comandos específicos, descobrir quais softwares eu deveria desinstalar... descobrir até o que era o próprio gtk, o qt...
Apesar de não podermos fazer acusações e defesas em torno desse caso específico, ele é uma mostra caricatural clara de que nem todos os problemas serão abrangentes ao ponto de terem soluções nos fóruns... É aí que eu prezo pela intuitividade, por um sistema que converge para a solução, e que tem um design mais coerente, que abre portas para as soluções através da intuitividade. Diria, até, um sistema que tem o terminal como opção, mas não como regra.
Ok... Usar o Ubuntu como exemplo pra isso pode ser lido como um tiro no próprio pé, já que de fato ele apresenta uma lojinha para softwares e todas essas coisas, mas, como contra-argumento, vale dizer que mesmo que a Canonical discurse muito bem, o terminal é necessário no sistema, e somos empurrados pra lá no primeiro bug na interface - e, na época que usei, pelo menos, tinha um número considerável deles.
hrcerq escreveu:
edsonneto escreveu:
[...] No terminal, eu realmente preciso saber aquele(s) comando(s) específico(s), e aí a intuitividade é zero, e o problema fica maior. [...]
Realmente, a intuitividade não é a mesma. Mas o ponto é que se você está pesquisando uma solução e se depara com o código que deve executar, não há porque rejeitar essa solução. O comando já está ali, já foi entregue de bandeja. É só copiar e colar.
Perceba o seguinte: quando você está acostumado a buscar soluções gráficas para seus problemas, se você se depara com códigos talvez sinta algum desconforto, por uma questão de costume mesmo. Isso é perfeitamente normal. Mas da mesma forma, quando está acostumado a resolver as coisas na linha de comando, vai estranhar algumas soluções gráficas.
Da maneira que estou falando pode parecer que sou fanático (no mau sentido mesmo, se é que há um bom) por linha de comando, mas não é isso. O que acontece é que existe uma espécie de tabu com relação ao terminal, como se fosse algo de outro mundo, que exige conhecimentos super avançados de computação, quando muitas vezes um simples Ctrl+C/Ctrl+V basta. Tem muita gente que pra copiar e colar besteira na Internet é uma beleza, agora na hora de copiar e colar um simples comando treme nas bases.
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Atenciosamente,
Hugo Cerqueira