Querem suporte oficial do Microsoft Office para Linux? A chance é agora!

13. Re: Querem suporte oficial do Microsoft Office para Linux? A chance é agora!

Paulo
paulo1205

(usa Ubuntu)

Enviado em 28/04/2019 - 18:15h

hrcerq escreveu:

Exato. Manipular os dados com shell, awk ou outros scripts não apenas é mais eficiente como também mais versátil.


Pode ser ou não. Se você for como eu, que vai construindo o script aos poucos e vai testando os passos intermediários rodando o script em cima dos mesmos dados originais, então essa recomputação múltiplas vezes acaba sendo menos eficiente do que poderia ser um trabalho mais manual com a planilha. Mas quando, depois de pronto, o script pode ser aplicado a várias planilhas diferentes mas com mesma estrutura (por exemplo: relatórios periódicos, relatórios de diferentes departamentos da empresa etc.), transformando rapidamente a massa de dados de entrada em alguma outra coisa, aí é inegável que os scripts são melhores.

Ok, esses pontos fazem sentido, exceto o último. Nunca tive problemas pra encontrar algo na documentação ou na wiki,


Pois é... Pra mim, a Wiki não é parte da documentação do produto. Se eu estiver desconectado, só posso contar com o que eu tiver instalado. E a documentação instalável do LibreOffice deixa muito a desejar.

mas aí eu sou suspeito nesse caso porque não uso recursos mega avançados em planilhas, pois como disse, não creio que seja o melhor meio de manipulação de dados. Com um script você aplica a mesma lógica a inúmeros conjuntos de dados. Numa planilha você tem que fazer tudo de novo pra cada conjunto novo. Isso sem falar na manutenção e no controle de versão.


O Excel tem uma linguagem de scripts bastante poderosa. Dá para fazer coisas legais dentro da planilha. Mas é dentro da planilha.

Mas não era nem a isso que eu estava me referindo, e sim ao problema da infestação de javascript na Web. Vejamos o que aconteceu com os java applets e com o flash. Todos eventualmente acabaram caindo, em desgraça. Tenho a impressão de que a hora do javascript vai chegar também. A ideia de você baixar código externo e executar no seu computador sem que haja sequer algum tipo de verificação é um problema muito sério. Confiar que o navegador vai isolar completamente o javascript é uma besteira sem tamanho.


Existe esse risco, e alguns sites e alguns tipos de aplicações web realmente são feitos dessa maneira. Mas eu entendo que esse não é o caso dos aplicativos de produtividade. Entendo que um Gmail, Google Docs ou Office 365 utilizam HTML5 e JavaScript com drivers do terminal “burro” e mecanismo de extensão desse terminal: a lógica do negócio que realmente conta fica remota.

Para além disso, quanto mais código javascript você tem que baixar, mais vai demorar pra carregar a aplicação, mesmo com código minificado e CDNs. Tudo isso é marretada. Penso que devemos buscar sempre a simplicidade, não ficar aplicando remendos.


Se for só uma questão de interface, pode não ser tanto código assim. E o HTTP sempre ofereceu mecanismos para a manutenção de cache e evitar transferir conteúdo já conhecido.

[quote}Aí quando falo em Noscript, todo mundo olha torto, como se fosse uma complicação desnecessária. Infelizmente muitas páginas deixam de funcionar sem javascript. Nesse caso o problema é o noscript ou a página? Pra mim está muito claro que é a página.[/quote]

Não posso falar com a propriedade de um desenvolvedor web, pois não tenho o conhecimento que eles têm. Mas dos poucos sites que tive de criar sozinho, eu entendo que apenas HTML tradicional mais CSS, conquanto muito úteis, não são suficientes para expressar todas as necessidades de apresentação em todos os meios que a tecnologia nos oferece. É por isso que o JavaScript, que antes era um recurso oferecido pelos browsers como algo ad hoc para poder estender a funcionalidade de cada site, passou a ser parte do HTML5 e DOM, oferecendo uma forma padronizada de estender qualquer interface, independentemente de qual navegador esteja sendo usado.

Então, pode até ser que JavaScript venha a cair em desuso. Mas agora ele é padronizado, e não é de posse de nenhuma empresa em particular, e não é para rodar o core do negócio, mas apenas para interagir com o usuário. Assim, eu acho que ele dura um pouquinho mais.

... “Principium sapientiae timor Domini, et scientia sanctorum prudentia.” (Proverbia 9:10)


  


14. Re: Querem suporte oficial do Microsoft Office para Linux? A chance é agora!

Hugo Cerqueira
hrcerq

(usa Outra)

Enviado em 28/04/2019 - 19:32h

paulo1205 escreveu:

Pode ser ou não. Se você for como eu, que vai construindo o script aos poucos e vai testando os passos intermediários rodando o script em cima dos mesmos dados originais, então essa recomputação múltiplas vezes acaba sendo menos eficiente do que poderia ser um trabalho mais manual com a planilha. Mas quando, depois de pronto, o script pode ser aplicado a várias planilhas diferentes mas com mesma estrutura (por exemplo: relatórios periódicos, relatórios de diferentes departamentos da empresa etc.), transformando rapidamente a massa de dados de entrada em alguma outra coisa, aí é inegável que os scripts são melhores.


Sim, eu também tenho esse hábito de ir alterando e validando. Mas eu trabalho com amostras. Não preciso validar o script contra a massa de dados inteira. Uma vez pronto, eu aplico a toda a massa de dados e pode ter alguns ajustes pontuais, mas o núcleo do trabalho mesmo já estará pronto.

Pois é... Pra mim, a Wiki não é parte da documentação do produto. Se eu estiver desconectado, só posso contar com o que eu tiver instalado. E a documentação instalável do LibreOffice deixa muito a desejar.


Bom, realmente, olhando por esse lado... A Wiki não é documentação de jure, mas então essa mesma crítica valeria para a documentação do MS Office, não? Digo, os produtos da Microsoft estão cada vez mais voltados para a nuvem, partindo do princípio de que você terá conexão à Internet para qualquer coisa, certo? Isso valeria para a documentação? (pergunto porque nesse caso não sei mesmo)

O Excel tem uma linguagem de scripts bastante poderosa. Dá para fazer coisas legais dentro da planilha. Mas é dentro da planilha.


Pois é, dentro da planilha. Esse é o ponto. Interoperabilidade é uma questão chave na TI.

Existe esse risco, e alguns sites e alguns tipos de aplicações web realmente são feitos dessa maneira. Mas eu entendo que esse não é o caso dos aplicativos de produtividade. Entendo que um Gmail, Google Docs ou Office 365 utilizam HTML5 e JavaScript com drivers do terminal “burro” e mecanismo de extensão desse terminal: a lógica do negócio que realmente conta fica remota.


Se isso é verdade, então a situação é pior ainda, pois você precisa transferir seus dados para a plataforma remota antes de processá-los. Ou seja, você não tem a opção de trabalhar local.

Mas de toda forma é difícil dizer isso com certeza, porque os scripts vem não apenas minificados mas também obfuscados, geralmente. Isso significa que você precisaria pegar o código e fazer uma engenharia reversa pra ter certeza.

Isso seria um trabalho ingrato, porque mesmo que eu valide o script, amanhã o código pode mudar completamente e eu terei que fazer tudo de novo, o que é humanamente impossível a menos que só tivéssemos isso pra fazer da vida. Em outras palavras, o problema é que a aplicação pode mudar a qualquer momento contra a sua vontade.

Se for só uma questão de interface, pode não ser tanto código assim. E o HTTP sempre ofereceu mecanismos para a manutenção de cache e evitar transferir conteúdo já conhecido.


De fato, cache ajuda. Mas pense o que acontece quando você começa a usar muitas aplicações Web. Começa a ter que armazenar muito conteúdo em cache. Para coisas pequenas pode funcionar bem, mas quando começa a acumular muita coisa, ficará ineficiente. Além disso, de modo geral esse armazenamento acabará sendo inútil, porque em algum momento a aplicação vai mudar de código e você vai ter que baixar de novo.

Eu realmente não vejo porque usar tanta coisa Web. Hoje temos utilitários de produtividade, editores de imagens ou de texto, ou mesmo de multimídia, e várias outras coisas que podem muito bem ser computadas em um programa local. Por mim, a Web deveria ser usada apenas para aquilo que obrigatoriamente requer uma transferência de conteúdo para funcionar, como e-mails, chats e hipertexto. Aliás, sobre e-mails e chats nem mesmo a Web é necessária, pois já temos SMTP, XMPP, IRC e outros protocolos que cuidam muito bem disso.

Não posso falar com a propriedade de um desenvolvedor web, pois não tenho o conhecimento que eles têm. Mas dos poucos sites que tive de criar sozinho, eu entendo que apenas HTML tradicional mais CSS, conquanto muito úteis, não são suficientes para expressar todas as necessidades de apresentação em todos os meios que a tecnologia nos oferece. É por isso que o JavaScript, que antes era um recurso oferecido pelos browsers como algo ad hoc para poder estender a funcionalidade de cada site, passou a ser parte do HTML5 e DOM, oferecendo uma forma padronizada de estender qualquer interface, independentemente de qual navegador esteja sendo usado.


Eu não vejo dessa forma. Para mim, poder navegar de uma página para outra já é interatividade suficiente. Menus drop-down ou outros efeitos em CSS já são até um extra.

O problema de você colocar uma linguagem de scripts nas mãos do desenvolvedor Web é que ele pode acabar se empolgando com isso e indo além da obrigação dele. Pior ainda, alguns se empologarão com as falhas que descobrirem nos navegadores. Pense no risco de acessar uma página criada (ou adulterada) por um deles. Javascript não é confiável, ao menos não como extensão da plataforma Web.

Então, pode até ser que JavaScript venha a cair em desuso. Mas agora ele é padronizado, e não é de posse de nenhuma empresa em particular, e não é para rodar o core do negócio, mas apenas para interagir com o usuário. Assim, eu acho que ele dura um pouquinho mais.

... “Principium sapientiae timor Domini, et scientia sanctorum prudentia.” (Proverbia 9:10)


Infelizmente você está coberto de razão. O fato dele ser parte do padrão vai dificultar que ele caia em desuso.

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Atenciosamente,
Hugo Cerqueira

Devuan - https://devuan.org/



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