removido
(usa Nenhuma)
Enviado em 23/01/2014 - 22:52h
Denilson-BR escreveu:
DW: Você acha que é bom termos tantas distribuições? Deveria existir um esforço colaborativo para uma única distribuição "voltada para o novo usuário" ou os novos usuários é que têm que se acostumar com o "jeitão do Linux"?
LT: Não só acho que ter várias distribuições é algo bom, como acho que é absolutamente essencial! Temos centenas de distros, e muitas delas são para nichos de mercado. E você precisa disso, simplesmente porque mercados diferentes têm necessidades diferentes, e não há distro que atenda a todas elas.
Claro que muita gente diz "mas você precisa de várias distros para o mesmo mercado?" quando pensam no mercado de desktop convencional, e só se prendem na questão do openSUSE, do Fedora e do Ubuntu dividirem o mesmo espaço. Mas você tem as distribuições focadas em questões específicas (e a competição é sempre desejável), permitindo que os mercados decidam quais questões são as mais importantes.
Além disso, ter vários times em jogo mantém a honestidade de todos e permite compará-los. Pode parecer tudo meio bagunçado e complexo, mas eu acho bem melhor ter um sistema feito por vários grupos do que por um só. Mesmo que seja mais complicado.
Concordo com o Linus Torvalds; Eu já tava pensando no que colocar em favor de ter muitas distros, mas ele já disse uma parte do que eu pretendia dizer, claro que ele provavelmente disse melhor do que eu conseguiria. E complementando o que o Linus já disse eu adcionaria também o ganho de experiência que uma pessoa tem em fazer seu próprio Linux. Deve haver muita coisa que você mesmo imaginando não vá acertar tão fácil...
Me lembro de no passado ter lido um texto de uma senhora idosa, muito experiente em termos de linux que era tão entendida do assunto que resolveu fazer um Linux como o pessoal diz "do zero" embora não seja um do zero exato é claro; Ela achava que ia ser fácil com o seu nível de conhecimento, mas estava tendo muito trabalho porque tinha muita coisa que precisava configurar ela mesma e ela nem mesmo tinha imaginado que teria de fazer isso.
O que quero dizer é que com todo esse trabalho que a pessoa tem para fazer uma distribuição linux funcional, ou um "Linux do zero" perfeitamente funcional e com poucos erros, o mais provavel é que após ter o enorme orgulho de ter feito algo assim com o enorme trabalho que deu, ela sinta uma gigantesca vontade -- principalmente no caso do "Linux feito do zero" -- de disponibilizar esse Linux para ser usado.
Aí existe diferença, pois fazer um novo trabalho voltado para a necessidade de um público é louvável e é este o motivo de existir o software livre. Mas pegar algo já pronto, trocar o nome e o tema para chamar de "minha distro" não é nada louvável.
Fazer um trabalho bom é difícil, por este motivo os refisefuqueiros preferem fazer remasterizações sem propósito, sem objetivo e adotam o texto padrão de centenas de remasterizações: o linux feito para leigos e pronto para uso.
Até consigo entender a existência de algumas remasterizações, como o Slax, UbuntUCA, mas a grande verdade é que a maioria das remasterizações não servem pra nada.
Sabe o motivo de todo mundo remasterizar o Ubuntu e o Debian? Eles oferecem uma facilidade enorme nisto, sendo possível gerar uma remasterização em poucas horas. Sabe o que as comunidades das refisefuquis fazem para demorarem tanto a lançar suas remasterizações? Eles ficam discutindo qual é o melhor papel de parede, o melhor tema, o melhor ambiente gráfico, se inclui 30 ou 29 editores de texto, qual vai ser o tamanho da ISO e coisas similares. Duvida? Tire suas próprias conclusões participando dos ffóruns das refisefuqui.