lcavalheiro
(usa Slackware)
Enviado em 16/12/2011 - 10:08h
A questão é mais o que os colegas falaram aí em cima: as pessoas são educadas para não pensar (e, como professor de Filosofia, eu acredito que pra maioria seja melhor mesmo não pensar, para não perceber o quão miserável é sua condição enquanto membro da espécie humana). Se as pessoas não pensam, então a anti-modernidade (ps: "pós-modernidade" dá a idéia de que superamos os ideais iluministas, quando na verdade a maior parte da população sequer os atingiu e não quer saber de chegar lá) funciona tal como a sociedade quer que funcione. Estamos, enquanto espécie, correndo voluntariamente para uma nova Idade das Trevas, para o abrigo acolhedor da ignorância, para fugir da enlouquecedora falta de sentido para a existência que nossos dias impõem sobre as pessoas.
Vejamos os exemplos dados: pessoas que pegam calculadoras para fazer multiplicações simples (e se espantam quando você faz de cabeça a quadratura de números de três ou quatro algarismos); a existência do "bonde do clica-e-vai", usuários não apenas do Windows mas qualquer pessoa (incluindo muitos linuxers, é bom que se diga) que senta no computador e não quer saber de entendê-lo mas apenas de ser adestrado sobre como fazer o mínimo necessário; o sucesso das protoditaduras populistas na América do Sul (principalmente PT no Brasil, Evo Morales na Bolívia, os Kirchner na Argentina e Chávez na Venezuela); o império do politicamente correto e dos homens fracos e doentes incapazes de uma existência autônoma que surgem dos _nannystates_ (Estados que, como os EUA ou o Brasil, adotam o politicamente correto como diretrizes para suas políticas públicas); o império da cultura midiática de massa... São tantos sinais, todos claros como água.
PS.: ao amigo que falou que o pessoal de exatas teria um QI mais alto que o a galera de humanas se o teste for baseado em raciocínio lógico, quero lembrar que a Lógica é assunto e disciplina de competência da Filosofia, que até onde me conste não é uma ciência, tampouco é exata. E o maior QI estimado de todos os tempos pertence a Leonardo da Vinci (200), que não se destacou exatamente pela matemática...