Qual é ou foi sua maior dificuldade para migrar do windows para linux?

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 22/07/2011 - 10:58h

No meu caso, eu tinha um PC super-obsoleto, com pouca memória e pouquíssimos recursos (HD ridículo, leitor de CD 8x, hardmodem Sportster 33600 e conexão discada), e que já estava "pedindo água" para rodar um mísero Windows 98...

Comecei a frequentar o VOL desde 2006 porém minha maior dificuldade foi a de encontrar uma distro que me atendesse DENTRO DE MINHAS LIMITAÇÕES (que também incluíam o fato de eu não entender absolutamente NADA de Linux).

Em 2007 comecei a tentar instalar algumas distros (naquela época as instalações ainda eram "no muque" mesmo).
O que me confundiu naquela época e me fez perder bastante tempo foi a indicação quase unâmime do openSUSE, que naquela época e com AQUELE hardware não funcionou de jeito nenhum.

Acontece que eu não poderia rodar uma distro com interface gráfica com apenas 32MB de memória...
Fui aprender isso quando instalei o Kurumin pela primeira vez.
Aliás não me canso de elogiar o excelente trabalho do Carlos Morimoto, pois antes de se instalar o Kurumin já se aprendia bastante sobre o que deveria ser feito, por que deveria ser feito, e como fazer melhor.
E também "o pulo do gato".

Aí consegui "enfiar" o Kurumin 2.21 no meu Pentium II 200MMX e fazê-lo rodar com 32MB e com uma Trident de 1MB de memória de vídeo...
Na realidade, rodava meio devagar, mas como eu já estava acostumado com o desempenho sofrível do Win 98 naquela máquina, não senti diferença alguma.

Depois descobri o Basic Linux, uma distro minimalista baseada na Slackware 4.0 bastante modificada, e comecei a me dedicar.
O Basic Linux naquela máquina é um verdadeiro avião, e consegue trabalhar perfeitamente com uma interface gráfica com apenas 16MB RAM. Qualquer coisa além disso é lucro.

Problema: Para quem está fora do Brasil, ou seja, usa apenas o idioma Inglês, o Basic Linux ainda é um paraíso.
Porém não dá suporte a outros idiomas sem que seja necessário carregar as locale da Slackware, o que não é nada viável pois é um processo complexo, demorado, ocupa MUITO espaço e transforma o micro em uma carroça novamente. E puxada por lesmas...
Basic Linux é um sistema talhado para funcionar no leste europeu. Não digo isso porque ali as pessoas tenham menor poder aquisitivo; a questão é filosófica mesmo.
Por lá ainda se usa bastante os BBS (Bulletin Board Systems), enquanto no Brasil se usa Orkut e MSN, por exemplo.
Além do que, a realidade mundial é muito diferente daquela que o cinema nos mostra.
No mundo inteiro, não é tão fácil assim as pessoas trocarem de computador como a indústria pretende que se faça.
Para que se tenha uma idéia, os 386 e 486 foram realmente descartados há cerca de dois anos atrás (isso no interior dos Estados Unidos), enquanto aqui no Brasil eles já não existem há quase 10 anos.
Infelizmente a internet já não dá mais suporte algum para micros antigos, pois a profusão de linguagens, plugins e um monte de "coisinhas" incompatíveis com os recursos daquela época deixa os browsers antigos sem a menor chance de funcionar a contento.
Sites em php, asp, flash, simplesmente não abrem, e os que usam CSS saem totalmente disposicionados.
Em 2007 eu conseguia visitar o nosso VOL através do browser Links2. Agora já não dá mais.
Na época eu havia feito um site totalmente em HTML (permanece assim até hoje) e que pode ser visualizado através do Links2, porém tem propagandas em flash, que dão a maior zebra.

Meus problemas se acabaram quando finalmente percebi que eu realmente tinha de melhorar minha máquina.
E como aquela não dava mais nenhuma possibilidade de upgrade (pelo menos economicamente viável), parti para outra "mais decente", um Pentium IV 2.8GHz com 512MB RAM, dos quais 32 são para memória de video.
Esse "abre" qualquer Windows e "produz" com praticamente qualquer Linux ainda hoje, apesar do famigerado chiset VIA.
Sim, há uma GRANDE DIFERENÇA entre "abrir" um sistema operacional e conseguir "ser producente" com ele.
E esse foi o principal fator que me motivou a planejar a troca definitiva de plataforma.

No dia em que descobri que poderia fazer no Linux (por outros meios) ABSOLUTAMENTE TUDO o que fazia no Windows - e mais alguma coisa - levei a coisa a sério e agora minhas máquinas têm apenas Linux, ora uma distro, ora outra, sendo que permaneci no Big Linux 4.2.

Enfim, minhas dificuldades foram:
Total desconhecimento, e um hardware totalmente obsoleto.

raulgrangeiro
(usa Fedora)

Enviado em 22/07/2011 - 11:52h

Olha amigo, eu tive várias dificuldades, entre elas foram a instalação de programas, que logo me adaptei graças a Deus, outra foi a aparência do sistema, eu não entendia muito, mas logo me adaptei também. Mas havia dois obstáculos principais: a minha internet que é lenta (100kbps) e a falta de pessoas pra ajudar e ensinar. Foi Deus que me ensinou a mexer nesse sistema, pois aqui onde moro não tem quase ninguém que use Linux (não que eu conheça). Graças a Deus encontrei esse fórum a mais de um ano, e estou sempre aqui aprendendo mais. Contribuo da forma que posso, e espero ver esse incrível sistema crescer mais e mais. A alguns meses meu irmão instalou o Kubuntu na máquina dele. Só eu e ele que usamos Linux aqui em casa. Outro obstáculo meu foram os jogos, mas então optei por um dual-boot e tenho isso na minha máquina desde que comecei no Linux.

Abraço pra todos! Deus abençoe!

Lordmetalex
(usa BigLinux)

Enviado em 22/07/2011 - 12:09h

A minha maior dificuldade foi escolher uma distro entre tantas rsrsrs, formatava meu pc a cada semana (apesar das distros serem live cds), a decisão só veio quando conheci o Big em 2009.