nicolo
(usa Ubuntu)
Enviado em 17/04/2010 - 15:31h
Prezado Linuxer: Não sei a sua idade nem os seus conhecimentos prediletos. Vou lhe passar algumas informações que talvez soem como heresia às crenças oficiais vigentes, mas a veracidade (ou não, pode ser que me contaram a história errada) é verificável nos livros de história.
A idéia da propriedade intelectual não é universal; nem mesmo foi consenso no passado nos países que hoje a defendem. Santos Dumont era contra patentes por achar que elas atrasam o progresso da humanidade. Os conceitos de justo e injusto são relativos e variam no tempo e em cada lugar.
Durante a guerra fria o lado comunista não reconhecia patentes do ocidente e vice versa. Se você passar pela ponte Rio -Niterói e olhar para o lado de Niterói perto do pedágio verá atracada uma embarcação estranha que serve para levantar embarcações menores. Isso foi uma invenção russa; hoje domínio público.
No mundo inteiro o direito de uso exclusivo da propriedade intelectual, é limitado por tempo, depois cai em domínio público.
Se considerarmos as nuances e sutilezas sobre o que é novidade e o que não é novidade na tecnologia de uma maneira geral entraremos num pântano escuro e nebuloso. Note que a novidade é patenteada para evitar que a imitem de graça.
Na informática a paranóia de patente ganhou dimensões psicopáticas, em parte e digo em parte mesm,o porque é uma tecnologia que muda rapidamente e com grande impacto. Na grande maioria dos produtos a novidade não faz tanta falta, em especial porque as patentes tem tempo de validade limitado. Veja a indústria automobilística: Quem inventou o freio ABS? e a injeção eletrÔnica. Todas as marcas têm isso e ninguém resmunga por patente.
Nesse caso o concorrente inventou um dispositivo que faz a mesma coisa, sem precisar olhar o do outro.
Qual a filosoofia: "Não preciso de você, e não vou lhe pagar um tostão". Em alguns casos partem para o confronto como foi o caso da Sony Betamax, e o VHS das fitas de video, hoje os dois são História para gente velha. O DVD enterrou os dois.
Na informática a oportunidade de fazer algo equivalente por outros caminhos é total. Escrever software, como mostra o software livre, não tem barreiras significativas, além do próprio cérebro. O fenômemo é lado racional da natureza humana, ou conforme a teoria dos jogos, seria o jogo ideal ou jogo prefeito. Todos põe 1 e tiram 100. Se tiver um milhão de participantes no projeto todos põe 1 e tiram um milhão. É difícil conceber um investimento mais lucrativo !!!!!!!!!!!!!
Quer testar? Olhe a fundação Debian, que praticamente não paga para desenvolver código.!
2-Há estudos (infelizmente eu ainda trabalho para pagar minha comida e não tenho tempo para ler tudo) sobre impostos que mostram que todos os sistemas tributários são aberrações. O sistema perfeito seria cada um contribuir RACIONALMENTE com aquilo que pode contribuir e seria maximizada a felicidade global (vai lá uma pitada de utilitarismo de John Stwart Mills). MAS, como os homens nem sempre são racionais os impostos são coletados por lei , ou à força, como queira.
3-O software livre é um pouco de filosofia utilitarista e um pouco de teoria dos jogos. Quanto a teoria dos jogos você vai encontrar toneladas de informações na internet.
Quanto ao utilitarismo você vai encontrar toneladas de DESINFORMAÇÔES na internet.Não ha nada mais DESENTENDIDO que eu conheça que o utilitarismo. A única coisa que presta sobre utilitarismo é o livro do seu criador John Stwart Mills.
4-Valem sempre as condições da Gnu Pubic License.
Pensei en escrever um artigo sobre isso, mas já levei pancada demais escrevendo artigos no VOL.