fpires
(usa Debian)
Enviado em 02/05/2016 - 13:47h
Por partes:
mlrmelo escreveu:
Acho que talvez as minhas dúvidas não tenham ficado claras...
Vamos lá...
1) Estes mirrors ou proxy-caches não atenderão somente aos servidores. A principal razão são os servidores, mas, uma vez que os tenhamos, eles servirão também aos desktops... Assim, por exemplo, o LibreOffice não é "desnecessário", visto que todas as estações de trabalho o utilizam...
LibreOffice foi um exemplo. Poderia dizer outros pacotes como tomcat7, tomcat8 (duas versões diferentes do mesmo software), nginx, pop3d, e vários outros. Provavelmente você não precisa de tudo. A página
https://www.debian.org/mirror/size.en.html dá uma idéia do tamanho dos repositórios com base na arquitetura. Normalmente você vai utilizar
amd64 (para servidores de 32/64 bits) +
all (que são pacotes independentes de arquitetura, como scripts em python, bash e PHP)
2) O horário pra sincronismo a que eu me referi não é o que fica melhor pra mim... Posso agendar pra sincronizar de madrugada, sem problemas... A pergunta é: " A que horas o mirror primário (ou secundário) de onde eu vou espelhar estará disponível para que eu sincronize, a fim de não fazer um sincronismo no meio da sincronização dele e assim, pegar pacotes quebrados. (Será que consegui me explicar?)
Agora ficou mais claro. A página
https://www.debian.org/mirror/ftpmirror#when dá detalhes sobre os horários em que os mirrors principais sincronizam, como checar se já sincronizaram e quando fazer o sync. Você também falou sobre PUSH, mas para isso deverá disponibilizar seu mirror para uso da comunidade, o que incorre em custos de banda.
3) Quanto à questão do proxy-cache "saber" das "novidades"... Sei que um web-proxy, ao receber uma solicitação, verifica, primeiro, se a página armazenada em cache está atualizada ou não e, se necessário atualiza antes de fornecê-la ao browser. Acredito que o proxy-cache também faça isso (não posso afirmar, mas é uma dedução lógica). O problema é, por exemplo, se houver uma atualização de segurança importante, que nunca tenha sido pesquisada (lembram-se da última atualização do SSH?), como é que o proxy fica sabendo dessa atualização? Ou isso só vai acontecer se alguém for tentar instalar o tal pacote ou fizer o apt-get upgrade? Ou ainda... Como fica a atualização de versões? Ex: Se eu tiver um proxy-cache do Debian 8, como ele "fica sabendo" quando sair o Debian 9? (no caso do Ubuntu, saiu agora o 16.04, mas em outubro sai o 16.10...)
Proxy de pacotes (como o apt-cacher) são web-proxies. O funcionamento é essencialmente o mesmo.Ele não sabe de novidades, ele apenas baixa o que seu usuário pede, com
apt-get update && apt-get upgrade. Mas o mirror também funciona assim.... Se ninguém executar
apt-get update && apt-get upgrade a atualização não sai do mirror pro server/desktop... E no caso do mirror, você precisa definir quais as versões (Debian 8, Debian 9 ...) serão espelhadas.
4) Quanto às vantagens de um de e de outro... O proxy-cache é mais econômico em termos de espaço, mas os pacotes que não estiverem em cache (e, se minha dedução acima estiver correta, os defasados também) serão trazidos, mais provavelmente em durante o expediente e não durante a madrugada. O mirror, fará o sincronismo no horário que me for mais conveniente e a instalação durante o expediente será sempre pela LAN, nunca pela internet. Além disso, eu tenho garantia de que estou atualizado. Em compensação, gasta uma enormidade de espaço. A pergunta, então, é: Ter um cache compensa ou é melhor ter um mirror, levando em conta que temos hoje, somente considerando os servidores, mais de 100 máquinas e se levarmos em conta os desktops, passa de 4000 máquinas?