Debate interessante - vamos pensar?????

ianclever
(usa Arch Linux)

Enviado em 27/01/2013 - 23:19h

Gente eu não me conformo de não ver o nosso pinguim que é tão bom sendo deixado de lado(pelos menos esclarecidos) e o ladrão do tio Bill enfiando essas porcarias dele guela a baixo e faturando em cima de quem não entende de informática.

* Certo na minha chegada aqui já fiz um post meio louco o qual eu não tenho "poder" para promover que seria um debate geral do linux....

* Posso parecer chato mas agora com uma ideia um pouco mais pé no chão. ;) Me desculpem, mas eu me preocupo mesmo com o linux.

* vamos a ideia: Nós temos uma grande comunidade linux(claro que o manda chuva é o Fábio mas nós usamos ela), nós poderiamos usá-la também para incentivar o uso do linux, talvez de uma forma mais incisiva, porém não tenho algo mais concreto para sugerir, nós usuários mais antigos podemos botar nossa mente para funcionar e ver o que podemos fazer para por ele em alguns desktops a mais.

é isso vamos pensar... o que podemos fazer para atrair mais pessoas pro pinguim??

pensemos...

lcavalheiro
(usa Slackware)

Enviado em 27/01/2013 - 23:44h

Essa é uma questão muito antiga, que pode ser respondida com um pouco de raciocínio analítico. Existem pelo menos três fatores que impedem um takeover do pinguim sobre a MS:

1) Adestramento prévio associado à preguiça do usuário comum;
2) Reputação negativa adquirida pelo pinguim em seus primórdios;
3) Compatibilidade de hardware e software.

1)
Existe uma razão séria pela qual a MS não sai de casa em casa caçando usuários domésticos piratas de seus sistemas. O usuário doméstico é adestrado a usar o sistema da MS em casa e assim precisará desse mesmo ambiente no trabalho para conseguir usar o computador. Aí compensa caçar os empregadores, porque estes pagarão multas maiores e se vêem presos à MS por conta do adestramento prévio dos usuários domésticos comuns.
Relatando um caso. Na escola pública em que eu leciono ocorreu que recebemos um projetor daqueles da Diebold com Linux Educacional embutido (http://www.diebold.com.br/ProdutoDetalhe.aspx?produto_id=65). Resultado: nenhum professor exceto eu conseguiu usar o bichinho, ainda que o Linux Educacional seja um refisefuquis do MS Ubuntu 11.10 com KDE, e ele foi devolvido à Secretaria de Educação! Tudo por causa do adestramento prévio dos demais professores ao sistema da MS.
É nessas horas que entra a preguiça. Eu expliquei aos demais professores (na verdade ministrei um minicurso sobre a operação do equipamento) como usar o tal projetor. No final todos disseram "eu não quero saber disso, é muito difícil". Agora, onde o MS Ubuntu com KDE é difícil? Só se for na preguiça do usuário comum.

2)
No início dos anos 90, era comum o GNU / Linux ser associado a hackers e isso tinha uma razão. Em muitos casos, era necessário alterar as conexões da placa-mãe usando hardwiring e um ferro de soldar para poder instalar uma distribuição! Com isso criou-se a fama de difícil para o pinguim, e o comportamento de gente como o rms ou o Maddog não ajuda muito nesse sentido. Hoje em dia existem distribuições mais fáceis de usar que o Canonical Windows, mas a fama permanece (em grande parte graças à preguiça do usuário comum, mas também por conta do item 3).

3)
O usuário comum quer digitar textos, acessar redes sociais e jogar em seu computador. Para o primeiro item temos o LibreOffice, que exige uma adaptação prévia, mas é bem compatível então não é caso para problemas.
Quando chegamos no segundo item, começam as dores de cabeça. Qual usuário comum quer se dar ao trabalho de aprender como instalar o Oracle Java e o Adobe Flashplayer plugin em seu computador, já que nem sempre o IcedTea e o OpenJDK dão conta do recado? Não é difícil, mas um usuário comum não quer ter trabalho, essa é a verdade.
Quando o assunto descamba pros jogos, aí o pinguim perde feio, e não há Wine que dê jeito nessa bagaça. Para ajudar, o vendedor das Casas Bahia, que via de regra entende tanto de informática quanto eu entendo de extração de dentes, ainda vira e fala que o computador com "Linux" (vai entre aspas porque o cara nem sonha que o correto é GNU / Linux) não serve pra jogos. Ferrou, venda maciça de PCs com Windows detectada.
Dual boot existe? Sim, mas qual é o usuário comum que vai querer se dar ao trabalho?

pinduvoz
(usa Debian)

Enviado em 28/01/2013 - 00:05h

Concordo com o Cavalheiro.

O que atrapalha mais é a preguiça.

ianclever
(usa Arch Linux)

Enviado em 28/01/2013 - 00:14h

sim esse projetores existem aqui no meu estado e cidade, eu conclui o ensino médio ano passado, mas tem deles, os prof até usam, mas não gostam, a sorte é que só no meu colégio tem uns 5, e o laboratório novo do colégio vem com um tal de cultivar, então estão empurrando o linux de guela a baixo, mas veja bem, quem implantou o projeto aqui foi meu pai na época que era diretor regional de ensino, mas veja só ele próprio que implantou o projeto não usa linux nem a pau, e olha que eu já tentei, tenho linux no meu notebook que fica ao lado do dele, mas nada.

cara o Bruno o fundador do Biglinux tem conta aqui certo??

tem alguma forma de contatar ele??

se a gente conseguir através de um debate aqui ter uma ideia boa o bastante para podermos repassar a esses caras influentes no linux aqui dentro do brasil, podemos aumentar, nem que seja um pouco a ascensão do linux pelo menos dentro do brasil.

o linux já está num patamar suficiente para começar a ganhar ascensão,precisamos manter a fibra assim como o Rms, e botar essa situação para mudar.

1) vamos pensar, no assunto e tentar ter alguma ideia possível de se por em prática e que gaste pouco dinheiro ou nenhum?? mas algo bom mesmo.

2) depois disso entramos e contato com caras influentes no linux aqui dentro do brasil como o próprio Fábio aqui da vol, o Bruno, Dono do biglinux e o encabeçador do União livre, O Morimoto que tem um grande site onde é possível(se ele quiser é claro fazer propaganda do linux), e entre outros que os mais antigos devem conhecer;

3) Se eles gostarem da possível ideia que tivermos, podemos convencê-los a debater sobre isso nessas grandes conferencias sobre tecnologia que eles sempre marcam presença, aí sim o projeto pode ganhar força e começar a reverter a situação.

O que acham? vamos tentar?

Obs.: esses caras trabalham incansavelmente para nos dar o suporte necessário, vamos dar um jeito de retribuir. Eu sou um mero usuário linux minha palavra vale pouco nesse mundão, mas uma vírgula saída da boca de pessoas influentes nesse ramo acaba valendo mais que mil palavras minhas devido ao prestígio que elas tem.

wellingtonsr
(usa Slackware)

Enviado em 28/01/2013 - 00:23h

+1

lcavalheiro
(usa Slackware)

Enviado em 28/01/2013 - 00:38h

Ian, temos dois problemas para a sua estratégia:
1) O Brasil não é país produtor de tecnologia. Isso é um triste fato.
2) O Governo Federal tem um programa parecido com o que você propôs. Quem o segue?

ianclever
(usa Arch Linux)

Enviado em 28/01/2013 - 01:14h

Bom pensando desse modo, a única maneira possível, é marketing pesado, a única distro que tem dinheiro para isso é o ubuntu.

Devemos então pensar uma maneira de arrecadar fundos para isso.

lcavalheiro
(usa Slackware)

Enviado em 28/01/2013 - 01:50h

Se for para aumentar a base de usuários do pinguim nos moldes do MS Ubuntu, não, obrigado. Prefiro uma campanha que aumente a inteligência e reduza a preguiça do usuário comum.

ianclever
(usa Arch Linux)

Enviado em 28/01/2013 - 09:40h

e é esse o problema, o ubuntu já não tem o sangue linux correndo em suas veias, tanto que assim como o google fez com o android eles desvinculam o nome ubuntu ao nome linux, para as pessoas pensarem que é outra coisa.

até o mac os x assume ter algumas partes de código linux mas essas duas distros que são linux negam sua origem e falam em kernel do "ubuntu", kernel do "android" em nenhum momento citam kernel do "linux" quem dirá em projeto GNU.


A níveis assim insuportáveis como da M$ creio que o marketing é prejudicial, mas precisamos sim colocar um pouco mais de propaganda nas distros linux(isso claro se o aumento de usuários não lhes subir a cabeça e diminuir a eficiência como o ubuntu fez).

arthur_hoch
(usa FreeBSD)

Enviado em 28/01/2013 - 12:26h

Bom eu vou tomar como base um filosofo cujo não sei o nome (não e lcavalheiro), bom a teoria deste era que o meio torna o ser como ele é. Se alguém souber o nome dele pela teoria por favor me diga porque eu não me lembro direito da quela aula de filosofia.

Bom imaginem o cara nasce tem propaganda que Windows é bom, e Linux e pra nerds (peitudos e cheios de espinha), esse cara já tem uma falsa imagem do mundo eu chamo isso de estar no molde em que as empresas querem que você esteja, como eu tive uma discussão sobre isso com o lvacalheiro um tempo atras, tiramos a conclusão não adianta você pegar uma mareta e tirar o cara a força do molde, tem que sair sozinho, porque se não vamos ter uma versão do Linux chamada Windows, ops já tem o Ms Ubuntu, e quanto estivermos aqui no fórum tentando ajudar pessoas boas vamos estar auxiliando, apenas pessoas que não querem se dar o luxo de pensar.

Outro exemplo que podemos construir é uma borboleta, digamos assim, a borboleta nasce como larva, depois vai para o casulo é se torna a borboleta o usuário final de linux. Então pegamos a lesma (exemplo na pior das hipotiposes mesmo), jogamos ela no linux, com certeza será uma pessoa mesquinha, imagine fazer isso com um numero muito grande de pessoas image o numero de pessoas, que vão vim no fórum perguntando a mesma coisa porque teve preguiça de pesquisar no Google. A duvida delas podem ser por exemplo como instalar o Ubuntu, talvez Kubuntu ou Xubuntu e o Backtrack.

Acho que isso e enviável, não é mais fácil, mas o correto serial fazer uma campanha para fazer as pessoas pensarem.

E concordo plenamente com o lcavalheiro.

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 28/01/2013 - 13:22h

O Brasil chegou a ser um país produtor de tecnologia, na época da "Reserva de Informática".
Essa tal reserva, no entanto, foi criada para beneficiar uma única empresa, ao mesmo tempo em que literalmente proibia as demais de fazerem acordos tecnológicos de qualquer espécie com empresas estrangeiras.
Em decorrência disso, algumas empresas tecnológicas sérias simplesmente tiveram de fachar as portas, como foi o caso da Cetus, famosa pesquisadora e fabricante de modems.

Os programas governamentais somente são seguidos se isso interessar aos grupos políticos.
Senão, o que ocorre é a nítida desobediência.
Em um país civilizado, precisa-se apenas de um partido de situação, um de oposição e talvez de um outro, moderado.
Por aqui a cada dia chove um infinidade de novos partidos, cuja filosofia amolda-se sempre à conveniência das situações.
Dessa forma, se depender da política brasileira, o Linux ou o Open Source - da mesma forma como qualquer empreendimento que não envolva rios de dinheiro que possa ser "remanejado", jamais irão para a frente.
Fica faltando o "IPI" (in$$entivo à participa$$ão de intermediário$).
Mas isso não é privilégio do Brasil.

leonardo0112
(usa Linux Mint)

Enviado em 28/01/2013 - 13:39h

Quando eu fiz o tutorial para instalar o fedora 17 a intenção foi essa, pois eu sofri muito para deixar meu linux redondinho, mas hj que tenho mais conhecimento e consigo "domar" o linux eu nao deixo ele por nada, pois eu tenho:

*segurança na internet contra programas maleficos

*chega de procurar crack ou serial (os repositorios estao repletos de programas gratis e bons que substituem os pagos)

*e o meu note (dual core 2gb ram) voa baixo com linux, o windows 7 requer mais hardware, por conseguinte fica um pouco mais lento :/

Na duvida, manda um dual boot com windows e vai se acostumando aos poucos