A história dos Sistemas Operacionais

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(usa Nenhuma)

Enviado em 28/11/2010 - 15:15h

O que é um sistema operacional?

Modernos computadores são fabricados para executar uma ou mais tarefas através da manipulação de seus componentes. A necessidade de gerenciamento de seus componentes e expansão de suas tarefas,sem necessariamente refazer a máquina,levou ao desenvolvimento de uma arquitetura que permitisse que a máquina fosse manipulada através de programação. Dessa forma,ela teria um microprograma(microprogramação) que faria a interpretação de um conjunto de comandos (linguagem de máquina) para manipular seus componentes. Em suma,um sistema complexo. Escrever programas que controlassem todos esses componentes e usá-los corretamente era um trabalho extremamente difícil. Para resolver tal problema era necessário a criação de um programa que fizesse uma abstração de toda essa complexabilidade. A partir daí criou-se o conceito de sistema operacional,que funciona como uma máquina virtual entre os programas e os componentes da máquina real.

A história dos sistemas operacionais

A história dos sistemas operacionais está interligada ao surgimento dos computadores que,em meados da década de 40,funcionavam a válvulas e painéis de conectores,e sua programação era feita diretamente em linguagem de máquina (não existia ainda a linguagem Assembly). O programador tinha de inserir manualmente suas conexões no computador e esperar horas pelo resultado,que só seria positivo caso nenhuma das milhares de válvulas estivesse queimada. Todo esse processo era para executar simples cálculos numéricos. Logo em seguida,surgiram os cartões perfurados possibilitando que os programas fossem gravados e lidos quando necessário. Qualquer problema no programa implicaria a utilização de outro cartão. Com o surgimento dos transistores,em meados da década de 50,o modelo de programação do computador mudou radicalmente,tornou-o mais confiável,permitindo sua fabricação para revenda.

Devido ao preço exorbitante pelo que era vendido,sua aquisição era restrita a grandes corporações,universidades e órgãos do governo. Nessa época,nasceram as linguagens Assembly e Fortran,contudo,para executar uma tarefa,ainda era necessário utilizar os cartões perfurados. Uma simples tarefa consistia em escrever o programa em papel,perfurar os cartões,levá-los á sala dos computadores e,então,esperar horas pelo resultado. Enquanto um programa era executado,outro programador não podia nem mesmo deixar o seu cartão para execução em seguida. A fim de tornar isso possível,surgiu o conceito de sistema de processamento em lotes(Batch System),que permitia que os cartões fossem colocados em cima de uma bandeja para serem lidos em fitas magnéticas. Em seguida cada fita era lida,executada e seu resultado era impresso após horas. Sistemas Operacionais típicos eram o FMS (Fortran Monitor System) e o IBSYS da IBM. Esse processo perdurou até meados da década de 60,tendo a IBM como líder no segmento,que introduziu o computador System/360 com o uso de Circuitos Integrados.

Na época,utilizava-se o Sistema Operacional OS/306 cuja finalidade era,em teoria,permitir que um programa rodasse sem problema em qualquer um dos computadores da linha 360,370,4300,3080,e 3090. Essa pretensão de permitir portabilidade de programas tornou o OS/360 complexo de desenvolver e manter. No OS/360,nasceu o conceito de multiprogramação,que permitia que,quando um programa esperasse pelo processamento de E/S (entrada e saída),a CPU (Unidade Central de Processamento) pudesse ser utilizada por outro. Note que,se um programa usasse a CPU por tempo indeterminado,o outro jamais teria a chance de usá-la. Era necessário um sistema que permitisse o compartilhamento de tempo,e foi exatamente isso que o pessoal do MIT (Massachusetts Institute of Technology) fez,porém,como os computadores da época não tinham segurança entre os processos (um programa na memória podia prejudicar o outro),não difundiu muito recurso. Mais adiante,surgiu o Sistema Operacional Multics (MULTiplexed Information and Computing Service) do desenvolvimento conjunto do MIT,Bell Labs e General Electric,com um modelo que permitia com que vários usuários compartilhassem tempo simultaneamente.



Ken Thompson,cientista da Bell Labs,escreveu uma versão mono usuária do Multics,nasceu em seguida o famoso Unix. O que parecia uma maravilha inicialmente terminou em caos,pois,como o código-fonte era aberto,várias empresas criaram suas próprias versões,incompatíveis entre si. Tal compatibilidade só foi atingida quando o IEEE(Institute of Electrical and Electronics Engineers),criou o padrão Posix,que a maioria das versões do Unix suportam até hoje. Com o surgimento dos computadores pessoais,cresceu a necessidade de sistemas operacionais mais amigáveis,na época a AT&T era a detentora dos direitos do Unix. Nessa época a Microsoft comprou uma licença para produzir usa própria versão,denominada Xenix e,logo em seguida,juntou-se à IBM. Sem precisar mais manter compatibilidade com o padrão Posix,produziu o MS-DOS e vendeu o Xenix para a SCO. O MS-DOS não tinha modo protegido,partiram então para o desenvolvimento de uma versão que tivesse essa proteção. Ao mesmo tempo criaram o Windows 1.0,um simples ambiente gráfico que rodava sobre o MS-DOS. Antes de lançar a versão 2.0 do Windows,a Microsoft rompeu o contrato com a IBM e lançou a versão 3.1,tornando-se líder de mercado em Sistemas Operacionais. A AT&T só licenciou o código-fonte do Unix até a versão 6. Dessa forma,a partir da versão 7.0 ele passou a ser comercializado,com conseqüente proibição do estudo do código fonte. Andrew S. Tanenbaum,professor na época,resolveu desenvolver um Sistema Operacional do Zero,para que seus alunos pudessem estudar,mantendo compatibilidade a nível de usuários com o Unix 7.0. Nasceu então o projeto Minix(miniunix). Para difundir o Minix,criou-se uma lista de discussão na Usenet,porém,por ser didático,muitos recursos sugeridos não era implementados por Tanenbaum. Um estudante finlandês chamado Linus Torvalds,decidiu escrever um close do Minix para que pudesse colocar recursos,em vez de ser uma ferramenta didática e limitada ao estudo,nascia o Linux.


Presente e futuro dos Sistemas Operacionais

A Microsoft continua líder no fornecimento de Sistemas Operacionais. O Linux tem crescido,mas com um problema parecido ao do Unix,pois como seu código-fonte é aberto,qualquer pessoa pode modificá-lo,contudo,a distribuição do kernel (núcleo do sistema operacional)continua controlada por Linus Torvalds e sua equipe de colaboradores. A instalação e a configuração é seu maior problema,principalmente pelo fato de que cada distribuição instala um conjunto diferente de aplicativos,ou seja,um programa feito para rodar no Linux poderá não funcionar imediatamente em distribuições distintas e obrigar o usuário a configurá-lo corretamente, o que não ocorre na grande maioria dos sistemas operacionais comerciais. Para profissionais da área de informática,isso não é um problema,mas para usuários domésticos,que é a grande maioria,isso torna seu uso inviável. Enquanto houver distribuições diferentes,veremos um crescimento abaixo do possível e poucas empresas desenvolvedoras de programas portando seus aplicativos para o Linux. Sendo um sistema operacional Open Source,o Linux se tornou o maior defensor da bandeira de livre uso de software e código-fonte aberto e abriu espaço para o surgimento de novos sistemas operacionais,alguns com o intuito de ficarem famosos,e outros simplesmente para estudo.

albfneto
(usa openSUSE)

Enviado em 28/11/2010 - 15:35h

Mr Linux, é Legal isso.
Sou Quimico e gosto muito muito de história da ciência e da tecnologia.
Porque não aumenta esse post e não faz aqui um bom artigo sobre a história dos SOs?
seria interessante.

Se me lembro, Key Thompsom, da Bell Company, também é o desenvolvedor de uma das primeiras "Shell".

o Minix ainda existe, se me lembro e Tannenbaum ainda o defende,

tem brigas homéricas com o Linus, pq acha o Kernel linux muito pesado e o Minix usa microkernel.