Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 11/03/2009 - 20:16h
Eu programava em Assembly, Basic e Cobol, ainda no tempo da computação a vapor.
Coincidentemente a grande esmagadora maioria das aplicações comerciais exigia manipulação de arquivos ou, melhor ainda, bancos de dados.
E agente ia fazendo tudo o que podia, com as ferramentas disponíveis.
Mas então apareceu um tal de dbaseII que me chamou a atenção, logo em seguida o dBaseIII+ e seu compilador natural, o Clipper (ainda da Nantucket).
Ora, escrever em dBase e compilar em Clipper para mim era o paraíso!
Passei anos a fio escrevendo para Clipper.
Escrevia muito menos, produzia muito mais, terminava um programa complexo em cerca de dois dias e podia modificar à vontade as bases de dados e as telas.
Isso porque, quando se faz um banco de dados em Cobol, toda e qualquer modificação posterior afeta o código em si, o que não acontece no dBase/Clipper (e nos gerenciadores de bancos de dados modernos).
Como os programas em Cobol são extremamente verborrágicos (a verbose é excessiva e cansativa) e difíceis de depurar em caso de zebra, a preferência por outro tipo de software veio naturalmente.
Ademais, Cobol foi desenvolvido sob a supervisão direta de uma comissão de leigos.
( Bem, até que eles fizeram um bom trabalho ).
Acho que, embora se possa obter excelentes resultados com um programa em Cobol (depois de compilado, não faz diferença nenhuma se é Cobol, Basic, Zebrol, Zezinhol ou qualquer outra linguagem), as ferramentas mais modernas vieram para ficar.
Mas, como nada é perfeito, esse "modernismo" é um tremendo consumidor de espaço e memória...