Bom pessoal, essa é minha primeira dica e espero que seja a primeira de muitas!

Quero como um articulista propor um debate e instigar a desordem em vossas mentes afim de causar o pânico generalizado e o caos, DEIXEM O JAVASCRIPT! Quero sustentar a minha idéia de que as aplicações web são hoje uma colcha de retalhos HTML-CSS-JavaScript-XML-Java só para começar.

Somos capazes e temos tecnologia afim de criar uma web 10.0 muito melhor do que isso que chamamos de revolução 2.0. A lição de moral que eu quero dar é que estamos presos no mundo do JavaScript e do XML acreditando que dele surgirá uma Web 3.0, 4.0... saiam desse engano. Vejam as aplicações hoje tridimensionais como SecondLife e GoogleEarth.

O sonho que devemos perseguir é de aplicações de alta disponibilidade, remotamente acessíveis, tridimensionais, altamente escaláveis e proporcionalmente simples aos adjetivos anteriores.

Olha o que eu proponho:

A instalação demorada de aplicações com gigalhões de dados sendo despejados no HD vai virar coisa do passado. Tudo estará online, não precisa nem dizer que será em servidores Linux. O navegador terá uma interface que será um intermediário entre flash e ajax, uma tecnologia que já está fazendo falta e vai surgir no sentido de possibilitar que o lado negro da força "cliente-side" converse com o lado bom da força "server-side" sem a montanha de código que hoje temos que escrever para realizar um evento assíncrono medíocre.

O navegador estará realizando o papel intermediário de gerador e executor de código nativo. Ele deverá evoluir e deixará de ser somente um montador de páginas e interpretador de JavaScript. Se ele quiser sobreviver deverá possuir uma estrutura mais robusta capaz de ler e entender desde um código em ShellScript até um comando em linguagens de quarta geração.

Isso por que ele deverá receber os pacotes pré-compilados dos códigos a serem executados como já fazem o Java, .Net e Mono e realizar a compilação "Just-in-Time". O browser deverá incorporar essa máquina virtual multilinguagem e preferencialmente livre e com código fonte aberto. O navegador se quiser satisfazer com dignidade a web 10.0 deverá estar dotado de uma interface tridimensional, e não apenas os velhos editboxes e comboboxes tradicionais e limitados.

E onde o Linux entra nisso? O Linux é o cara que vai orquestrar essa sinfonia. Ele deverá manter a casa em ordem e cada móvel no seu lugar. Seja executando os browsers inteligentes ou carregando os serviços de renderização de imagens ou qualquer outro processamento em qualquer parte do planeta, papel este que ele deixa a concorrência comendo poeira. E daí com a nossa distro favorita iremos acessar um browser livre como o Firefox para fazer tudo aquilo que queremos sem ter que instalar nada. Chega de instalação! Chega de programação TRICÔ! Web 10.0 Já!