Internet, de quem é a chave?

Publicado por cristofe coelho lopes da rocha em 04/02/2010

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Internet, de quem é a chave?



A história do surgimento da internet no mundo é bastante interessante. Uma rede militar não segura que se desenvolveu bastante até chegar aos dias de hoje. Sabe-se ainda que em média 50% do número de computadores conectados a rede estão nos EUA e Canadá, porém este número nos anos 80 foi ainda maior, cerca de 90%. Como todos sabemos estes dois países são os precursores da internet, tendo uma visão comercial, observaram que a exploração do mercado internacional através da Internet era algo economicamente brilhante. Portanto a história do surgimento da Internet é bastante interessante, contudo a da expansão da rede é ainda mais.

Certo de que expandir a rede era preciso. Os EUA, com sua conhecida visão capitalista e egocêntrica, procurava meios de incluir em sua rede clientes potenciais para seus produtos. Como realizar tal proeza sem perder a hegemonia? É claro que, uma vez incluído na rede, as proporções poderiam não ser tão previsíveis e a garantia de exploração da nova plataforma comercial poderia ser ameaçada.

Como todos sabem a rede cresceu, o mercado se expandiu, mas a chave está no poder de quem?

Para acessar a internet todos nós temos que configurar nossos computadores e estas configurações muitas vezes são transparentes, o usuário não percebe que seu computador foi configurado, isso acontece em conexões discadas, ou temos que buscar alguém da área de T.I (Tecnologia da Informação) para realizar a tal configuração. Um destes números configurados é responsável pelo acesso a Internet. Os endereços digitados pelo usuário no seu navegador de internet são traduzidos por um servidor o qual teve seu número incluído na configuração efetuada por você ou pelo administrador de rede da sua empresa/provedor.

Todos os endereços da internet são traduzidos do seu "nome fantasia", por exemplo www.jotar.com.br, para seu número correspondente - 200.234.84.32, ou seja, os "nomes fantasia" foram criados para facilitar o acesso e para o usuário não ter que decorar tantos números, porém seus nomes não tem significado algum se não forem traduzidos para seu número correspondente (endereço IP).

Existe no mundo cerca de 166 servidores responsáveis por esta tradução/conversão, mas aí é que está o problema. Dos 166, 153 são réplicas de 13, onde 9 dos originais estão nos EUA. Portanto podemos concluir que caso eles parem os 9 servidores, a Internet entra em colapso, pois a rota de acesso para os 4 outros que restaram também são controlados pelo TIO SAM.

Ataque contra DNS root Servers

O interesse dos americanos, neste momento, não é parar a internet e sim defendê-la, pois ela movimenta bilhões de dólares para a economia americana, sobretudo com esta crise econômica. Vejamos o relato do POP-RS.RNP em: http://virgo.pop-rs.rnp.br/pipermail/infoseg/2007-February/1585552.html

No dia de ontem (7/2/07) foi detectado um ataque DDoS massivo contra a estrutura raiz de resolução de nomes. O ataque iniciou-se nas primeiras horas do dia e foi contido por um esforço de vários grupos, coordenado pelas agências de segurança dos Estado Unidos. Para Graham Cluley, consultor em tecnologia da Sophos, com sede em Londres, o incidente "parece ser um dos ataques mais graves cometidos desde dezembro de 2002". Cluley informou que 3 dos 13 servidores centrais que integram o DNS (domain name system), que administra o tráfego na rede mundial, foram bombardeados por demandas de informação com o objetivo de paralisá-los, um ataque conhecido pelo nome de "denial of service". O FBI iniciou uma investigação sobre quem realizou o ataque com o objetivo de derrubar os principais servidores responsáveis pela resolução de nomes da Internet.

Fontes:

Solução dos brazucas (registro.br)

Servidor de tradução de nomes aqui no Brasil?

Todo país quer ter sua hegemonia e aqui no Brasil não é diferente. Temos três servidores que são réplicas dos originais. O importante de manter um servidor de tradução de nomes no país é que temos um acesso mais rápido, podemos resolver os nossos próprios endereços, ou seja, os originados aqui no Brasil, no caso os registros .COM.BR e caso a internet entre em colapso poderíamos passar alguns dias utilizando nossas réplicas.

Comentário de Luciano P Gomes em: http://eng.registro.br/pipermail/gter/2005-November/009657.html

"Esta informação não é verdadeira. O Registro.br troca tráfego com a Telefônica no projeto PTTMetro [1] e anuncia o bloco do f.root-servers.net nesta sessão. Segue um trace a partir da rede da Telefonica(...)"

Bom, se a rota de tráfego que utilizamos antes de consultar o nosso servidor de resolução de nomes passa pelos EUA, pelo menos sabemos que nossa situação não é igual a de CUBA, que utiliza rotas clandestinas para obter acesso, pois tem sua rota bloqueada por não ceder ao imperialismo econômico.

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