Inicialmente a impressão é de espanto total, principalmente para os usuários antigos do ambiente do Windows - como eu. Os nomes Ubuntu, Mandriva, Debian, Librix etc, parecem "coisa" do Kosovo ou da Mongólia, com o devido respeito.
E, realmente é espantoso, já na forma de instalação, totalmente livre, compartilhada e absurdamente simples. Conta a lenda que a diferença do sistema operacional
Linux para os demais está na sua composição, que engloba três partes distintas, o Kernel - que é o "núcleo" do sistema e é responsável pelo gerenciamento de memória, de processos e da CPU-, as aplicações de sistema e, - as aplicações de usuário.
Como não sou expert no assunto, não vou entrar no mérito da questão, mas se a característica fundamental de um sistema operacional é organizar e controlar o "hardware "e os "softwares" para que o dispositivo funcione de maneira flexível e previsível, o Linux satisfaz plenamente. O sistema é facilmente manejado adaptado, tanto na forma visual, como operacional.
Claro que nenhum sistema operacional é perfeito, quem diz que o seu nunca travou, é o mesmo que afirmar que a bomba do chimarrão nunca entupiu. Entretanto, estou usando a aproximadamente 1 ano e, realmente, ele nunca travou. Pelo que tenho lido, isso é o que acontece com o Linux, inclusive há afirmativas de que o Linux pode rodar por anos sem precisar ser reiniciado (a maioria dos servidores de internet roda Linux, e eles quase nunca reiniciam).
Claro que com grandes atualizações ele ainda precisa ser reiniciado, mas do contrário, apenas atualizado. Inclusive afirmam que se você instala o Linux e usa seu sistema o tanto que quiser, deixando seu computador ligado o tempo todo, ele pode continuar por anos sem ter nenhum problema. Não sei, ainda.
Fácil operacionalidade
O Ubuntu, que eu utilizo, oferece todas as facilidades e aplicativos que o Windows possui, mais eficientes e adaptáveis e, INDISCUTIVELMENTE mais rápidos.
Como já referendado, a diferença, começa na instalação - ao contrário do Windows que é uma instalação limpa, no Linux conecta-se tudo que é periférico e manda ver. Ele reconhece praticamente todos (tive problemas somente com uma webcam). E mais, se utilizar o Wubi para a instalação, ele faz todo o trabalho, inclusive o particionamento etc, sem nos incomodar pelo próprio ambiente Windows.
Quando reiniciamos o computador o trabalho foi todo executado. Algumas informações, como o endereço IP, a máscara de sub-rede, gateway predefinido e a numeração dos servidores DNS etc é bom estarem disponíveis para preencher alguma caixa de texto que for aparecendo. Mas, se o cabo estiver conectado, a ligação é detectada automaticamente, praticamente só pede o seu usuário e senha.
Alguns detalhes chamam a atenção para quem faz uso do Windows, sempre preocupado com as atualizações do antivírus ou dos "softwares". O Ubuntu faculta o "Firestarter" - um firewall - para quem quiser utilizar, mas não menciona nenhum antivírus, spywares, malwares etc, e para programas, ele tem o que é chamado de "gerenciador de pacotes", cada programa está contido em seu próprio "pacote", se você precisar de um novo, abra o gerenciador de pacotes, digite algumas palavras chaves e/ou próprio nome, escolha e clique em "Aplicar" ou "OK".
Outra atividade bem interessante que você acaba fazendo parte é a interatividade dos fóruns. Através do Google, coloca a sua dúvida e há sempre um fórum com uma resposta. Todos têm um prazer em ajudar e explicar.
O visual é fantástico, permite mudar desde as cores até o conteúdo das janelas, acredito que pode mudar tudo. Aliás, TODOS os efeitos de tela e comandos conhecidos, que só vieram à tona na versão MS VISTA, já existiam antes nas primeiras versões de SUSE e Ubuntu.
O browser para a internet é o Firefox, um dos melhores no mercado, desenvolvido para o Linux com versões que conquistaram usuários de Windows e Mac. Possui inúmeros skins e milhares de add-ons. Mas pode optar pelo Opera, entre outros, dependendo sistema que utilizar.
Conclusão
Acompanhando o desenvolvimento de novos computadores e soluções para internet, o Linux dispõe de versões exclusivas para netbooks, palms e celulares, possibilitando sistemas operacionais leves e eficazes, atendendo às suas necessidades.
Concluindo, o Linux oferece ao usuário um ambiente gráfico e operacional de total confiança e flexibilidade ao mesmo tempo.
Acredito que as pessoas não vão mudar para o Linux só porque ele é livre (código aberto) ou porque é de graça, mas sim PORQUE ELE É MUITO BOM!
Este artigo também teve a participação de Mauricio Reche, responsável pelo setor de textos científicos do IC/FUC.