Este artigo está dividido em quatro partes: Introdução sobre partições e sistemas de arquivos; Criando partições e sistemas de arquivos; Montando e desmontando sistemas de arquivos; Gerenciando partições e sistemas de arquivos.
O Linux é muito versátil quando o assunto é sistema de arquivos e por isso, é muito importante o entendimento de suas funcionalidades. Um exemplo disso é a possibilidade de criar e manter arquivos em diferentes tipos de partições, discos, dispositivos e computadores remotos. Além disso, o Linux da suporte há vários tipos de sistemas de arquivos (EXT2, EXT3, ReiserFS, NTFS, entre outros).
O Linux possui uma extensa gama de dispositivos de sistema, sendo que estes podem ser formatados para utilizar os mais diversos tipos de sistemas de arquivos. O diretório padrão dos dispositivos do sistema é o /dev. Observe o exemplo:
# ls /dev
Dos inúmeros dispositivos apenas falarei de dois, os do tipo IDE e os do tipo SCSI. O primeiro padrão atende a maioria dos computadores caseiros enquanto o segundo é utilizado em servidores por oferecer melhor desempenho do que os discos IDE.
As placas mãe da maioria dos computadores possuem duas interfaces IDE, primária e secundária, que podem conectar dois discos IDE cada. O padrão SCSI não tem limitação de discos como o padrão IDE, podendo chegar até pelo menos 15 discos.
Os discos IDE e SCSI seguem as seguintes nomenclaturas nos sistemas operacionais Linux:
/dev/hda Disco IDE Mestre Primário
/dev/hdb Disco IDE Escravo Primário
/dev/hdc Disco IDE Mestre Secundário
/dev/hdd Disco IDE Escravo Secundário
/dev/sda Disco SCSI conectado no primeiro canal
/dev/sdb Discos SCSI conectado no segundo canal
/dev/sdc Discos SCSI conectado no terceiro canal
Cada disco pode ter de uma até dezesseis partições onde cada partição é representada por um número inteiro. Por exemplo /dev/hda1 será a primeira partição se houver outra partição ela será a /dev/hda2 e assim por diante sendo que a mesma regra se pratica nos discos SCSI.
Existem quatro tipos de partições:
Partições primárias - Cada disco pode conter até quatro partições primárias elas contêm pelo menos um sistema de arquivos e pelo menos uma deve ser criada. Uma dessas partições deve ser marcada como ativa para que a carga do sistema operacional seja possível.
Partição estendida - Esse tipo de partição é um contêiner de partições lógicas, ele não pode conter nenhum sistema de arquivos e um disco pode ter somente uma partição estendida.
Partições lógicas - As partições lógicas são subpartições que existem em conjunto com a partição estendida, podem-se ter doze partições desse tipo e elas podem ser nomeadas á partir do número cinco até o dezesseis. Podemos ter no máximo 15 partições com sistemas de arquivos em único disco, sendo três primárias e doze lógicas.
Partições de swap - São partições que tem o objetivo de aumentar a performance do sistema, ela possibilita que o Linux tenha uma memória virtual em disco. Ela trabalha como um arquivo de troca de dados entre a memória física e o disco.
[2] Comentário enviado por agk em 05/01/2006 - 09:17h
Olha fazia tempo que não via artigos tão bem escritos, você está realmente de parabéns. Apesar de se obter essas informações em man pages, esse artigo reune e explica uma série de detalhes referentes a particionamento e montagem das partições.
Eu sempre tive dúvidas em relação a quais opções usar no fstab, após ler o artigo ficou bem mais claro. Mesmo assim, ainda tenho algumas dúvidas, não sei se cabe perguntar aqui, mas vamos lá.
No caso específico de dispositivos usb, como eu faço a configuração deles no fstab, essa é uma dúvida antiga que tenho, considerando que já consegui fazer com que os dispositivos montem automaticamente, mas apenas o usuário root tem permissões de leitura/escrita.
Acredito que seja algum problema de configuração no fstab, mas como configurar isso?
Eu utilizo assim no fstab:
none /proc/bus/usb usbfs defaults 0 0
Quando um dispositivo usb é inserido o usbfs cria o dispositivo em /dev, então presumo eu que esse dispositivo deva ser criado com permissões suficientes para que os usuários "comuns" do sistemas possam acessá-los.
Eu tentei diversas configurações, todas sem sucesso:
none /proc/bus/usb usbfs uid=0,devgid=100,devmode=077,umask=0000 0 0
none /proc/bus/usb usbfs default,devuid=1000 0 0
none /proc/bus/usb usbfs uid=0,devgid=1000,devmode=0660 0 0
none /proc/bus/usb usbfs devmode=0666 0 0
Tem alguma forma de se especificar as permissões para a criação de devices através do fstab?
Bem o artigo está excelente, desculpa o tamanho do comentário.
Se alguém puder me ajudar, desde já agradeço, [ ]'s.
[4] Comentário enviado por capeleiro em 12/01/2006 - 13:29h
Cara.
Parabéns.
Realmente um excelente arquivo, prático e de bom entendimento, para mim que sou iniciante no Linux , foi um achado. Realmente estes são so tutoriais que valem a pena ser lidos .
Valeu,
Abraços.
[5] Comentário enviado por removido em 22/01/2006 - 13:52h
Aí Crildo mandou bem nesse artigo, além de muito bem escrito e elaborado explicou muito bem deixando claro para muita gente que necessita desse artigo. Espero que continue assim; logo vou escrever meu primeiro artigo para a comunidade e vou me espelhar no seu belo trabalho para não fazer feio. Fui.....
[6] Comentário enviado por DHRS em 08/06/2006 - 10:40h
Buenas. Colega!
Parabéns mesmo, como já colocado pelos colegas acima. Este artigo informa a todos de uma maneira clara e simples, assim as dúvidas podem ser esclarecidas de formarápida e fácil.
[7] Comentário enviado por Skilo em 04/07/2006 - 14:45h
Ei cara, realmente o artigo esta bem esclarecedor, parabéns.
Agora queria lhe pedir uma ajuda com relação ao servidor de arquivos que alguns amigos meus estão montando:
eles conseguiram instalar o slack 10.2 em um dos 3 hds SCSI e agora os outros dois hds não estão visiveis na interface gráfica do slack, o=como eu faço para poder enxergar os outros hds para fazer o espelhamento?
[9] Comentário enviado por pbasque em 04/01/2007 - 11:52h
crildo , parabéns. Ficou shou o artigo. uma leitrua bem clara e compreensilvel.
Só uma problema pelo qual estou passando, precisei trocar o hd de um cliente por conta do espaço em disco insuficiente. Adicionei um disco novo de 80 GB Tenho um RH9 instalado devidamente no hda
hda1 = /boot
hda2 = /
hda3 = /home
porem tem um outro disco de 40 " meu antigo disco" instalado na secondary master
seria meu hdc, e esse disco é quem esta instalado a algum tempo atraz, com todo o sistema, tbm é um RH9, com Grub partionado da mesma maeira que o de 80 Gb.
O que não estou conseguindo fazer é montar esse disco de 40
tentei
" mount /dev/hdc2 /mnt/disco-antigo "
" mount /dev/hdc3 /mnt/disco-antigo "
mas não montou
A secondary está funcionando com certeza
acho q está faltando algo na sintaxe, tentei colocar no final "-ext3"
OBS todas as portições estão formatadas como EXT3
[10] Comentário enviado por rbn_jesus em 23/03/2007 - 17:04h
Estou com um problema em LVM, creio que vc possa me ajudar...
tenho uma configuração lvm em apenas 1 dispositivo, da seguinte forma:
xda1 - /boot - ext3
xda2 - lvm (lvm1 - / - ext3; lvm2 - swap)
como recupero as informações da 1ª partição do lvm neste despositivo?
[11] Comentário enviado por lucasa em 21/06/2007 - 14:29h
Estou querendo criar uma partição escondida (hidden) do tipo Fat32.
Mas procurei na internet e não achei como criar este tipo de partição, só com o uso de programas proprietários como o Partition Magic.
Meu objetivo mesmo é conseguir montar as partições escondidas no linux em um HD USB, mas que estas partições escondidas não possam ser detectadas por meu aparelho de DVD com entrada usb.
O problema é que o dvd não pode tratar dispositivos com mais de uma partição.
Obridado por qualquer informação. Sou um usuário avançado mas não sei o q fz :-/.