Uma análise do software livre e de sua história

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Uma breve análise de toda a conjuntura histórica e social que culminou com o desenvolvimento do software livre. Quem estava envolvido? Quais suas motivações? O por que do software livre? Linux? Copyleft? Tudo de forma simples e objetiva.

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Por: Lucas Lira Gomes em 15/10/2010 | Blog: http://lucasrefuge.blogspot.com/


Introdução



Linux: Uma análise do software livre e de sua história O software livre tem aproximadamente três décadas e era, inicialmente, muito desacreditado na época. Poucos especialistas acreditavam no seu sucesso, mas com o passar do tempo, o amadurecimento das tecnologias, o aumento das áreas de aplicação prática, a melhora no modelo de desenvolvimento e a atualização e gerenciamento do software livre, possibilitaram que o mesmo tivesse um crescimento contínuo e estável, suficiente para que seu uso se tornar-se viável nas mais diversas áreas da computação.

Assim, também leva-se em consideração, sua importância no âmbito filosófico e o porque dessa variável ter contribuído para a criação de uma imensa comunidade de membros voluntários, e que até o presente momento, são seus maiores colaboradores.

Hoje, o software livre se expandiu para além do mundo seleto dos experts em informática e passou a ser uma aposta que vem ganhando cada vez mais o mercado e investimentos privados. O software livre parou de ser só uma promessa e mostra-se agora como uma aposta para o futuro. Entretanto, para que se entenda o por que do sucesso do software livre, precisamos conhecer mais um pouco da sua história.

O software antes de 1983

Em meados das décadas de 50 e 60, o software era desenvolvido pela academia e por pesquisadores de grandes corporações, sendo comum na época a distribuição do código fonte por causa da frequente necessidade de adição de novas funcionalidades e correção de bugs. Esta cooperação "primitiva", bastante similar a como funciona o software livre atualmente, era facilmente constatada em vários softwares para o IBM 701, que eram desenvolvidos e mantidos por um grupo de usuários voluntários conhecido como SHARE, e para os computadores da Digital Equipment Corporation, sendo estes desenvolvidos e mantidos também por outro grupo de usuários voluntários, chamado de DECUS(Digital Equipment Computer Users' Society).

Mas o fim da década de 60 trazia consigo uma mudança inevitável:
  • Os custos do desenvolvimento de software estavam crescendo bastante, uma grande indústria de software estava competindo para que seus produtos fossem colocados "gratuitamente" pelos fabricantes de hardware nos seus equipamentos (quando se fala "gratuitamente", deve-se ter em mente que o preço do software estava embutido no hardware).
  • Os computadores eram arrendados e necessitavam ter um suporte do software, mas que não proporcionavam qualquer receita para os mesmos.
  • Já se começava a ver, alguns consumidores que de alguma forma conseguiam suprir melhor suas necessidades e que não queriam pagar pelos custos do software "gratuito" que era embutido no hardware.

Assim, um acontecimento bem interessante em Janeiro de 1969, demonstrou a insatisfação com os softwares embutidos, neste ano, o governo dos Estados Unidos moveu um processo contra a IBM, o governo alegava que a prática de vender hardware com software embutido era anticompetitiva.

Nesta mesma época, já se percebia um crescimento nos softwares que eram vendidos, enquanto que alguns softwares continuavam como eram, livres. Nos anos de 1970 e no início de 1980, começava a percebe-se que a indústria do software estava a tornar comum práticas para impedir que os usuários pudessem estudar e modificar o código, práticas estas que representavam os interesses da indústria do software que, em 1980, conseguiu junto a justiça a extensão da lei de copyright aos programas de computadores.

O rumo que o software estava tomando não estava mais agradando os desenvolvedores da velha guarda.

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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. Nascimento do Projeto GNU
   3. GNU/Linux
   4. O software livre
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Comentários
[1] Comentário enviado por removido em 15/10/2010 - 16:26h

Seu artigo está primoroso! Parabéns.

Foi o artigo mais esclarecedor que eu já li sobre esse assunto.

Mas uma coisa ainda não está clara pra mim.

Os softwares do projeto GNU ainda são usados amplamente juntamente com o Linux?

Se sim, Stallmann tem toda a razão em exigir a nomenclatura GNU/Linux.

Mas se esses softwares já não são mais tão usados, ou se já foram substituídos por programas mais recentes, eu tb acho que o nome Linux já é suficiente.

Abraço, e mais uma vez parabéns pelo artigo.

[2] Comentário enviado por llg em 15/10/2010 - 16:53h

Obrigado ^^. Sobre a sua pergunta, a resposta é sim. Temos o famoso gcc(GNU Compiler Collection), o gdb(GNU Debugger), o wget, o make, o nano, o midnigth commander(mc e mcedit), o nautilus, o tar, GRUB, BASH, Emacs, Gimp, GNOME(The GNU Desktop). Além das bibliotecas gráficas NCURSES, o gtk+(Usada no Gnome) e o Window Maker. Esses eu creio, que são os mais famosos para os usuários normais, fora isso temos toda a base que o projeto GNU deu aos progamadores, ferramentas e bibliotecas que foram usadas inclusive pelo próprio Linus Torvalds no desenvolvimento do Linux.

Para ver a lista completa de progamas do Projeto GNU: http://directory.fsf.org/GNU/

Atenciosamente, Lucas Lira Gomes.

[3] Comentário enviado por removido em 15/10/2010 - 16:59h

Poxa vida, nesse caso, Stallmann está certo. E linus está dando uma de ingrato. Aliás, o kernel dele precisa do projeto GNU para existir.

Pena que já viciamos em sempre dizer LINUX.

Até o nome desse site é Viva o Linux, quando deveria ser Viva o Gnu/Linux.

Pelo menos lá em cima está escrito: O que é Gnu/Linux.

Abraço e obrigado pela sua resposta, acabei de vez com minhas dúvidas sobre esse assunto.

[4] Comentário enviado por pink em 16/10/2010 - 11:13h

Meus parabéns pelo artigo, simples e objetivo... muito bem escrito....
Simplesmente amei!!! São por esses motivos que amo o Software Livre e a minha profissão.
Tem uma frase minha que sempre gosto de citar: Se liberdade não tem preço, logo GNU/Linux é livre!
[]'s

[5] Comentário enviado por mcnd2 em 17/10/2010 - 19:56h

Breve, esclarecedor e objetivo.

Parabéns!
Ótimo artigo.

[6] Comentário enviado por removido em 17/10/2010 - 21:07h

Excelente artigo!
Ortografia correta, sem dispersão, direto e objetivo.
O assunto é delicado e requer atenção e estudo minucioso da história.
Será referência como objeto de estudo.

Parabéns!

[7] Comentário enviado por magnolinux em 18/10/2010 - 07:31h

Parabéns..

O artigo está excelente, é sempre bom relembrar a história e filosofia do GNU/Linux.

Liberdade Sempre!!!

[8] Comentário enviado por nicolo em 18/10/2010 - 11:39h

O artigo está bom. Liberdade que o Stallman proclama não parece só liberdade de expressão, uma proclamação típica de jornalista para poder mentir a vontade e à conveniência.
Liberdade do software livre é liberdade de controle, independência de intituições e por fim acaba em independência de custo também.

A doutrina religiosa das patentes parece um dogma do capitalismo ou algo sagrado enunciado pelos papagaios de plantão.

Não é nada disso. Patentes e privilégios são polêmicos nas suas origens, e os opositores são tão capitalistas como os defensores.

Os que detestam patente tem um ponto de vista que o capitalismo representa a liberdade e as patentes representam privilégios feudais que atrasam o desenvolvimento material e espiritual da humanidade.
Os nossos jornalistas não nos contam isso.
Parabéns pelo artigo.

[9] Comentário enviado por meinhardt_jgbr em 18/10/2010 - 16:33h

Lucas,

Excelente artigo. Parabéns!


[10] Comentário enviado por valterrezendeeng em 21/10/2010 - 10:49h

Parabéns pelo Artigo !!!

Tudo muito bem feito, concordo com o nosso amigo acima virou referencia de estudo.

Para tornar-se uma referencia para os Universitário faltou apenas a Bibliografia, algo obrigatório para citar um artigo em trabalhos.


Forte Abraço e Sucesso em sua Graduação de Engenharia.

Por Eng Valter

[11] Comentário enviado por llg em 06/12/2010 - 00:07h

Desculpem pela demora, mas agradeço a todos pelo feedback. Escrever este artigo me inspirou muito para continuar escrevendo, aguardem ...


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