Um olhar sobre o Portage-Tools - Parte III

Nesta terceira parte, pretendo introduzir os conceitos de USE flags e sua utilização. Como podemos construir um sistema moderno e estável definindo as flags necessárias. Vou expor também o arquivo de configurações que, talvez, seja o mais conhecido e utilizado no Gentoo: o make.conf. Vou apresentar também outros arquivos de configuração muito úteis para a dupla dinâmica: Portage/Emerge. Vamos nessa!

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Por: Luiz Santos em 07/07/2016


Introdução



The Philosophy of Gentoo

Every user has work they need to do. The goal of Gentoo is to design tools and systems that allow a user to do that work as pleasantly and efficiently as possible, as they see fit. Our tools should be a joy to use, and should help the user to appreciate the richness of the Linux and free software community, and the flexibility of free software. This is only possible when the tool is designed to reflect and transmit the will of the user, and leave the possibilities open as to the final form of the raw materials (the source code.) If the tool forces the user to do things a particular way, then the tool is working against, rather than for, the user. We have all experienced situations where tools seem to be imposing their respective wills on us. This is backwards, and contrary to the Gentoo philosophy.

Put another way, the Gentoo philosophy is to create better tools. When a tool is doing its job perfectly, you might not even be very aware of its presence, because it does not interfere and make its presence known, nor does it force you to interact with it when you don't want it to. The tool serves the user rather than the user serving the tool. The goal of Gentoo is to strive to create near-ideal tools. Tools that can accommodate the needs of many different users all with divergent goals. Don't you love it when you find a tool that does exactly what you want to do? Doesn't it feel great? Our mission is to give that sensation to as many people as possible.

Daniel Robbins
Previous Chief Architect

INTRODUÇÃO

Como vimos nos artigos anteriores, o Portage possui diversos arquivos de configuração que servem para moldar a forma como ele deve trabalhar e construir nosso sistema. Apesar da facilidade de alteração nestes arquivos é necessário entendermos a interação entre eles, pois alguns arquivos possuem precedências sobre outros e resultados inesperados podem aparecer, como falhas na compilação dos pacotes e/ou diversos erros devolvidos pelo Portage.

Não entrarei em detalhes sobre como configurar cada arquivo pois o Gentoo é uma meta distribuição de inúmeros propósitos. Sendo assim, cada caso é um caso. Eu não posso assumir que as configurações que eu tenho definidas farão o mesmo efeito na máquina de outra pessoa. Ora, o sistema é todo compilado e de acordo com a arquitetura da máquina. Insto inclui instruções bem específicas, até mesmo em Assembly que o GCC entende e assume para o sistema. Desta forma é importante frisar que os sistemas são ímpares, assim sendo, as necessidades de cada usuário e de cada máquina serão totalmente diferentes.

É importante esclarecer que isto não quer dizer que não podemos ajudar a definir e compartilhar as configurações de tais arquivos. A grande questão é: conforme a arquitetura da máquina e conforme o caminho que o usuário quer e/ou pretende seguir. O Gentoo pode ser construído para ser um servidor, um Desktop para jogos, um sistema embarcado, ou qualquer outra coisa que nossa tecnologia atual permita. Diante disto cada configuração será ordenada de um jeito bem específico. Até mesmo para Desktop há inúmeras opções de configuração, imagine toda as possibilidades que temos em mãos.

Dito isto, antes de tudo irei introduzir o conceito de USE flags. Isto será importante para entendermos os próximos passos, arquivos e ferramentas. Vimos superficialmente as flags no artigos anteriores agora é hora de nos aprofundarmos mais e, nas próximas páginas, veremos aonde reside um pouco do poder e versatilidade do Gentoo. Vou falar também sobre o arquivo make.conf e suas variáveis que controlam o ambiente global do Gentoo.

Vamos nessa!

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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. USE FLAGS
   3. USE FLAGS - PARTE II
   4. USE FLAGS - PARTE III
   5. O arquivo make.conf
   6. O arquivo make.conf - PARTE II
   7. O arquivo make.conf - PARTE II - variáveis cflags / cxxflags e otimização do sistema
   8. O arquivo make.conf - PARTE III
   9. O arquivo make.conf - PARTE IV
   10. O arquivo make.conf - PARTE V
   11. Finalizando
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Um olhar sobre o Portage-tools - Parte I

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Comentários
[1] Comentário enviado por luiztux em 07/07/2016 - 08:41h

Galera, uma atualização:

Sobre a variável do USE_EXPAND, a L10N, esta irá substituir a variável LINGUAS em um futuro próximo. Então, obrigatoriamente, devemos ter ambas informadas no nosso make.conf respeitando as diferenças de padrões entre elas.

É isso aí.

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"If it moves, compile it."


[2] Comentário enviado por albfneto em 07/07/2016 - 12:06h

muito bom isso! parabéns.
favoritado , como as outras partes.
é legal a galera conhecer Portage. Portage é uma obra prima de programação
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Albfneto,
Ribeirão Preto, S.P., Brasil.
Usuário Linux, Linux Counter: #479903.
Distros Favoritas: [i] Sabayon, Gentoo, OpenSUSE, Mageia e OpenMandriva[/i].

[3] Comentário enviado por luiztux em 07/07/2016 - 12:20h


[2] Comentário enviado por albfneto em 07/07/2016 - 12:06h

muito bom isso! parabéns.
favoritado , como as outras partes.
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Albfneto,
Ribeirão Preto, S.P., Brasil.
Usuário Linux, Linux Counter: #479903.
Distros Favoritas: [i] Sabayon, Gentoo, OpenSUSE, Mageia e OpenMandriva[/i].


Obrigado Alberto. Sua opinião vale muito pois, como escrevi, parte deste conhecimento obtive através de você. Então eu sinto uma relação de supervisão da sua parte, por assim dizer..rsrsr

[4] Comentário enviado por albfneto em 09/07/2016 - 19:53h

quando terminar tudo, vou fazer uma sugestão.
você junta todas as partes, com copiar e colar, e faz uma apostila ou pequeno livro, e posta no Site "Domínio Público". Cite sua autoria, lógicamente.

tem muita coisa de linux lá, de Química, de Artes, de tudo. Pa vc ver, vai no site

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do

e no formulário de busca use Palavras-Chave "Ciências da Computação", "Linux".

o legal do site Domínio Público é que ele é desenvolvido usando Software Livre

No que se refere a seu Artigo, sugerí porque Portage tem pouca literatura em Português.

Eu gostaria que muita gente conhecesse Portage, porque é fenomenal, muito bem programado. Ele acha as dependências, gerencia tudo, faz o que vc quer... um GCC, mas um GCC todo automático. Portage é genial

Não sei Porque, mas alguns Gentoístas, no Mundo todo, não eu, você ou o próprio Daniel Robbins (ele é muito acessível, sempre respondeu meus emails), não gostam de ensinar a usar Gentoo ou Portage, não sei ao certo o por que.
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Albfneto,
Ribeirão Preto, S.P., Brasil.
Usuário Linux, Linux Counter: #479903.
Distros Favoritas: [i] Sabayon, Gentoo, OpenSUSE, Mageia e OpenMandriva[/i].

[5] Comentário enviado por luiztux em 09/07/2016 - 20:20h

Gostei da ideia e agradeço. Farei isto quando terminar.

Em relação ao Daniel, realmente, o cara é muito acessível e solícito. Também tive a oportunidade de falar com ele e com outros desenvolvedores do Gentoo como: Nathan Zachary, Michal Gorny e Zack Medico e os caras sempre muito solícitos, sem problema nenhum. Mas infelizmente tem aqueles que se acham superiores aos outros e não gostam de ajudar. É uma lástima...


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"If it moves, compile it."


[6] Comentário enviado por Pygoscelis em 13/07/2016 - 13:51h

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[7] Comentário enviado por Pygoscelis em 13/07/2016 - 13:52h

Muito bom e útil! Se tivesse lido esses artigos um tempo atrás, quando migrei para Gentoo, diminuiria bastante minhas leituras e buscas. Legal também reunir links do Alberto que tanto já me foram úteis. Valeu!

[8] Comentário enviado por luiztux em 14/07/2016 - 08:48h


[7] Comentário enviado por Pygoscelis em 13/07/2016 - 13:52h

Muito bom e útil! Se tivesse lido esses artigos um tempo atrás, quando migrei para Gentoo, diminuiria bastante minhas leituras e buscas. Legal também reunir links do Alberto que tanto já me foram úteis. Valeu!


Obrigado pelo comentário. Realmente precisamos de extensiva leitura para usar o Gentoo. Nestes artigos tentei passar um pouco do que aprendi, depois de muita busca e leitura, como você disse. Claro que isto não irá tornar nada mais fácil para quem chega ao sistema, mas espero que dê um "Norte" para quem precisar.
O Alberto é um cara excepcional que manja demais. Os artigos e dicas dele são referência e por este motivo eu reuni estas informações.

Um abraço.

[9] Comentário enviado por removido em 30/07/2016 - 19:16h

Ainda vou instalar o Gentoo, basta eu conseguir algum tempo livre.


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