SystemRescueCd - Corrigindo o sistema e recuperando dados

SystemRescueCd é um LiveCD Linux para reparos em sistemas e recuperação de dados perdidos com a proposta de ser fácil em realizar tarefas administrativas, como criar e editar partições no disco rígido. Pode salvar sua pele na hora certa!

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Por: Juliao Junior em 28/09/2008


Download e boot



Este artigo trata do uso do SystemRescueCd e o que é preciso quando for usar o LiveCD pela primeira vez. Informações detalhadas sobre o uso e as ferramentas disponíveis na distribuição estão disponíveis no site oficial do SystemRescueCd.

Primeiro você deve fazer o óbvio: baixar o arquivo ISO para a sua máquina. A maioria dos mortais precisa das edições x86, tanto para 32 bits como para 64 bits. A edição para SPARC também está disponível se você tiver uma máquina com arquitetura Sun.

Após baixar a ISO, confira o md5 para testar a integridade do arquivo. Se estiver tudo certo, use seu programa de gravação para colocar a distro em um CD. Lembre que deve ser usada a opção "Gravar Imagem" e não apenas gravar a ISO como um arquivo dentro do disco.

Boot com SystemRescueCD

Após a inicialização da máquina você verá a primeira tela do SystemRescueCd, construída com ASCII. Você deve digitar o comando de boot ou teclar ENTER para usar as opções-padrão. Se for necessário, tecle F2/F3/F4 para ver instruções avançadas para o boot. Há quatro imagens de boot para escolha. Veja a descrição delas abaixo.
  • rescuecd: é a escolha padrão, para sistemas de 32 bits.
  • altker32: é uma alternativa para os sistemas de 32 bits. Use essa opção se obteve problemas com a versão acima descrita.
  • rescue64: é a escolha padrão para sistemas de 64 bits. Use se for se desejar usar um ambiente chroot de 64 bits em seu disco rígido ou se for rodar programas em 64 bits. Com esta escolha você pode usar os programas em 32 bits do CD, e certamente requer um processador de 64 bits.
  • altker64: é uma alternativa para os sistemas de 64 bits. Use se tiver problemas com a versão acima.

Dentre as opções de boot disponíveis, as mais importantes estão descritas a seguir:
  • docache: o sistema copiará todos os arquivos necessários para a RAM do computador. Uma vez que os arquivos foram armazenados na memória, podemos ejetar o disco do drive e continuar usando o ambiente do LiveCD. Isto é muito útil em alguns momentos, pois permite usar outro disco, além do sistema ficar mais rápido. Esta opção exige no mínimo 256 MB de RAM.
  • setkmap=xx: normalmente o sistema pergunta o tipo de teclado que você usará. Se usarmos esta opção, nenhum pergunta será feita durante o boot. Troque o "xx" pelo teclado que estiver usando: "us" para USA etc.
  • root=xxx: esta opção permite que o boot seja dado de um sistema Linux instalado. Por exemplo, se o Debian está instalado em /dev/sda3, você deve digitar rescuecd root=/dev/sda3 e o Debian será inicializado, e não o sistema do CD. Algo bem interessante: o SystemRescueCd suporta a opção root=auto, onde há uma procura na máquina por algum Linux instalado. A primeira distribuição encontrada será usada. Portanto, use a opção dessa forma se estiver com problemas em seu gerenciador de boot, por exemplo.
  • acpi-off (ou) noapic (ou) irqpool: use essas opções se houve algum problema durante o boot, como um driver problemático ou coisa parecida.

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Páginas do artigo
   1. Download e boot
   2. Trabalhando no terminal e no ambiente gráfico
   3. Brinde: usando um DVD+R(W)
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Comentários
[1] Comentário enviado por paulinholinux em 28/09/2008 - 20:29h

e aí Julião blzzz

cara gostei muito do seu artigo, meus parabéns, o SystemRescueCd com certeza vai ser adotado na instituição onde trabalho.

Parabéns novamente pelo artigo

Até mais!

PaulinhoLinux

[2] Comentário enviado por grandmaster em 28/09/2008 - 21:45h

Valeu pelas dicas :D

--
Renato de Castro Henriques
CobiT Foundation 4.1 Certified ID: 90391725
http://www.renato.henriques.nom.br


[3] Comentário enviado por juliaojunior em 29/09/2008 - 15:51h

Obrigado, rapazes. Vamos continuar contribuindo para o crescimento da comunidade!

[4] Comentário enviado por brunocontin em 30/09/2008 - 13:40h

Amigo show de bola, com certeza muito útil, mais qual o procedimento a fazer quando a HD é SAS ? Geralmente esses servidores parrudos tudo usam, por causa de sua velocidade etc... Ele reconhece essas HDs, já que elas ficam com controladora Raid? Se não reconhecer qual o procedimento para que reconheça?

[5] Comentário enviado por AMMIT em 11/12/2015 - 06:29h

Caro Julião.
MUITO ENRIQUECEDOR ESTE SEU ARTIGO.
MAS ME DIZ: FUNCIONA TAMBÉM COM PEN?

Forte abraço!

[6] Comentário enviado por rogeriofreitas em 03/08/2017 - 15:12h

Ótimo post, segue comentário apenas para contribuir.

Qualquer dispositivo formatado basicamente tem apenas as tabelas de indexação (Ex: $MFT, Tabela FAT dentro outras) dos arquivos apagadas. Os arquivos realmente não são apagados.

Imagine um disco como um livro, que possui o índice que identifica em quais páginas estão os capítulos, títulos e sub-títulos. Os dispositivos de armazenamento de dados, possuem algo muito parecido, conhecido como tabela de indexação.

Quando formatamos ou simplesmente excluímos os arquivos o que é efetivamente apagado é esta tabela, ou seja, os arquivos reais continuam existindo no dispositivo até serem regravados por outros arquivos. A única forma de apagar realmente os arquivos para que os mesmos não possam ser recuperados é utilizar softwares que implementam o conceito de Computer Wipe, Zero Fill ou técnicas similares para sobrescrever o conteúdo do arquivo original com um conteúdo aleatório de bits, procedimento este, que por padrão não é realizado nos processos de formatação e deleção de arquivos pelo sistema operacional, uma vez que o mesmo é um procedimento que leva algum tempo para ser realizado.

Desta forma, é possível utilizar ferramentas específicas para realizar uma varredura em cada cluster/setor do disco para identificar possíveis arquivos conhecidos.

Existem várias ferramentas até gratuitas para recuperação de fotos e arquivos mais comuns, mas nada se compara com ferramentas profissionais de recuperação de dados como PC-3000 e MRT LAB, que possuem um banco de dados de assinatura de diversos tipos de arquivos o que aumenta significativamente as chances de recuperação dos dados.

Para os casos mais graves como problemas no circuito lógico ou falhas na cabeça de leitura e gravação, caso não possua conhecimento e ferramentas especializadas, recomendo sempre a busca de uma empresa especializada no assunto. Estas empresas investem muito em conhecimento e soluções profissionais e podem aumentar significativamente as chances de recuperação de dados.

Dependendo do tipo de problema, como HDs com barulhos anormais, não insista em tentar recuperar se não possuir conhecimento necessário, pois isto pode agravar o problema inviabilizando a recuperação dos dados.

www.slackspace.com.br (Recuperação de Dados e Perícia Computacional)


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