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Slackware os pacotes são divididos em 16 séries. Elas são visíveis na forma de 16 subdiretórios. Cada subdiretório contém os pacotes de uma categoria. As categorias surgiram nas primeiras versões do Slackware quando a instalação era feita através de disquetes (floppy disks) ou através de uma linha discada. Mesmo com a evolução para mídias massivas como CD ou DVD, a divisão de categorias permaneceu quase inalterada até hoje.
Particularmente, acho as categorias confusas e acredito que poderiam ser bem mais simples, com uma classificação mais atual evitando que o usuário instale muitas coisas que não precisa. Instalações desnecessárias acabam por gerar atualizações gigantes sem necessidade. Um sistema de séries mais inteligente reduziria o impacto sobre os repositórios economizando largura de banda. Para explicações detalhadas sobre as categorias consulte o artigo disponível em [1].
A seguir, um resumo das categorias:
- série a - Série básica onde está a maioria dos pacotes requeridos para a instalação mínima do sistema. Pacotes importantes como kernel, lilo, grub, openssl, sed, quota, tar, xz, bzip, coreutils são encontrados na série A.
- série ap - Série de programas em modo texto. Programas para gravação de CD ou DVD, programas relacionados com áudio, para administração do sistema, fontes de console, editores de texto e o pacote mariadb (um banco de dados!).
- série e - Programas relacionados com o editor GNU emacs.
- série d - Essa série possui pacotes voltados para o desenvolvimento ou programação. Nesta série encontramos compiladores, sistemas de controle de versão, sistemas de depuração, linguagens (perl, phyton, ruby) e os cabeçalhos do kernel Linux. Se pretende programar (em mais de uma dúzia de linguagens) ou compilar pacotes slackbuild em seu sistema essa série é importante para você.
- série f - FAQ do kernel Linux, arquivos de documentação e how to.
- série k - Pacotes com o código fonte do kernel Linux.
- série KDE - O ambiente gráfico KDE e seus programas.
- série KDEI - Pacotes com traduções para internacionalização do sistema KDE.
- série L - Essa série contém toneladas de bibliotecas (lib).
- série n - Essa série contém programas, utilitários e recursos relacionados com o funcionamento e a configuração da rede (network), além de vários serviços de rede e suporte para serviços da Internet. Programas como: dhcpd, iptables, nfs, nmap, openvpn, pop3, portmap, ppp, proftp e outros. Mistura serviços com utilitários e bibliotecas fazendo dessa a série mais confusa.
- série t - Contém o TEX que é uma linguagem de formatação de texto.
- série tcl - Programas baseados na interface TCL/TK.
- série x - Pacotes relacionados como Xorg.
- série xap - Aplicativos gráficos não-KDE como Mozilla, Gimp e Abiword.
- série xfce - O ambiente gráfico XFCE e seus programas.
- série y - Uma série legada, com pacotes de jogos em modo texto.
Durante a instalação, um menu é apresentado ao usuário para que ele possa selecionar as séries que deseja instalar. Se você desmarcar uma série neste menu, não poderá mais adiante escolher qualquer pacote que esteja incluído nessa série, pois nenhum pacote da série será instalado. O artigo [2] aqui do VOL dá uma ideia sobre a possibilidade de personalização da mídia de instalação com a inclusão/retirada de séries inteiras. Para isso é preciso remasterizar a mídia de instalação, o que está fora do escopo de artigo. Vale a pena consultar esse artigo se procura algo sobre isso. O menu de seleção de séries é exibido na figura a seguir:
Mesmo em uma instalação com tagfiles personalizados é preciso selecionar as categorias no menu "seleção de séries de pacotes". Se você selecionar uma série (com espaço), e não tiver um tagfile personalizado, o instalador assume a tagfile original e instala os pacotes mesmo que você não queira. Quando estiver remasterizando a mídia as séries não desejadas podem ser removidas ou desativadas editando o script que cria esse menu de seleção.