Já ouvi alguém dizendo: a parte mais sensível do homem é a parte interna de seu bolso!
O
Linux atende ao quesito economia?
Existe controvérsia, pois, muitos defendem os seguintes argumentos:
- Que apesar da "gratuidade" do Linux, o custo com treinamento é alto;
- Outro argumento é que o processo de migração de "softwares específicos" é alto.
Ao que parece, estes têm sido os principais argumentos contra o Linux
dentro da análise do fator econômico.
Vamos derrubar estes argumentos! Não iremos fazer uma abordagem no
aspecto empresarial. Vamos nos ater ao usuário doméstico. Aquele que usa
o micro para atividades de lazer, pequenos trabalhos e coisas do tipo.
Qual seria o treinamento necessário? Todas as distribuições atuais trazem
(e com sobra) aplicações que atendem a praticamente todas as necessidades.
É claro que com algumas pequenas diferenças. Mas nada que seja incompreensível,
entretanto, há a necessidade de um RE-aprendizado. Voltaremos nesta questão
quando abordarmos o fator praticidade.
Outro argumento que freqüentemente se ouve é o custo da migração dos
aplicativos. É válido no ramo empresarial, mas para o usuário doméstico, este
fator é irrelevante... este argumento carece de argumentos por parte dos
que o defendem quando estamos falando do usuário doméstico.
O que ocorre é o fato de que no Brasil, não existe uma "marcação cerrada" em
cima do comércio ilegal de software, logo, não há preocupação por parte de uma
maioria "esmagadora" de usuários - quanto ao custo - do software que usam.
Voltaremos a falar disto na abordagem do fator segurança.
Passemos ao
fator novidade.
Alguém disse mais ou menos isto: o homem gosta de pertencer à 'massa',
mas não resiste ao desejo de se diferenciar 'dela'...
Novidade! Poucos resistem ao desejo de apreciar (experimentar) o que é novo!
Aqui reside, talvez, a maior força do Linux. O fato de estar na moda,
de ser considerado algo que representa o novo. Não conheço ninguém que não
se ofenda ao ser chamado de antiquado.
Os "ventos" dos formadores de opinião; daqueles que dizem o que está na moda
e o que não está; favorecem a investida do Linux.
Todas as pessoas alimentam o sonho de estarem à frente de seu tempo. Isto
nos impulsiona em direção ao que é novo, em direção àquilo que representa as
inovações tecnológicas, as descobertas, etc. Eis aqui um Fator que os admiradores
do Linux podem e devem explorar.
Ainda restam dois fatores:
praticidade e
segurança.
Vamos falar de
praticidade...
Tive um professor que, para nos incentivar a estudar, dizia: conforto é bom
e até quem não sabe o que é isto, gosta!
O território da praticidade é bastante arenoso para o Linux. Apesar do
trabalho brilhante que vem sendo realizado por todos os desenvolvedores da
comunidade, ainda há um longo caminho a ser percorrido. Atualmente, todas
as distribuições têm avançado consideravelmente na implantação de ferramentas
que visam ao usuário sem conhecimento (e paciência!) para fazer uma
configuração "no braço".
Quase ninguém gosta de "desembaraçar" linha! Tudo que aparenta ser complicado
tende a afastar as pessoas.
A palavra de ordem na atualidade é "conforto"! Conforto está associado à
praticidade das coisas. A fama do Linux nesta área não é boa. Embora muitas
das ferramentas de configuração do Linux, atualmente, sejam de causar inveja
aos softwares proprietários...
Dentro da análise deste fator, é relevante apontar que a maioria dos usuários
domésticos não sabe o que fazer quando "a coisa" não funciona no sistema
operacional da Microsoft, o que acontece é que há mais pessoas por perto
para prestar o famoso "help".
Aqui está o espaço onde os usuários avançados de Linux podem contribuir.
Os usuários com pouco conhecimento, que adotam o Linux no seu desktop,
irão precisar passar por um período de RE-aprendizado, e poucos são aqueles
que querem passar por este processo, especialmente os que sabem o
suficiente do sistema Microsoft para resolverem os seus problemas corriqueiros.
Estes usuários, talvez sejam os mais resistentes (e críticos) do Linux no
quesito praticidade.
Esta análise mostra-nos a importância das distribuições brasileiras, que
vêm dando um verdadeiro "show" de praticidade e funcionalidade.
E como se comporta o Linux na análise do fator
segurança?
Instintivamente, procuramos segurança (as empresas de previdência e
seguradoras que o digam!). Entretanto, a segurança no mundo da informática
para o usuário doméstico é algo relativamente difícil de ser demonstrado.
O usuário doméstico não está devidamente informado das vulnerabilidades a
que está exposto, prova-se isto quando vemos a despreocupação das pessoas
quanto às atualizações de seu software, à realização de seu "backup", etc.
Como já mencionado, o uso do software ilegal deveria ser considerado algo
inseguro! Mas isto parece não preocupar a maioria das pessoas, (compreendam
que o autor não está pregando moralidade e sim, abordando a
"cultura do software ilegal").
No link abaixo, existe uma matéria interessante, cujo parágrafo final pode
ser uma referência para o que estamos abordando:
Não há dúvidas de que o Linux é mais seguro que o sistema da Microsoft,
tanto no que se refere às vulnerabilidades, quanto à legalidade para um
número considerável de usuários, mas o usuário doméstico, por desconhecimento
e também por comodidade, ignora a vantagem do Linux, e pior, parece não
priorizar o fator segurança na hora da escolha de um sistema que irá
gravar e enviar seus dados pessoais para toda a "grande rede".