Samba como PDC da rede
Aqui, irei mostrar a configuração de alguns itens e seus respectivos significados, para tornar o Samba um PDC funcional e seguro. Segue abaixo um screenshot do “smb.conf”:
Pois bem, como estamos vendo esta parte do “smb.conf”, note que ele é dividido em blocos de configurações, e o respectivo nome do bloco é mostrado entre colchetes, como: [global]. Isto foi feito para organizar o arquivo que possui bastantes linhas de configurações para diversas coisas, então, o dividiram em
blocos de configuração.
Vale ressaltar que o Samba não vem pré-configurado, e tem a capacidade de ser bastante personalizável, portanto, algumas configurações você tem que inseri-las manualmente; como por exemplo, o arquivo original do “smb.conf” não possui a linha
keepalive = 300, ela foi adicionada manualmente por mim.
Esta opção serve para verificar se existe alguma máquina Windows que travou na rede, ele faz esta verificação de tempos em tempos. O valor colocado foi 300, isto significa que de 5 em 5 minutos, a conexão com as máquinas serão verificadas.
Existe uma grande gama de configurações que podem ser realizadas no Samba. Para saber o nome dos parâmetros, é necessário paciência e consultas
insistentes em sites didáticos, como o Viva o Linux ,
Under Linux e o próprio site do
Samba.
Pois bem, já que foi explicado a função do
keepalive, irei explicar o restante das configurações.
No inicio do arquivo, existe uma linha chamada: workgroup, com o valor padrão: MYGROUP, ou seja: workgroup = MYGROUP.
Este parâmetro serve para determinar o grupo de trabalho, ou o domínio do qual o Samba irá controlar ou servir, no lugar de MYGROUP, você coloca o nome do
seu domínio, ou do seu grupo de trabalho.
Na foto do meu arquivo, esta opção está como: casa.moc - que é o nome do meu domínio, então, obviamente, substitua o valor MYGROUP com o nome do seu domínio, isto se sua rede for baseada no sistema 'cliente/servidor', se não for, coloque o nome do grupo de trabalho que você participa.
Sua linha deverá ficar mais ou menos assim:
workgroup = nome_do_seu_domínio ou nome_do_grupo
Mais abaixo, tem o parâmetro 'netbios name = server'. Se no seu arquivo não tiver este parâmetro, adicione-o (é aconselhável adicionar abaixo de
WORKGROUP pra fins organizacionais ). Pois bem, no valor deste parâmetro, coloque o nome da sua máquina, isto é necessário porque o Samba, às vezes, não consegue resolver o nome do servidor pelo DNS, então, é utilizado o nome declarado nesta configuração para ajudar o Samba.
netbios name = nome_da_sua_maquina
O
Server String, como o próprio nome já diz, se refere ao nome do seu servidor, você pode colocar como descrição, a tarefa que seu servidor ira
fazer; como por exemplo: servidor de impressão, Servidor Samba ou Samba PDC, serve para descrever a função do seu servidor. Isso é necessário para
identificar o computador em uma rede.
server string = nome_do_seu_servidor
Após isso, a varias configurações relacionadas às mensagens de Logs, entre outras, não vou explicar todas elas, porque são varias e não são configurações
importantes além de já virem pré configuradas, então, não há muita necessidade de explicá-las.
Agora, entraremos na configuração de segurança do domínio, aqui também existem muitas configurações a serem feitas, mas focaremos apenas o básico, para se ter um controlador de domínio usando o Samba.
No fim do primeiro bloco, existe uma diretiva chamada 'hosts allow', ela pode ser configurada diretamente na seção global, ou pode ser configurada
manualmente quando você estiver compartilhando uma pasta, por exemplo, esta diretiva serve pra você declarar o IP que terá acesso aos recursos do servidor.
Se você quiser declarar uma faixa de endereços e excluir apenas alguns dessas faixas, basta você colocar na frente dos IPs, a opção: EXCEPT.
hosts allow = 192.168.1. EXCEPT 192.168.1.20
O exemplo acima, mostra que todas as máquinas da rede: 192.168.1, terão acesso aos recursos do servidor, exceto o IP 192.168.1.20. Vale ressaltar, que o IP que for negado na seção global, será sempre negado a qualquer coisa que for configurado dentro e fora da seção, ou seja, ele não funcionará nada do Samba. Em hipótese alguma, ele será negado globalmente, e não poderá utilizar nenhum recurso da rede Samba mesmo que você queira.
A próxima diretiva é a
Guest Account, esta diretiva funciona quando a opção: 'guest ok = yes', estiver habilitada em algum compartilhamento.
Através dela, usuários visitantes poderão ter acesso a uma pasta sem a necessidade de fornecer senha.
Como valor, você colocar o nome do usuário que será usado para fazer este tipo de acesso, por padrão, deixe 'nobody', mas se quiser especificar o usuário como já disse, basta você dizer o nome dele.
Logo abaixo de Guest Account, existe uma diretiva chamada: 'Map to Guest' com o valor: 'bad user'. Esta diretiva funciona da seguinte maneira:
- Quando um usuário remoto tentar acessar o servidor com um login incorreto, o servidor automaticamente ira mapear a requisição para o usuário que estiver
especificado em Guest Account, ou seja, se você se logar com uma conta incorreta, você será redirecionado para a conta convidado, e poderá acessar somente
as pastas públicas.
O valor pode ser mudado para: 'bad password', mas é aconselhável deixar como está, preocupe-se apenas com o Guest Account, onde você precisar definir o
usuário que sera utiliza-o como convidado.
Depois destas configurações, chegaremos a uma configuração bastante importante para o Samba que é a opção: 'security', esta opção controla o níveis de
segurança e senhas do Samba, traduzindo: ela definirá o modo que o usuário acessará o servidor.
Nela existem quatro opções: User, Domain , Share e Server. Sendo que estas duas últimas, estão em desuso e possivelmente, não virão na próxima versão do
Samba, explicarei cada uma dessas opções superficialmente:
- User: Esta é a opção mais usada, pode ser usada quando seu Samba estiver em modo 'stand alone' ou quando seu Samba for o controlador principal do
domínio PDC, que é o nosso caso. Essa opção valida o acesso ao servidor por meio de login de usuário e senha, você digita na máquina remota o usuário e a
senha, se existir o usuário, e a senha conferir, o acesso será permitido ao servidor.
- Server: Define que um servidor externo fará a autenticação de usuário e senha, ou seja, quando você inserir o usuário e senha, a autenticação será enviada ao
Samba, e no Samba, será repassada ao servidor que for responsável, que verificará a autenticação. Este servidor pode ser tanto uma Windows NT, ou outro
servidor Samba, essa opção é bem semelhante à opção Domain que veremos mais adiante.
- Domain: Como já foi dito, esta opção é semelhante a opção server, porém, possui algumas vantagens, uma delas é que o Samba deverá ser cadastrado no
domínio do Windows NT, e também utiliza o controlador do Windows NT. Lembrando que essa opção é válida somente se você tiver um Servidor Windows na sua rede, ou seja, o Samba será apenas um mero cliente intermediário na rede Windows.
- Share: Esta opção é utilizada quando você quer utilizar o servidor apenas para compartilhamento de pastas públicas, esta opção pode ser usado por máquinas
que estejam na rede, mas não participam do domínio ou do grupo de trabalho.
Pois bem, estas são as opções, como este artigo tem foco no samba como PDC, a opção utilizada foi 'user', entretanto, se você quer conhecer melhor as outras
opções, é só dar uma lida em outros artigos aqui mesmo no VOL.
Mais adiante, tem algumas opções comentadas chamadas 'password server', estas opções deverão ser configuradas se você utiliza em 'Security', a opção
'Domain' ou 'Server'. Como utilizamos a opção 'user', deixe estas configurações como estão, e por favor, não as descomente se não for usá-las.