Programação orientada a objetos e o Java (parte 1)

Neste artigo iremos tratar de orientação a objetos, suas principais características, assim como iniciar sua relação com a linguagem Java, abrindo então caminho para o entendimento de uma linguagem orientada a objetos. Esta é a primeira parte do artigo que vai abordar OO e Java.

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Por: Ygor Thomaz em 23/10/2003 | Blog: http://www.ygorthomaz.net/


A programação orientada à objetos



A nossa teia de relações com o mundo se dá em boa parte por meio do conceito de objetos, temos a tendência natural de identificar o que são estas diferentes entidades, observando como aparentam ser e qual seu comportamento para o nosso ponto de vista, podemos definir quais são. Exemplo: um simples usuário de uma TV ou um técnico que vai concertá-la.

Ao observar um rádio, nós reconhecemos sua forma retangular, seu tamanho usual, colorido típico e aplicação. O rádio que observamos não é o único existente, existem diversos como tipos de rádios como o radio portátil, de mesa, etc. Um tipo especifico de rádio carrega consigo uma utilização reservada, mesmo que apresente algumas características idênticas a outros rádios, tem outras utilizações. O termo rádio portátil caracteriza mais do que a identidade do objeto, é um tipo de objeto que apresenta características próprias. Devemos lembrar que existem diversos tipos de rádios que transmitem diferentes tipos de informações por outros canais (privado ou público) e com diversas utilizações (militar ou doméstico).

Agora analisando por outro ponto mais particular. Como utilizamos o rádio? Podemos ligar por meio de um botão on/off na parte inferior esquerda, temos o controle de volume na superior direita e o seletor de estações na parte direita superior, conforme o modelo outras opções. Mesmo sem conhecer sua estrutura interna, as pessoas podem utilizar este objeto ligando e desligando, aumentando ou diminuindo o volume ou sintonizando na sua estação predileta. Os detalhes da sua estrutura ficam ocultos, podemos então utilizar apenas o que o projetista julgou necessário.

Por meio deste exemplo de relação com objetos que utilizamos no nosso dia-a-dia, podemos descrever informalmente as principais características da programação orientada por objetos.

2.1 - Classificação


É a categorização daquilo que nos rodeia. Criamos classes de objetos para identificar objetos que compartilham de características em comuns, embora distintas, em cada objeto. Como os seres humanos que tem características em comum, mas podem ser distinguidos pela altura, idade, peso, etc.

2.2 - Identidade


Nossa relação com os objetos ao nosso redor não se resume a simples classificação. Por exemplo, nossa teia de relações com outras pessoas fazem elas assumirem uma posição singular, assumindo assim uma identificação. Conhecendo mais alguém descobrimos seu nome e sobrenome, por exemplo.

2.3 - Encapsulamento


Essa característica permite que possamos utilizar um objeto conhecendo apenas sua interface, sua aparência exterior. Como no exemplo de utilização do rádio que descrevemos acima. O encapsulamento permite preservar informações consideradas importantes ou sigilosas dentro do objeto, disponibilizando apenas o que se julgue conveniente.

2.4 - Herança


É o mecanismo de criação de novas classes de objetos a partir de outras já existentes. A herança utiliza características do objeto de origem, usando uma forma especial de compartilhamento de código. Agora podemos criar varias classes, hierarquicamente relacionadas, especializando as classes.

2.5 - Polimorfismo


Refere-se a capacidade de conhecermos em um objeto um outro mais geral. Por exemplo, tratamos um radio como um objeto de forma geral podemos classificar o radio como um eletrodoméstico.

2.6 - Observações


A utilização da orientação à objetos no desenvolvimento de um programa se baseia na construção de classes e na criação de objetos dessas classes, para que trabalhem em conjunto no bom funcionamento do programa.

O Java é uma linguagem que carrega consigo todas as características necessárias de orientação a objetos:
  • a definição de classes;
  • a construção de objetos contendo dados internos não acessíveis;
  • a disponibilidade de um mecanismo de herança.
Mesmo sendo complexa, esta forma de programação é a mais apropriada para o desenvolvimento de sistemas, pois permite tratar problemas nos aproximando da nossa realidade de entendimento do mundo, em vez de dirigir a solução para as características de funcionamento dos computadores, tal como faz a tradicional linguagem procedural.

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Comentários
[1] Comentário enviado por JuNiOx em 23/10/2003 - 15:19h

ae, legal seu artigo, parabéns!

saberia algum livro bom sobre 'orientação a objetos'?

valew

[2] Comentário enviado por ygorth em 24/10/2003 - 00:01h

Obrigado,

acredito que a compreensao de como funciona
orientacao a objetos fica mais facil atraves da
pratica com alguma linguagem.
Considero o livro que esta em Referencias um
bom livro do genero.

[3] Comentário enviado por keijaum em 03/06/2004 - 08:01h

orientação a objetos só será realmente compreendida por alguem, quando este começar a usa-la na pratica, como em java, .net, etc
se a pessoa ficar somente na teoria, esquece...

[4] Comentário enviado por ygorth em 03/06/2004 - 13:39h

Concordo com você, a ideia da serie de artigos não segure só teoria. A teoria esta mais evidente por conta do caracter introducional dos artigos. E para despertar a caracteristicas autoditada em nós, podendo utilizar esta fonte como a teoria em O.B. Mas as coisas vão esquentar mais a nivel de codigo... aguarde ou saia metendo a mão na massa para me ajudar aqui (:

[5] Comentário enviado por Maycon Pires em 28/10/2006 - 22:31h

Excelente artigo, pois, a parte teórica é fundamental para um bom desenvolvedor, grato pelo artigo!

[6] Comentário enviado por f_Candido em 01/02/2008 - 22:53h

Bom artigo. Parabéns.

Abraços

[7] Comentário enviado por Luan Techio em 18/08/2009 - 08:45h

Muito bom artigo...

[8] Comentário enviado por WhiteHawk em 03/04/2010 - 15:16h

Olá. Muito bom o artigo. Simples e objetivo. Parabéns.

[9] Comentário enviado por LuizFelipeSilva em 18/09/2016 - 23:10h

Muito bom o artigo, explica de forma simples e objetiva os conceitos. Parabéns.


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