Este artigo traz uma abordagem bastante completa sobre o sistema de permissões no Linux. Ele ensina, desde a teoria por trás das permissões, até os comandos usados para se manipulá-las. Tudo bastante ilustrado e exemplificado.
Tudo no Linux é um arquivo. Diferentemente de outros sistemas operacionais e assim como o Unix, o Linux trata todas as partes do sistema como arquivos, como, por exemplo, dispositivos de hardware, que são acessados por meio de arquivos que os representam e até mesmo a comunicação entre processos (programas em execução) se dá através de arquivos.
Genericamente, os sistemas de arquivo suportados pelo Linux mantém, associados a cada arquivo, informações como identificadores do dono do arquivo e do grupo do dono, o tipo do arquivo, as permissões relativas ao arquivo, data e hora de criação e última modificação e etc.
Permissões
Segundo [Rocha (1996)], permissão é o ato de dar liberdade, poder ou licença para; consentir; autorizar a fazer uso de; não obstar; tolerar. Esta é justamente a intenção das permissões dos arquivos no sistema: limitar o acesso aos arquivos, de acordo com a importância dos mesmos e com o desejo do seu dono, de forma a manter a segurança e integridade do sistema.
Como já foi dito, cada arquivo possui, associado a ele, um conjunto de atributos e um deles são as permissões relativas a ele próprio. Estas permissões podem ser entendidas como um número de 12 bits onde, obviamente, cada bit pode variar entre zero e um, indicando a ausência ou presença de uma permissão específica -ao longo do artigo será mostrado que as permissões se subdividem em grupos e cada bit representa um tipo de permissão específico.
A primeira divisão que pode ser feita neste número de 12 bits, separa três bits para determinar os atributos do arquivo, seção 3, e o restante -9 bits- para a determinação da proteção do arquivo.