OpenOffice salvando arquivos no formato .doc, .xls e .ppt automaticamente

Muitos usuários iniciantes tem dificuldades com o OpenOffice, pois arquivos salvos nele não abrem no Word, Excel e Power Point. Mas podemos resolver isso configurando-o para salvar nos formatos .doc, .xls e .ppt automaticamente.

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Por: Jakson Wilian da Silva em 19/06/2009


Introdução



Pensei em criar este artigo pois conheço usuários que odiaram o Microsoft Office 2007 e me pediram para voltar ao Microsoft Office 2003, mas como um bom amante do Linux, ofereci a possibilidade de utilizarem o OpenOffice, pois ele é bem parecido com as versões mais antigas do Office.

Os usuários ficaram meio desconfiados, pois é coisa nova e, como sempre, a maioria não gosta de mudanças, pois trabalham com o Office desde a versão 97. Mas até aí beleza. Propus fazermos um teste de um mês.

Iniciamos os trabalhos e quinze dias depois ninguém tinha reclamado da aparência do OpenOffice e estavam se acostumando bem, a não ser por uns atalhos e menus um pouco diferentes que fui explicando no decorrer (e que agora todo mundo se habituou).

Teve um caso em que um usuário gravou um arquivo em disquete para terminar em casa, mas como o formato do arquivo estava no padrão do OpenOffice, o mesmo não abriu no Microsoft Office. Então, no outro dia, o usuário veio com dez pedras na mão, reclamando comigo e com o OpenOffice, mas muita calma nessa hora...

Então lembrei que havia esquecido de configurar para salvar nos formatos do Microsoft Office automaticamente. Fui lá, configurei todas as máquinas e mandei testar novamente. Tudo funcionou normal. Então pensei: farei um artigo para facilitar a vida dos usuários e para não deixar que usuários iniciantes falem mal do OpenOffice sem motivo.

Iniciando as configurações

Clique no menu "Ferramentas" e em seguida em "Opções", como mostra a figura abaixo.
Linux: Configurando OpenOffice para salvar arquivos no formato ( .doc ), ( .xls ) e ( .ppt ) automaticamente.
Na janela que abrir clique no sinal de ( + ) ao lado da Opção CARREGAR/SALVAR.
Linux: Configurando OpenOffice para salvar arquivos no formato ( .doc ), ( .xls ) e ( .ppt ) automaticamente.
No menu de Opções que abrir, clique em GERAL.
Linux: Configurando OpenOffice para salvar arquivos no formato ( .doc ), ( .xls ) e ( .ppt ) automaticamente.
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Comentários
[1] Comentário enviado por lfheckler em 19/06/2009 - 10:33h

É válida a iniciativa de ajudar as pessoas mas, acho que este tipo de dica deve ser dada com cautela.

Quem acompanha as listas de discussão sobre OpenOffice/BrOffice sabe que como os formatos da Microsoft não são abertos, o suporte dado a estes formatos não é 100% e salvar documentos em outros formatos que não ODF pode levar a perda de informações e/ou formatações, especialmente em documentos com formatação mais complexa e baixo uso de estilos.

A implantação da suite livre deve ser acompanhada sempre de um apoio técnico inicialmente forte e treinamento de pessoal, buscando efetivar uma mudança de cultura.

Sou da opinião que salvar no formato Microsoft (doc, ppt, xls) deve ser uma alternativa para situações adversas, não o uso comum.

[2] Comentário enviado por corvolino em 19/06/2009 - 10:45h

Faça o teste de 1 mês no formato odf. E o que adianta usar openoffice em um lugar e MS em outro?

Porque não sugeri a instalação do openoffice em casa? Seria uma boa não?

Abraços e bom artigo! ;)

[3] Comentário enviado por joelzao em 19/06/2009 - 16:39h

Um sinal de de que o open source está em constante crescimento, é que o service pack 2 do MS office ja reconhece o odf.

[4] Comentário enviado por removido em 20/06/2009 - 23:30h

Legal o artigo, mas acho que taria mais pra uma dica

[5] Comentário enviado por fbugnon em 21/06/2009 - 10:24h

Concordo com o pensamento do lfheckler.

Acho que os formatos proprietários, sejam eles quais forem (.doc / .ppt / .xls / etc.), não deveriam ser usados como padrão, mas somente em situações excepcionais, de necessidade, como por exemplo quando enviamos para alguém que não tem condições de abrir, nem instalar um leitor compatível sozinho, nem há nas circunstâncias tempo suficiente para darmos o suporte necessário para tanto.

Por isso, acho que o correto seria deixar as preferências como estão, para os arquivos sejam salvos automaticamente em .odf, e mostrar aos usuários como eles podem escolher, na hora de salvar o documento, fazê-lo usando formatos diferentes do padrão (odf), como p. ex. em formato .doc.

Eu pelo menos faço isso no meu dia a dia. E quando alguém reclama que não conseguiu abrir meus arquivos odf, explico que podem usar o BrOffice, o AbiWord, o plug-in da Sun para MSOffice... e, em última instância, envio em formato proprietário, deixando claro na minha assinatura:

_____________________________________________________________
Por favor evite enviar anexos em formatos proprietários (.doc / .ppt / .xls ).
Para maiores esclarecimentos, visite:
http://www.openformats.org/ptShowAll
http://www.gnu.org/philosophy/no-word-attachments.pt-br.html
http://www.guiadohardware.net/noticias/2008-01/477F8BF2.html

[6] Comentário enviado por rrodrigues345 em 21/06/2009 - 23:11h

Também concordo que devemos manter o formato padrão do OPENOFFICE. Porém, o que acontece é que muitas pessoas nem sabem que existe outro formato senão o .DOC, .PPT e .XLS. Aliás, o formato é o que menos importa para elas: elas apenas clicam em salvar e o programa salva. Na grande maioria das vezes, é assim!!

E estas pessoas não usam o Office porque ele é melhor e tals... elas o utilizam porque foi simplesmente o primeiro programa que usaram para editar seus textos e planilhas, e qualquer mudança neste sentido simplesmente as apavora! Porque apesar dos programas serem muito semelhantes (Office vs. OpenOffice), as pessoas tem muita resistência em usar outra suíte de escritório. Só de pensarem que não sabem mais onde estão escondidas as funções que costumam utilizar no seu dia-a-dia já os apavora!!

Na minha opinião, acho que a questão do formato aberto vs. proprietário nunca foi o problema. Se o Microsoft Office disponibilizasse opção para salvar em formato aberto, garanto que as pessoas o salvariam neste formato, e o mesmo seria adotado como padrão, já que seria o mais compatível com quaisquer editores de texto e afins. O grande problema é a troca de programa: porque existem profissionais que utilizam a suíte OFFICE há muito tempo e são pessoas que tem muita dificuldade em lidar com programas e não estão nem um pouco dispostas a "perderem tempo" aprendendo algo novo. Daí fica complicado, não é mesmo??!!

[7] Comentário enviado por Teixeira em 22/06/2009 - 07:57h

Pessoalmente, eu sempre trabalharia com um formato aberto, portável.
Isso implicaria na necessidade de ter em todos os lugares a possibilidade de lidar com formatos abertos, o que não é o caso do MS-Office.

Quanto à questão de estar o usuário acostumado com isso ou aquilo, tenho de discordar em parte, porque o prório MS-Office tem-se modificado sensivelmente a cada versão, e sempre há um novo aprendizado, mesmo pequeno, a ser cumprido.

Particularmente, e já comentei isso por aqui, o Word mais eficiente foi o 6.0.

Ele era menor, mais rápido, mais simples e apresentava mais recursos que seu sucessor (97).
Word 97 exigia 4 vezes mais memória para funcionar com estabilidade, e suas "melhorias" (especialmente se considerarmos o usuário mediano) passaram a ser de ordem cosmética.

No Word 6 podíamos preencher o background de uma tabela (ou de uma célula) com degradê. Hoje isso é impossível, a não ser que usemos uma figura.
Então melhoramos para pior, não é mesmo?

Word 6 (com 8MB RAM) já salvava em .RTF e .DOC e os arquivos resultantes eram menores e menos sujeitos a erros.

E já que falamos nisso, esses formatos, da forma com que foram implementados pela MS, podem ser muito perdulários, em especial se usarmos o recurso de auto-gravação, pois o Word grava uma nova cópia do texto e de sua formatação em seguida à anterior.

Dessa forma, se fizermos 10 gravações automaticas de um mesmo texto, teremos o texto repetido (e acrescido) 9 vezes.
O texto vai crescendo a cada segmento. E se houver qualquer erro entre os segmentos, o arquivo não poderá ser lido.

Na prática isso não incomoda muito, principalmente se tivermos memória RAM sobrando e se o sistema estiver bem instalado.

A melhor maneira de constatar isso é copiar literalmente o arquivo (não apenas "salvar" ou "salvar como"). Veremos que o arquivo resultante é MUITO menor que o original, e que abre mais rapidamente.

No Word 2003 com uma RAM de 128MB (16 vezes mais) poderemos eventualmente notar flutuações e travamentos indesejáveis e perda de controle do mouse por alguns momentos. Com 198MB esse fenômeno para de se manifestar.
Mais uma vez, melhoramos para pior.

Essas melhorias implicam em uma maior facilidade de uso? NÃO!

Já vi computadores "de loja" com o Windows Vista e o OpenOffice ou BR-Office instalados, e os usuários geralmente os usam sem notar diferença alguma, até que chegue um "entendido" (o tal "mechânico", que mexe em tudo) e insista em mudar para o Office 2007 (ou superior) piratão porque segundo seus próprios conceitos e sua total conveniên$$ia, é "melhor" enquanto o produto de código aberto simplesmente "não presta".

Como afirmei acima, sou partidário do odf mas também temos que ter vistas aos usuários preponderantes, que usam formatos proprietários. Assim sendo, acho que esse artigo é muito importante para ser discutido. E se fosse apenas uma dica, a meu ver teria igual importância.

Também gostaria de acrescentar que NÓS vestimos a camisa do software livre, do código e dos formatos abertos.
Porém o usuário mediano não tem a mesma visão nossa e vai querer usar aquilo a que já está acostumado.

Então precisamos trabalhar com documentos "complexos", mas não "complicados", inclusive para poder proporcionar-lhes maior portabilidade.

Existem várias formas de se fazer um documento, e uma delas deverá ser aquela que é certa e adequada - embora os demais resultados pareçam semelhantes.


[8] Comentário enviado por douradoinfo em 22/06/2009 - 14:13h

Em relação às declarações do Teixeira, sempre acompanho seus comentários com muito cuidado e atenção, e com eles tenho aprendido muito. A visão do usuário e adepto do Software Livre por si só deve ser democrática. O próprio termo já nos sugere algo assim. Sou usuário Linux há pouco tempo e até hoje flutuo sobre qual distribuição é melhor por conta de opiniões desse ou daquele usuário, desse ou daquele artigo. O que percebi que, mesmo tendo experimentando 6 distribuições diferentes, o princípio continua o mesmo. Hoje faço opção pela mais funcional. Já tive trabalho para configurar o OpenSuse, por exemplo. Entretanto, hoje que muitos amigos estão começando a usar Linux por minha causa, já que fui o primeiro da minha cidade a usar e divulgar o sistema, faço opção por instalar o BigLinux, já que demanda menos tempo do que o Ubuntu sem os acabamentos necessários. Ou seja, o que eu levava quase dois dias fazendo, hoje levo 2 horas. Creio que, em relação aos usuários medianos como eu, é importante pensar nas facilidades pra ATRAIR e depois nas dificuldades para MANTER. Por isso, o artigo acima é válido para mim que não sabia disso, como para todos os outros que ainda não sabem.

[9] Comentário enviado por Teixeira em 22/06/2009 - 20:36h

Mas uma vez, é valido o ditado que diz que moscas são apanhadas com mel, e não com vinagre.
Dessa forma, devemos oferecer ao usuário compatibilidade e praticidade e então ir demonstrando a funcionalidade dessas "novidades" a que já nos acostumamos.
Mais uma vez cito com louvor a inciativa de várias prefeituras municipais em dar treinamento não apenas em Linux, mas em aplicativos Linux.
Quando se sabe o que se está fazendo, tudo fica muito mais fácil.
Minha irmã - usuária Windows "de carteirinha" - está fazendo uns cursos em Duque de Caxias, voltados para o ambiente Linux.
E está simplemente maravilhada. Não sabia que seria tão fácil adaptar-se.
Além do que, a qualidade e abrangência dos cursos promovidos pela Prefeitura de Duque de Caxias (entre tantas outras) é superior à da maioria dos cursos "for Windows" famosos que existem por aí.
Estão ensinando não apenas a abrir, fechar ou copiar documentos, mas a usar cada um dos aplicativos com uma certa profundidade.
Entretanto, aqui no Rio de Janeiro a palavra "Linux" é cercada de um grande mistério.
Ninguém sabe, ninguém viu, só sabem que "dá problema", "é difícil", e coisas assim.
Muitos compram seus computadores com o SO do pinguim e já mandam trocar pelo SO do tio Bill sem ao menos experimentar.
Isso porque algum "entendido" orientou (=deu palpite) em sentido contrário.
Os pouquíssimos cursos onde se ouve falar em Linux são 90% voltados para redes e cabeamento.
(Com excessão, é óbvio, das Faculdades).
Descobri um curso livre (bom, por sinal) onde o instrutor declarou "não entender muito" de Linux, MAS o programa do curso é totalmente em cima da
distro Mandriva e abrange desde a instalação até aquelas últimas configurações, ajustes e utilização de aplicativos.
Tudo em teoria e prática, muita prática.

[10] Comentário enviado por elcidio em 28/11/2009 - 08:59h


valeo pessoal pela ajuda claramente ajudou me muito. para entender melhor este detalhe
hugs
elcidio

[11] Comentário enviado por evandroeloy em 12/08/2010 - 10:31h

Sou diretor de um Telecentro, e nele os usuários ainda tem uma certa inibição quanto ao uso do Ubuntu, sendo aos poucos mais "simpáticos" e chegando alguns até a pedirem para instalarem em seus pcs pessoais, mas, via de regra o uso ainda (em casa e lan houses, de meus usuários) é do Windows, então, salvar arquivos em formato .doc ou qualquer outra extenção compatível com o "outro", ainda é uma necessidade em algumas regiões. Se colocarmos regras que somente salvaremos em formato .ODF, criaríamos uma antipatia gratuita ao software, principalmente com os que menos entendem de informática.


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