Não vou mentir que a mudança do
Ubuntu para a nova interface
Unity, me desagradou.
Alguns itens eram mais intuitivos, e a área de trabalho bem mais fácil de configurar com atalhos, pastas, etc. Sempre gosto de novidades, e também sei que para muita gente, esta nova interface é excelente, mas pela maneira como eu trabalhava meus scripts, aplicativos e atalhos, tive uma lentidão maior nesta adaptação.
Por isso, desde a mudança, eu usava ainda a versão antiga, mas dividida com uma instalação com o Unity ainda tentando dar uma chance a ele, enquanto me adaptava.
Foi quando decidi experimentar a nova versão do
KDE, e me surpreendi positivamente (depois de uns 6 anos sem vê-lo). Usei muito o KDE no
Red Hat e depois com
Conectiva há muito tempo. Mas, após sua descontinuação e com o surgimento do Ubuntu, acabei adotando o GNOME como interface gráfica preferida, e o usava até então.
O novo KDE me surpreendeu porque está mais limpo, simples, intuitivo e assustadoramente fácil de usar e instalar os aplicativos. Após a instalação, que já não deu nenhum trabalho, me deparei com a nova interface gráfica.
O menu
K está mais fácil de usar e localizar os programas. Para acessar a Internet, o navegador
Rekonq já faz tudo, mas aconselho a instalação do
Firefox ou do
Chrome, que são instalados numa facilidade absurda.
Antes, porém, aconselho atualizar a base de repositórios, pois alguns drivers, o
Flash Player e máquina virtual
Java, não vêm nos pacotes definidos por padrão.
Para atualizar estes repositórios extras, abra o:
Menu K > Aplicativos > Sistema > Gerenciador de Pacotes
Depois disso, entre em:
Configurações > Configurar as fontes de aplicativos
Nesta janela, em "Aplicativos Kubuntu", marque as opções 3, 4 e feche a janela para iniciar automaticamente o download dos repositórios.
O melhor de tudo, é que nem precisei executar comandos no terminal (com
apt-get) ou usar o gerenciador de pacotes para instalar o que eu queria.
Para abrir o Firefox normalmente, em:
Menu K > Aplicativos > Internet > Firefox
Ele fará um download, e após concluído já está instalado e configurado. Nos meus testes, ele já configurou automaticamente o Flash player e a máquina virtual Java, mas caso isso não aconteça, abra o menu do Firefox:
Ferramentas > Complementos > Plugins
E faça uma busca pelos nomes
shockwave flash e
java.
Outra facilidade que encontrei, foi na instalação do
Google Chrome. Após entrar no site do Google, cliquei no botão de download do Chrome (canto superior direito) e iniciei o download escolhendo a opção 32 bits ".deb" (para Debian/Ubuntu).
Após o download, na pasta
/home/usuario/downloads, bastou clicar no ícone do instalador que ele instalou sem nenhum problema, colocando, inclusive, o ícone no local apropriado para navegador do menu do KDE.
Gostei muito da facilidade de usar o
K3B, que já vem pronto para usar. E do
Amarok, que reproduziu minhas músicas normalmente. Gostei também do
Gradon Player, para reprodução de vídeos.
Quanto ao substituto do Messenger, o
Kopete é a solução, mas é muito limitado. Para quem procura mais recursos para o mensageiro, é melhor procurar e instalar o
aMSN, que é bem mais completo.
Outro ponto positivo que encontrei, foi a instalação da suíte de aplicativos
LibreOffice 3, que também veio completinha. Percebi que até o tempo de boot está mais rápido.
Por fim, minha avaliação é extremamente positiva sobre o KDE. Em outros tempos, após terminar a instalação do sistema operacional, era necessário iniciar uma bateria de instalações e alguns comandos no terminal.
Hoje, esta interface está bem mais intuitiva e desenvolvida para agradar até mesmo quem não conhece
GNU/Linux.
Aproveite para executar os gerenciadores de pacotes e procurar por aplicativos que possam incrementar seu trabalho, ou diversão, no KDE.
Existem softwares gratuitos para desenhos 3D, desenhos vetoriais, players de vídeo e música, jogos, aplicativos para Internet, escritório e mais uma infinidade de softwares.
Aconselho o KDE para quem quer experimentar o GNU/Linux sem compromisso, e pelo que pude ver, está garantida a satisfação.
Obs.: Este artigo foi escrito em cima de uma experiência com o
Kubuntu 12.04 32 bits, instalado no HD.
Quando utilizei um LiveCD (sem instalação), nem todas as opções citadas neste artigo estavam marcadas, ou pré-configuradas, com a mesma facilidade.