Fala moçada,
Sem delongas tentarei ir direto à raiz do problema dos web 
developers (exceto webdesigners e layoutistas) e das empresas 
de desenvolvimento web.
Sairei um pouco do foco principal do assunto para todo mundo se 
situar à realidade das empresas de hoje e deixar o artigo com um 
caráter mais didático.
A engenharia de softwares deve(ria) ser aplicada a todos os 
projetos desenvolvidos, mas essa fatia tão peculiar do mercado 
que somos obrigados a lidar SEMPRE tem problemas em comum:
-  Os prazos para conclusão dos projetos muito curtos.
 -  Clientes leigos pedem softwares que não lhes satisfazem 
invés de soluções.
 -  Existe a necessidade, mas não existe cobrança de organização 
dos arquivos físicos no projeto, ou seja, a organização dos 
arquivos "soltos".
 
Devido a essa realidade, infelizmente as empresas - que por sua vez 
visam lucros - não estão precisando de profissionais que programam 
da melhor forma possível, mas sim os que resolvem os seus 
problemas/problemas da empresa mais rápido. E nessa parte se 
você não tiver um ambiente de desenvolvimento bom - que facilite sua 
vida - você fica com uma desvantagem enorme em relação à outros 
profissionais.
Cheguei agora num ponto onde o problema começa e, se agora 
estivéssemos em uma mesa redonda, alguém me interromperia para falar algo do tipo:
"-Tá... Mas e daí? Eu uso o Macromedia Dreamweaver! Existe ambiente de desenvolvimento melhor que esse?!"
Bem... A princípio não existe, mas por causa das empresas 
cultuarem tanto quem desenvolve mais rápido, entramos agora em 
um paradigma (ou seria paradoxo :D ? [ou não será um problema no 
futuro?] ). Por favor não esqueça dessas perguntas durante sua 
leitura ao longo dessa página...
Quem desenvolve mais rápido (usando o MM Dreamweaver por exemplo) 
gera o famoso "HTML garbage" ou em bom português a "lixeira HTML", 
e como  o consumo de link é sempre um problema sério para o usuário 
final e a empresa, os desenvolvedores codistas que usam Dreamweaver 
estão tendo que reeaprender as tags HTML - Eu sei que parece 
brincadeira, se fôssemos fazer uma analogia seria algo como pegar 
um caixa bancário e o fizesse estudar tabuada... Mas isso não é 
brincadeira, vocês ainda irão ouvir o que eu estou falando. 
Contudo, como atualmente os *hardwares não estão tão caros, 
pequenas e médias empresas fazem um investimento razoável e tem 
em mãos uma máquina muito boa para prover seus serviços web, logo, 
a parte da qualidade de código fica meio de escanteio porque a 
máquina resolve tudo (ou quase tudo). Porém como bendito link é 
muito caro, então os chefes não se importam se os nossos códigos 
comem muito processamento ou memória, DESDE QUE ele não gere lixo 
no retorno para quem acessa as aplicações. Resumindo: o link é 
sempre o gargalo do projeto.
E isso ocorre muito por que os browsers não são tão rígidos no 
tratamento das sintaxes HTML, ou seja, você já viu algum 
"parse error" ou "segmentation fault" por que você não fechou 
um <body> com </body>? Por causa disso os editores 
HTML visuais usam e abusam da tolerância dessa sintaxe gerando 
um lixo de proporções grotescas. 
Isso é tão sério que muitas empresas - até as de pequeno e médio 
porte médio - estão adotando a prática da divisão sistemática de 
profissionais no modo de desenvolvimento de projetos em grupo, além 
das mudança de ferramentas utilizadas no desenvolvimento dos seus 
projetos:
1 - Mudança na prática da divisão sistemática de profissionais no modo de desenvolvimento de projetos em grupo.
No primeiro ítem citado, mais especificamente na parte gráfica, os 
designers da parte de criação/arte a princípio "desenham" o layout 
e repassam em seguida seu trabalho para os designers de template, 
que recortam e geram os HTMLs com o mínimo de lixo possível, que 
por sua vez atendem as necessidades do projeto elaborado.
O projeto por sua vez é desenvolvido por analistas que geralmente 
desenham o esboço do projeto, rotinas, banco de dados, etc e logo 
em seguida repassam seu trabalho à engenheiros e programadores 
ligados à área de auditoria. Nesse ponto eles revisam, fazem 
eventuais correções e pedem uma homologação (aprovação) por parte 
do cliente. Com o projeto aprovado, tudo é repassado ao chefe de 
desenvolvimento da programação e finalmente entra na parte de 
codificação.
E acredite ou não, ainda existem divisões nas tarefas de codificação... 
Parece muita coisa né? Mas na verdade seria o mais próximo do ideal 
possível. Por que "programar" qualquer uma pessoa com um pouco de 
instrução técnica programa, no entanto apenas um número mais restrito 
de profissionais sabe organizar classes, modularizar o projeto, 
padronizar formas de codificação de documentação, ou seja, basicamente 
a parte de codificação dividi-se com a equipe que consome 10 vezes 
mais cafeína que uma pessoa normal - os que criam as rotinas usadas 
por todo o projeto - e, a parte que faz a programação de "trabalho 
braçal".
2 - Mudança de ferramentas utilizadas no desenvolvimento dos seus projetos.
Bem, o 
Dreamweaver está feio na foto por que ele gera lixo 
e o link é caro, pra piorar mais ainda ele ainda tem uma licença 
pra uso comercial muito cara, mas a MM tem uma ferramenta chamada 
Homesite que faz exatamente o que essa nova empresa quer, 
seus desenvolvedores vão perder a comodidade de usar a aplicação 
de desenvolvimento gráfico, mas com o tempo e com a divisão de 
trabalho eles vão economizar em link, em licenças e em 
processamento (quem já usou um Dreamweaver MX sabe o quanto ele é 
pesado).
Com o tempo no entanto a MM viu que podia cobrar mais caro por seu 
produto por que as empresas de desenvolvimento precisavam dele agora. 
As empresas de pequeno e médio porte se viram obrigadas a encontrar 
uma saída entre as suas poucas escolhas:
-  Usam o programa ilegalmente;
 -  Usam ferramentas criadas pela comunidade de código livre.
 
Geralmente (ex-)funcionários insatisfeitos com a empresa podem 
comprometer a primeira opção. Já na segunda não existem opções... 
CALMA AÍ!!! Não EXISTIA, por que hoje existem ferramentas tão boas 
ou ainda melhores que o 
Homesite.
Estamos em um paradigma? Num paradoxo? Ou no futuro o HTML vai 
cair por desuso? Ou ainda será que o link não será um problema no 
futuro?
Aposte suas fichas, mas até lá mantenha seus pés no chão.