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Como todos devem saber, há estereótipos pregados por usuários, sejam eles usuários de
Linux ou de Windows, cada um tende a falar mal do outro sistema. Fanatismo demasiado nunca é algo positivo, nem mesmo quando o fanatismo é por sistemas operacionais. Basta que você navegue por pelo menos 30 minutos pelos fóruns relacionados à informática, para que você possa constatar o que estou dizendo.
Neste artigo tentarei quebrar alguns destes tabus e estereótipos. Alguns dos estereótipos se alastram por todas as áreas da informática. Afirmações como "Linux é melhor do que Windows", "Usuários de Windows são ignorantes", "Hackers usam Linux" e vice-versa são cada vez mais comuns, o que chega a ser um clichê.
Na área da programação também há tal discrepância, que é recíproca: "C é muito melhor do que Java", "Programadores em Object Pascal (Delphi) são péssimos programadores" etc também são demasiadamente comuns dentre os fóruns de discussão.
As afirmações não tão dóceis vem de ambas áreas, e isso, não só causa um enorme flame, como também confunde usuários leigos, que acabam tendo estas opiniões como certas. Eu dedico este artigo, principalmente, a usuários leigos, para não só passar o que aprendi nesse meu tempo de trabalho com Linux, como também em ratificá-los e alertá-los com relação à estas opiniões errôneas.
O problema nisso tudo é que, nem só de "brigas" entre os distintos sistemas operacionais estes estereótipos se manifestam. Muitas das vezes o mesmo ocorre, inclusive, dentro do próprio Linux. Usuários de Linux brigam entre si. Afirmações como: "Ubuntu é para gente burra", "Slackware é para especialistas e Hackers", "Mint é para leigos" etc também são bastante comuns em fóruns sobre Software Linux e Linux. É algo desanimador, pois somente a comunidade de usuários de Linux brigam entre si. A união faz a força, como diria o ditado, portanto, não há porque criar lacunas entre os usuários de Linux, distinguindo-os pela distribuição utilizada.
Vamos começar quebrando alguns tabus:
O Linux é melhor que o Windows (ou vice-versa)?
R: Ambos sistemas possuem suas vantagens e desvantagens. Apontar quaisquer distribuição Linux ou versão do Windows como melhor, e tornar isso como palavra final seria, sem sombra de dúvidas, um erro.
Usuários de Windows são ignorantes?
R: Definitivamente, não! Muitos especialistas, hackers, professores universitários e experientes da área usam Windows em seu Desktop. E, além disso, muitos usuários de Linux, também usam Windows. Eu mesmo conheço alguns especialistas que usam ambos sistemas. Lembrando que conhecer ambos sistemas é necessário para ser um bom profissional. É uma qualificação e tanto, para o currículo do profissional de TI.
Hackers usam Linux?
R: A resposta acima é válida para esta pergunta. Mas, para refutar, vou esclarecer: se hackers não usassem Windows também, porque tantos peritos forense computacionais dão tanta atenção à ferramentas forense voltadas para plataforma Windows? Se hackers não usassem Windows também, não havia porque se preocupar. E, se hackers não usam Windows, porque criam ferramentas como Nmap, Nessus, WireShark, Acunetix etc para Windows? A resposta está bem aí.
Na área da programação, como também é bastante comum, eu não poderia deixar de comentar:
C é muito melhor do que Java?
R: Não é por aí! Cada linguagem é usada para um determinado propósito. C é uma linguagem médio nível, muito utilizada para desenvolver Sistemas Embarcados, Microcontroladores etc e, acima de tudo, é uma linguagem de uso geral. Java, de modo geral, é uma linguagem portável, que roda em qualquer lugar que tenha uma JVM (Java Virtual Machine) instalada. E, como consequência disso, não consegue acessar determinados recursos oferecidos pelo sistema operacional ou pelo hardware. É aí que entra a linguagem C. As duas linguagens podem ser usadas juntamente (através de JNI, por exemplo), o que resolve este problema e esta discussão.
Programadores em Object Pascal (Delphi) são péssimos programadores
R: Errado! Conheço e trabalho com um programador Delphi que possui mais de 15 anos de experiência com programação, hoje desenvolve em Delphi. Para a área de Automação Comercial, é a melhor linguagem para se usar atualmente. Você pode contar com componentes específicos para tal, como o ACBr, por exemplo, que supre a criação de programas como: Menu Fiscal do PAF-ECF, NF-e, TEF, Boletos, Sintegra, SPED Fiscal/Contábil/PisCofins, etiquetas e impressão de códigos de barra e suporte a diversos modelos de ECFs (impressoras fiscal) de diversos fabricantes como: Daruma, Bematech, Urano, Epson etc. Não posso, no entanto, deixar de comentar também que, a rapidez e agilidade ao desenvolver em Delphi é ímpar, inigualável. Para área de Automação Comercial é, sem dúvida alguma, uma ótima ferramenta.
E, dentro do próprio mundo do Linux, os mais comuns estereótipos:
Ubuntu é para gente burra?
R: Definitivamente, não! Conheci alguns especialistas (alguns aqui no Viva o Linux) que usam Ubuntu. Em 2005 conheci um analista de sistemas que tinha larga experiência com Linux, trabalhava com este desde 99, passou por diversas distribuições consideradas difíceis como Gentoo, Slackware, Debian etc e que hoje em dia usa Ubuntu. Perguntei a ele o porque e ele me disse algo como: "eu não tenho problemas em configurar uma distribuição por inteira, compilar pacotes etc, o problema é a ausência de tempo. Com isso, fui para o Ubuntu, assim posso continuar usando Linux, pois não tenho mais tempo e paciência para configurar tudo aquilo". (sic) E sei que ele estava coberto de razão.
Você pode compilar pacotes em qualquer distribuição, seja ela o Ubuntu, XUbuntu, LUbuntu, Mint etc, só que você tem a opção de usar outras formas mais fáceis de instalação de pacotes, o que é ideal para pessoas que estão com pouco tempo disponível e ainda querem continuar com o Linux. Portanto, mais um tabu desmistificado.
Slackware é para especialistas e hackers?
R: Não. Muitos usuários avançados ainda optam pelo Slackware como distribuição, seja para se manter "no pique", ou por paixão pela distro mesmo. Eu, por exemplo, sou apaixonado pelo Debian, e não troco ele por outra distribuição (passei pelo Gentoo, Slackware, Ubuntu, Conectiva etc). Então a resposta da pergunta anterior (Ubuntu é para gente burra?) serve como resposta para essa pergunta.
E, para finalizar:
Mint é para leigos?
R: Não. De fato, muitos leigos, em fase de aprendizado optam pelo Ubuntu ou pelo Mint, e vão se tornando usuários mais experientes de acordo com o tempo de manuseio da distribuição. O preconceito sofrido pelo Mint é o mesmo sofrido pelo Ubuntu, uma opinião errônea. A resposta da pergunta "Ubuntu é para gente burra?" também é ideal para esta.
Conclusão
Eu espero que o preconceito a generalização e os estereótipos, de fato, acabem ou, ao menos, diminuam pelos fóruns de Linux. Senti a necessidade de escrever este texto, para demonstrar minha tamanha indignação. Este preconceito, inclusive, também está por aqui, pelo fórum do Viva o Linux. Espero ter conseguido passar a mensagem.
André Rosa.