Programas em fontes
Seguindo a filosofia do próprio sistema
Linux, a maioria de
seus aplicativos vêm com código aberto. Grande parte dos programas
que você pega na net com sufixo
.tar.gz são somente os
arquivos fonte, que vêm prontos pra ser compilados.
Uma compilação transforma as fontes em formatos binários, ou seja,
que possam ser executados como um programa pelos usuários. Mas aí
você pergunta, qual a vantagem da compilação de programas? Bem,
ou o seu sistema pode precisar desse método (como no Slackware,
na maioria das vezes) ou você pode incluir suportes adicionais
(ou os dois). Isso contribui pra deixar o programa mais leve, ou
sem funções que você não vai usar.
Depois de descompactar o arquivo .tar.gz, basta entrar no diretório
dele e ler o arquivo README ou INSTALL (ou ambos) e obter mais
instruções detalhadas de como instalar o programa. Veja
teoricamente como funciona a compilação típica de um programa em
Linux:
1. O configure
O programa vem com um script geralmente chamado de "configure".
A função dele é saber quais componentes necessários que você
tem para compilar o programa. Se você não tiver algum que seja
essencial, o script vai ser interrompido e se você quiser
realmente o programa, vai ter que conseguir esse componente
necessário. Outros são opcionais, e não vão interromper.
Se tudo der certo, esse script criará um arquivo (ou vários)
chamado
Makefile, que contém os comandos de compilação.
Você também pode incluir, se o programa permitir, parâmetros
especiais com o
configure quando você quer suporte
específico para alguma coisa.
2. O GNU Make
O
Make somente funcionará se você tiver um arquivo
Makefile (que o
configure criou) no diretório
atual, que têm as instruções e os comandos para a compilação
do programa. Então, para continuar, basta digitar "make" na
linha de comando para iniciar a compilação.
Note que você deve ter o programa
make instalado. Ele
vem em todas as distribuições Linux.
3. O make install
Depois do programa ter compilado, os binários executáveis ficarão
armazenados no diretório que você descompactou os fontes. Para
instalar o programa em locais mais adequados do computador,
usa-se novamente o
GNU Make acrescentado da opção
"install" - "
make install". E pronto! O programa já
estará instalado e pronto pra ser usado.
Essa é a teoria geral para a maioria dos programas, mas SEMPRE
leia o arquivo README, porque o programa pode precisar de opções
especiais ou outros procedimentos alternativos. Veja um resumo
de como se procede geralmente:
$ tar zxvf arquivo.tar.gz (para descompactar)
$ cd diretorio.que.o.arquivo.criou
$ ./configure (o . é necessário para simbolizar o diretório atual)
$ make
# make install
(sempre tenha certeza de que erros não ocorreram)
DICA: Se você desejar desinstalar um programa instalado a partir
de um comando "
make install", não se desespere que tem
solução. Basta ir no diretório das fontes e digitar
"
make uninstall". Para dar certo, os arquivos
Makefile tem que existir, o que implica que o
configure
deve ser executado.
OBS: Os programas também podem vir em
.tar.gz, mas
pré-compilados. Um bom exemplo desse tipo de empacotamento são os
pacotes do Linux Slackware, em formato
.tgz (na verdade
.tgz é exatamente a mesma coisa que .tar.gz).
Para instalar um pacote no Slackware, basta colocar o pacote na
raiz (/) do sistema, e digitar o comando de descompactamento.
Cada componente vai para o seu devido lugar. Uma alternativa
também seria usar o
pkgtool do Slackware (digite pkgtool
na linha de comando).