Instalação do CRUX 3.0 em Virtualbox

CRUX é a distribuição GNU/Linux que inspirou o surgimento do Arch Linux. Este artigo é o passo-a-passo da instalação dessa distribuição no Virtualbox. Uma ajudinha para quem quer testá-la, mas acha complicado iniciar.

[ Hits: 20.089 ]

Por: Xerxes em 18/07/2014


Últimos passos



Passo 14 - Repositório Contrib

Edite o arquivo de configuração do gerenciador prt-get:

# vi /etc/prt-get.conf

Então, "descomente" a seguinte linha: prtdir /usr/ports/contrib

Salve e feche.

Depois, execute:

# cd /etc/ports
# mv contrib.rsync.inactive contrib.rsync
# ports -u

Pronto. Repositório Contrib estará habilitado.

Passo 14 - Reiniciar e rezar

Reinicie o sistema:

# reboot && pray

No VirtualBox, não esqueça de remover a imagem ISO, para evitar que dê boot no live-CD novamente.

Se não deu Kernel Panic, sorria. Se der Kernel Panic, não se desespere. Dê boot no live-CD novamente, monte a imagem, faça o chroot, tudo bonitinho, não precisa mais instalar os pacotes, apenas revisar os arquivos para buscar erros e provavelmente recompilar o kernel. Quando der certo, continue.

Com tudo certo, logue com seu usuário, configure a sessão do OpenBox e inicie o ambiente:

echo "exec openbox-session" > .xinitrc
startx
Linux: Instalação do CRUX 3.0 em Virtualbox

- E aí, acabou?

- Tá de "brincation with me"?! A brincadeira começou agora. Seria necessário outro artigo para falar sobre o gerenciamento de pacotes do CRUX e seu gerenciador prt-get. Não pretendo fazer isso. Mas é fácil achar documentação.

Se quiser atualizar todo seu sistema agora, execute:

sudo prt-get sysup

Sugiro ir dormir depois de executar esse comando, ou dar uma volta no shopping, sei lá. Eu, que não tenho familiaridade com distros de compilação, sempre me impressiono com
a demora para deixar um desses sistemas no ponto de uso.

Mas, após horas recompilando pacotes e atualizando, o sistema estará longe da condição de pronto para uso. Será necessário baixar os programas que o usuário irá usar. Então, está na hora de aprender a usar o gerenciador de pacotes do CRUX GNU/Linux.

Para entender como funciona o gerenciador de pacotes do CRUX e seu sistema Ports, por favor leia:
E, por fim, o mais importante: para ver como funciona o prt-get, fronted para o gerenciador de pacotes do CRUX, que é a base para configurar e instalar o resto dos pacotes, leia o seu manual:
O bom é que ele tem muitas opções e suporta expressões regulares.

Conclusão

Espero que o artigo seja de ajuda para usuários que estão querendo começar a testar distros de compilação. Realizei essa instalação apenas por curiosidade, queria dar uma
chance, mais uma, para sistemas de compilação. A última vez, faz anos, foi com o Gentoo.

O resultado para mim, que não sou usuário avançado (mas também não sou leigo), é que CRUX exige muita paciência. Eu diria até que faz o usuário perder tempo, de verdade, pois para se configurar o sistema leva-se tanto tempo... para depois fazer com ele exatamente o que se faria com uma opção de distro pré-compilada.

Se há ganho em velocidade, devido à compilação, isso deve ser na casa dos milésimos de segundo, de forma que para o usuário doméstico, não faria sentido compilar todos os
pacotes. A vantagem é, praticamente, imperceptível. Agora, com certeza, para entusiastas do GNU/Linux que gostam de "brincar" com o sistema, deve ser muito bom.

Isso também acaba justificando o sucesso do Arch Linux e o fato dele ter se tornado mais popular que CRUX, que o influenciou. Primeiro, porque toda distro de compilação (source based) tem um público restrito, normalmente são usuários mais experientes, que tem uma noção maior do que fazer com o sistema e gostam de mexer nele. Segundo, que o uso de pacotes pré-compilados torna possível ao usuário ter um sistema pronto para uso de forma muito mais prática do que no CRUX, onde é necessário esperar a compilação.

Fora isso, o que eu admirei no CRUX, foi o fato dele ser simples, exigindo algumas alterações diretamente em arquivos de texto para resolver algumas coisas. Assim como Slackware. Também gostei do minimalismo dele, ou seja, vem "pelado" e o usuário vai instalando o que precisa. Também faço elogios ao sistema Ports, que parece ser muito bom, pelo menos a sua ideia, é. Infelizmente, ele tem poucos pacotes na sua árvore, em comparação com Gentoo, que usa também um sistema baseado em Ports.

Eu não usaria CRUX GNU/Linux no meu Desktop, pelo menos não para uso diário, mas recomendaria seu uso e instalação como experiência.

Página anterior    

Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. Configuração
   3. Kernel
   4. Últimos passos
Outros artigos deste autor

A Origem dos Nomes (parte 2)

Área de Trabalho Aristocrática

Introdução ao gerenciador de janelas i3

Suítes de escritório com corretor ortográfico e gramatical no GNU/Linux

DOOM mais fácil que atacar imp pelas costas

Leitura recomendada

Espelhos Mais Rápidos no Debian e Derivados

VPS - Tutorial - Crie seu servidor

OcoMon no CentOS - Instalação e configuração

LoadBalance e Failover com OpenBSD e PF

Instalando o poderoso gerenciador de redes Nagios 3.0 com Apache2

  
Comentários
[1] Comentário enviado por albfneto em 18/07/2014 - 12:54h

Muito legal, Xerxes. Favoritado e 10.

[2] Comentário enviado por xerxeslins em 18/07/2014 - 13:27h


[1] Comentário enviado por albfneto em 18/07/2014 - 12:54h:

Muito legal, Xerxes. Favoritado e 10.


Valeu!!

[3] Comentário enviado por removido em 18/07/2014 - 13:49h

Aí sim.Como estou de férias sem fazer nada,vou tentar.Aliás,tentar o CRUX não vai me matar né?Ou vai?
Me diz:Os repositorios dele sao grandes,tem bastante coisa?

[4] Comentário enviado por nicolo em 18/07/2014 - 14:33h

Esse Crux parece coisa de escola escandinava (no caso sueca) onde o aluno tem que aprender por experimento. Tem até que compilar o kernel, e fazer tudo praticamente do zero. Nada pronto.


[5] Comentário enviado por xerxeslins em 18/07/2014 - 18:27h


[3] Comentário enviado por lcsxv em 18/07/2014 - 13:49h:

Aí sim.Como estou de férias sem fazer nada,vou tentar.Aliás,tentar o CRUX não vai me matar né?Ou vai?
Me diz:Os repositorios dele sao grandes,tem bastante coisa?


não vai te matar não, a não ser de impaciência pela demora em compilar as coisas. Mas pra quem for paciente, é de boa.
O repositório tem bastante coisa, mas não é grande como Debian e Gentoo. Você mesmo pode checar o que há nos repositórios em:

http://crux.nu/portdb/

E você pode criar seus próprios pacotes com o pkgmk, e aí pode definir CFLAGS, CXXFLAGS e outros detalhes. Veja o arquivo /etc/pkgmk.conf.


[6] Comentário enviado por guimaraesrocha em 19/07/2014 - 20:34h

Bom artigo, assim que possível vou experimentar.

[7] Comentário enviado por xerxeslins em 22/07/2014 - 09:40h

Só avisando que saiu a versão 3.1 do CRUX recentemente. A instalação é o mesmo procedimento 3.0. Não é recomendado atualizar do 3.0 para o 3.1, pois há mudanças que podem quebrar o sistema. Recomenda-se uma instalação do zero para o 3.1. Abraço.

[8] Comentário enviado por pagani em 27/07/2014 - 18:43h

Depois de 3 kerneis panic achei o erro, onde estava

cp arch/x86/boot/bzImage /boot/vmlinuz

troquei por

cp arch/x86_64/boot/bzImage /boot/vmlinuz

[9] Comentário enviado por xerxeslins em 27/07/2014 - 22:44h


[8] Comentário enviado por pagani em 27/07/2014 - 18:43h:

Depois de 3 kerneis panic achei o erro, onde estava

cp arch/x86/boot/bzImage /boot/vmlinuz

troquei por

cp arch/x86_64/boot/bzImage /boot/vmlinuz


Interessante. Não sei como está a versão 3.1, mas na 3.0 que foi a base do artigo, o caminho correto poderia ser tanto um como o outro (x86 ou x86_64), um era link do outro (se não me engano) e mesmo assim ele suporta apenas 64, mesmo o manual oficial dizendo que o caminho correto é x86 e não cita x86_64 (embora exista).


Contribuir com comentário




Patrocínio

Site hospedado pelo provedor RedeHost.
Linux banner

Destaques

Artigos

Dicas

Tópicos

Top 10 do mês

Scripts