O DRBD implementa o espalhamento de dispositivos de blocos entre dois servidores em rede TCP/IP e é amplamente utilizado para implementação de alta-disponibilidade na camada de armazenamento. Este artigo irá explicar como instalar, configurar, utilizar e testar o DRBD 0.7, que é a versão estável e que permite implementação ativo/passivo.
A partir do momento que o drbd estiver configurado, os discos rígidos individuais de cada máquina não deverão ser utilizados diretamente. Todo acesso deverá ser realizado através do dispositivo "virtual" /dev/drbd0.
As aplicações que são executadas em userland não irão enxergar nenhuma diferença entre o dispositivo drbd e qualquer outro dispositivo de blocos.
Desta forma teoricamente é possível fazer qualquer coisa que se pode fazer com um dispositivo de blocos com o dispositivo drbd.
IMPORTANTE: Para acessar, formatar, montar, particionar e etc o dispositivo drbd, é necessário que a máquina que vá acessar o dispositivo seja primária. O Drbd 0.7 não deve ser usado em duas máquinas como primária ao mesmo tempo, sobre o risco, caso não funcione, de corromper os dados e sistemas de arquivos dos discos.
Formatando o dispositivo criado:
Poderá ser utilizada qualquer ferramenta de criação de qualquer sistema de arquivos.
Neste documento será utilizado o sistema de arquivos ext3 e o utilitário mkfs.ext3.
Na máquina primária execute o comando:
# mkfs.ext3 /dev/drbd0
Montando o dispositivo criado:
Na máquina primária execute o comando:
# mount -t ext3 /dev/drbd0 /mnt
Desmontando o dispositivo criado:
Na máquina primária execute o comando:
# umount /dev/drbd0
Rodando fsck no dispositivo criado:
Na máquina primária execute o comando:
# fsck /dev/drbd0
Alternando entre Primário e Secundário:
Na máquina primária execute o comando:
# drbdadm secondary all
Na máquina secundária execute o comando:
# drbdadm primary all
Desligando o DRBD
O DRBD pode ser desligado de duas maneiras, através da utilização do script de inicialização que se encontra disponível em /etc/init.d/drbd ou através de procedimento manual. Estes procedimentos são necessários para garantir a integridade dos dados entre os servidores.
A utilização do script é a maneira recomendada. Caso ela não funcione corretamente poderá ser utilizado o procedimento manual.
Para parar o drbd é necessário que os dispositivos estejam como secundário e que não estejam sendo acessados pelas aplicações do sistema operacional.
Por este motivo, antes de se parar o drbd é necessário desmontar a partição do dispositivo drbd.
Utilize o seguinte comando para fazer isso:
# umount /dev/drbd0
Utilizando o script de inicialização do DRBD
Agora já é possível parar o serviço através do script.
[3] Comentário enviado por korvoman em 23/11/2006 - 22:02h
Bem explicado e detalhado, parabéns. Implantei o mesmo ambiente no lab da faculdade. Inclui o heartbeat e o apache . Tive um problema, com fstab do nodo primario. A minha pergunta:
[5] Comentário enviado por peterpan em 03/01/2007 - 17:05h
Estou começando os estudos sobre o DRBD, e tenho algumas difilcudades, para testes tenho dois pcs com o mandriva 2006 instalado em cada um deles, com apenas a partição hda1 onde esta todos os arquivos. Teria como eu duplicar por completo o hda1 do computador primario no computador segundario. Como ficaria o drbd.conf nesse caso? Nao entendo ql dispositivo é sincronizado com ql... Posso sincronizar com um cabo serial?
Qlqr ajuda agradeço.
[8] Comentário enviado por paulofenano em 07/08/2013 - 15:48h
Boa tarde, parabéns pelo tópico, muito bem explicado. Estou desenvolvendo algumas idéias, por exemplo se houver um servidor principal com o samba instalado nele, configuro o drdb nele e quero colocar um outro server para ser o standby desse, esse segundo teria que estar instalado o samba também? Obrigado