Esse provavelmente será o primeiro artigo de uma série. Nessa série pretendo esclarecer todos os mitos e polêmicas envolvendo o Hurd e mostrar o motivo do seu desenvolvimento ainda hoje e quais as possibilidades que ele pode abrir no futuro. Nessa primeira parte pretendo mostrar os conceitos básicos que envolvem esse polêmico kernel.
Quando se fala em software livre, normalmente pensamos logo
em sua licença. Logo depois nós lembramos das polêmicas patentes
de software. Mas existe um terceiro ponto que muitas vezes fica
esquecido, a liberdade do usuário. Ela na verdade é uma
restrição puramente técnica que nos é imposta e, como com todas
as outras restrições, o projeto GNU pretende acabar.
Os usuários avançados não usam o sistema como receberam. Eles
costumam modificar todas as suas configurações, usam seus
softwares favoritos, dos editores de texto aos editores de
imagens. Mas nos sistemas GNU/Linux, mesmo que usando
somente softwares livres, ainda encontramos restrições, já que
não é possível trabalhar facilmente com sistemas de arquivos,
protocolos de rede ou formatos binários que você queira ou tenha
criado, sem possuir privilégios especiais. Nos Unix,
tradicionalmente a liberdade do usuário é fortemente restringida
pelo administrador.
O Hurd pretende mudar esse quadro e dar liberdade aos
usuários. Fornecer uma interface de sistema flexível, sem deixar
de ser compatível com os padrões POSIX e sem perder a segurança.
Essa é a filosofia do Hurd.
[1] Comentário enviado por Ragen em 28/03/2005 - 23:05h
Olá Leonardo,
Eu a um tempo atras estava discutindo com alguns amigos a sobre utilização de tecnologia *academica* na vida real. É espantoso pensar que muita das tecnologias *base* que utilizamos hoje foram desenvolvidas em sua maioria a quase 2 decadas atras.
Mas o Hurd é um ponta-pé inicial pra que eu Particularmente acho ser um marco na história computacional
[3] Comentário enviado por agk em 29/03/2005 - 16:52h
Está de parabéns, muito bem escrito o artigo. O projeto do Hurd é bastante interessante, no futuro quem sabe não estaremos usando GNU/Hurd ao invés de usar GNU/Linux.
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