fuser
Esse programa é utilizado para descobrir quais processos estão utilizando determinados arquivos ou soquetes.
Sintaxe:
$ fuser [-a/-s/-c] [-4/-6] [-n [espaço]] [-k [-i] [-[sinal]] ] [-muvf]
Parâmetros:
-  -a: Mostra todos os arquivos especificados na linha de comando. Por padrão, somente os arquivos que estão sendo usados por pelo menos um processo são mostrados;
 -  -s: Modo silencioso;
 -  -c: O mesmo que -m, usado para compatilidade com o padrão POSIX;
 -  -4: Procura apenas por sockets de IPv4;
 -  -6: Procura apenas por sockets de IPv6;
 -  -n [espaço]: Especifica o espaço de nomes a usar. Pode ser:
-  file: o modo padrão, procura por arquivos;
 -  udp: procura por portas UDP;
 -  tcp: Procura por portas TCP:
 
 
 -  -k: Matar os processos que estão acessando o arquivo;
 -  -i: Pergunta antes de matar o processo;
 -  -[sinal]: Informa qual o sinal deve ser usado para matar os processos. Só pode ser usado junto com o parâmetro -k;
 -  -m: Utilize quando estiver se referindo ao um sistema de arquivos montado ou a um dispositivo de blocos montado;
 -  -u: Exibe o nome do usuário que iniciou o processo que está utilizando o arquivo;
 -  -v: Modo detalhado, com diversas informações sobre os processos. 
 
Exemplos de uso:
Uma utilidade grande desse programa é a seguinte: suponhamos que você queria desmontar o disquete, e seja surpreendido por uma mensagem de erro, dizendo que o dispositivo de disquete está ocupado:
$ umount /dev/fd0
umount: /media/floppy0: device is busy
umount: /media/floppy0: device is busy
Se você não conseguir descobrir qual o processo que está "travando" o disquete, você pode fazer isso utilizando o fuser. Você precisará ser o administrador do sistema.
# fuser -m /dev/fd0
/dev/fd0:             2877
Agora, você pode matar o processo:
# kill 2877
Ou, se quiser, pode matar o comando automaticamente com o fuser:
# fuser -m -k /dev/fd0
Se o processo não for encerrado, utilize o sinal -9 para destrui-lo:
# fuser -m -k -9 /dev/fd0
Repare que, nesse caso, utilizamos -m porque se trata de um dispositivo de blocos, /dev/fd0. Se fosse um arquivo comum, esse parâmetro não seria usado.
Outro uso que pode ser usado por administrador de rede é procurar por processos que estejam utilizando determinadas portas. Por exemplo, pra saber qual o processo que está utilizando a porta TCP 445, utilizamos:
# fuser -n tcp 445
445/tcp:              2674
df
Mostra o espaço utilizado de cada partição.
Sintaxe:
$ df [opção] [partição]
Opções:
-  -a: Inclui na verificação os sistemas de arquivos com 0 blocos;
 -  -B [tamanho]: Usa blocos do tamanho especificado;
 -  -h: Exibe os tamanhos num formato de fácil compreensão (1K, 23M, 2G);
 -  -H: Igual ao -h, mas usa múltiplos de 1000 ao invés de 1024;
 -  -i: Mostra as informações dos inodes;
 -  -k: O mesmo que -B 1K;
 -  -l: Só exibe informações dos sistemas de arquivos locais;
 -  -P: Usa o formato de saída POSIX;
 -  --sync: Executa o sync antes de obter as informações;
 -  -t [tipo]: Só mostra informações dos sistemas de arquivos do tipo especificado;
 -  -T: Mostra qual o tipo do sistema de arquivos de cada partição exibida;
 -  -x [tipo]: Mostra todos os tipos de sistemas de arquivos exceto o tipo especificado aqui. 
 
Exemplos de uso:
Um exemplo simples:
$ df -h
Sist. Arq.              Tam     Usad    Disp    Uso%            Montado em
/dev/hda2               4,9G    3,1G    1,9G    63%             /
tmpfs                   59M     0       59M     0%              /dev/shm
/dev                    4,9G    3,1G    1,9G    63%             /.dev
none                    5,0M    744K    4,3M    15%             /dev
/dev/hda1               32G     5,4G    27G     17%             /mnt/windows
du
Esse comando, sigla de disk usage (uso de disco), é usado para estimar o espaço em disco usado pelos arquivos. Em outras palavras, usamos o 
du para saber o tamanho dos arquivos.
Sintaxe:
$ du [opções] [arquivo]
Opções:
-  -a: Exibe o tamanho de todos os arquivos dentro dos subdiretórios do diretório especificado, e não somente dos arquivos imediatamente dentro do diretório;
 -  --aparent-size: Exibe o tamanho aparente, que pode ser maior ou menor que o tamanho real, dependendo de fatores com fragmentação, blocos indiretos e similares;
 -  -B [tamanho]: Exibe o tamanho dos arquivos em blocos do tamanho especificado;
 -  -b: Igual a -B 1;
 -  -c: Exibe uma linha com o tamanho total de todos os arquivos contabilizados;
 -  -D: Quando usado para links simbólicos, considera o local para onde o link aponta e não o link em si. Só considera arquivos;
 -  -h: Mostra os tamanhos de forma comprensível (2K, 32M, 1G);
 -  -H: O mesmo que -h, mas usa blocos de 1000 ao invés de 1024;
 -  -k: O mesmo que -B 1K;
 -  -L: O mesmo que -D, mas considera qualquer tipo de arquivo;
 -  -S: Não mostra o tamanho dos subdiretórios;
 -  -s: Mostra apenas o tamanho total de cada item (arquivo ou diretório);
 -  -x: Ignora arquivos que estejam em outro sistema de arquivos;
 -  -X [padrão]: Não contabiliza os arquivos que correspondam ao padrão informado;
 -  -m: O mesmo que -B 1M. 
 
Suponha que você esteja no diretório /home/davidson/, que contenha os seguintes arquivos e diretórios:
$ ls
arquivo de teste  Desktop  exe  iso           src    tmp
deb               doc      img  playlist.m3u  teste
Se quisermos ver o tamanho do arquivo playlist.m3u:
$ du playlist.m3u
8       playlist.m3u
O tamanho é exibido em KB. No caso, o arquivo tem 8 KB.
Se quisermos ver o tamanho do diretório img/:
$ du img
0       img/davidson
0       img/wallpapers
592     img/diagramacao
484     img/partition_magic
461     img/qtparted
1132    img/programacao_visual
4018    img
Veja que o tamanho em KB não é muito confortável. Usamos o parâmetro -h para que os valores sejam exibidos de uma forma compreensível:
$ du -h img
0       img/davidson
0       img/wallpapers
592K    img/diagramacao
484K    img/partition_magic
461K    img/qtparted
1,2M    img/programacao_visual
4,0M    img
Podemos também querer que sejam contabilizados os arquivos dos subdiretórios img/davidson/ e img/wallpapers/. Nesse caso, usamo o parâmetros -a:
$ du -h -a img
673K    img/bozo.bmp
44K     img/bozo.zip
0       img/davidson
0       img/wallpapers
16K     img/davidson_80x60.png
52K     img/davidson_cabeludo.jpg
172K    img/diagramacao/linux_magazine_distribuicoes.pdf
136K    img/diagramacao/linux_magazine_segurando_desktop.pdf
284K    img/diagramacao/linux_magazine_jogos.pdf
592K    img/diagramacao
28K     img/partition_magic/Thumbs.db
84K     img/partition_magic/pqmagic001.jpg
92K     img/partition_magic/pqmagic002.jpg
28K     img/partition_magic/pqmagic003.jpg
96K     img/partition_magic/pqmagic004.jpg
28K     img/partition_magic/pqmagic005.jpg
100K    img/partition_magic/pqmagic006.jpg
28K     img/partition_magic/pqmagic007.jpg
484K    img/partition_magic
565K    img/kacique01 .jpg
16K     img/qtparted/snapshot01.png
20K     img/qtparted/snapshot04.png
16K     img/qtparted/snapshot10.png
12K     img/qtparted/snapshot11.png
12K     img/qtparted/snapshot12.png
12K     img/qtparted/snapshot13.png
32K     img/qtparted/qtparted001.jpg
40K     img/qtparted/qtparted002.jpg
32K     img/qtparted/qtparted003.jpg
24K     img/qtparted/qtparted004.jpg
28K     img/qtparted/qtparted005.jpg
48K     img/qtparted/snapshot1.png
16K     img/qtparted/snapshot2.png
16K     img/qtparted/snapshot3.png
52K     img/qtparted/snapshot4.png
16K     img/qtparted/snapshot5.png
16K     img/qtparted/snapshot6.png
20K     img/qtparted/snapshot7.png
16K     img/qtparted/snapshot8.png
16K     img/qtparted/snapshot9.png
461K    img/qtparted
280K    img/programacao_visual/ferrari001.png
284K    img/programacao_visual/ferrari002.png
272K    img/programacao_visual/ferrari003.png
28K     img/programacao_visual/Thumbs.db
268K    img/programacao_visual/tux.png
1,2M    img/programacao_visual
4,0M    img
Essa lista ficou bem extensa. Se quisermos exibir somente o tamanho total de cada diretório, retiramos o parâmetro -a, acrescentamos o parâmetro -s, e nos referenciamos a img/* ao invés de img:
$ du -h -s img/*
673K    img/bozo.bmp
44K     img/bozo.zip
0       img/davidson
16K     img/davidson_80x60.png
52K     img/davidson_cabeludo.jpg
592K    img/diagramacao
565K    img/kacique01 .jpg
484K    img/partition_magic
1,2M    img/programacao_visual
461K    img/qtparted
0       img/wallpapers
Dessa última forma, porém, o tamanho total do diretório não foi informado. Para isso, basta acrescentar o parâmetro -c:
$ du -h -s -c img/*
673K    img/bozo.bmp
44K     img/bozo.zip
0       img/davidson
16K     img/davidson_80x60.png
52K     img/davidson_cabeludo.jpg
592K    img/diagramacao
565K    img/kacique01 .jpg
484K    img/partition_magic
1,2M    img/programacao_visual
461K    img/qtparted
0       img/wallpapers
4,0M    total
free
Comando muito utilizado para análise do desempenho do sistema, o free exibe informações sobre o uso de memória pelo computador.
Sintaxe:
$ free [-b / -k / -m] [-o] [-s delay ] [-t]
Parâmetros:
-  -b: Exibe as quantidades em bytes;
 -  -k: Exibe as quantidades em kilobytes;
 -  -m: Exibe as quantidades em megabytes;
 -  -o: Não exibe a linha -/+ buffers/cache;
 -  -s [tempo]: Especifica o intervalo de tempo, em segundos, entre as atualizações das informações. Se esse parâmetro não for usado, é exibida apenas uma informação. Se usado, vai exibindo as informações indefinidamente no intervalo de tempo definido, até que o usuário pressione CTRL + C;
 -  -t: Exibe uma linha com os valores totais; 
 
Vejamos o uso mais comum do free:
$ free
             total       used       free     shared    buffers     cached
Mem:        118880     116508       2372          0       2432      38216
-/+ buffers/cache:      75860      43020
Swap:       514040     127604     386436
Aqui temos as seguintes informações:
-  Memória RAM total: 118880 KB
 -  Memória RAM usada: 116508 KB
 -  Memória RAM livre: 43020 KB
 -  Informações em buffer: 2432 KB
 -  Informações em cache: 38216 KB
 -  Memória swap total: 514040 KB
 -  Memória swap usada: 127604 KB
 -  Memória swap livre: 386436 KB
 -  Buffers/Cache usados: 75860 KB
 -  Buffers/Cache livres: 43020 KB 
 
A exibição em KB pode não ser muito confortável. Se quiser que os tamanhos sejam exibidos em MB, utilize o parâmetro -m:
$ free -m
             total       used       free     shared    buffers     cached
Mem:           116        114          1          0          2         40
-/+ buffers/cache:         71         44
Swap:          501        124        377
time
Esse é um comando muito útil para medir o desempenho do sistema. Com o time podemos medir o tempo, em segundos, necessários para executar um processo ou programa.
Sintaxe:
$ time [opções] [comando]
Opções:
-  -o [arquivo]: Grava as estatísticas coletadas durante a execução do comando para o arquivo especificado, para análise posterior;
 -  -a: Quando usado junto com o parâmetro -o, não apaga o conteúdo do arquivo ao gravar as estatísticas;
 -  -v: Exibe os detalhes da execução do comando. 
 
Assim, suponha que você tenha um script de backup, e queira saber quanto tempo ele demora para ser executado:
$ time backup
real    0m39.054s
user    0m28.560s
sys     0m0.689s
O campo real nos mostra quanto tempo o processo demorou para ser executado. No caso, 39,054 segundos. O campo user informa quanto tempo a CPU gastou processando apenas os dados do comando. Nesse exemplo, 28,560 segundos. O campo sys informa qual o intervalo média de espera da CPU entre cada ciclo de processamento dos dados do comando. Aqui, o tempo foi de 0,689 segundos.
uptime
Mostra o período em que o sistema permaneceu em processamento desde que foi ligado.
Uso:
$ uptime
O uptime não possui parâmetros. Basta digitar uptime no terminal. Veja um exemplo:
$ uptime
16:40:18 up  7:48,  3 users,  load average: 0.43, 0.29, 0.26
Aqui, vemos que o computador esteve ligado por 16:40 horas, mas só esteve em processamento durante 7:48 horas. Durante esse período, 3 usuários acessaram o sistema, e a carga média do sistema, que vai de 0 a 1, foi de 0,43 no último 1 minuto, 0,29 nos últimos 5 minutos e 0,26 nos últimos 15 minutos.
dmesg
Esse comando é utilizado para ver as mensagens de inicialização do sistema. Útil para analisar eventuais mensagens de erro exibidas devido a qualquer problema que esteja ocorrendo durante a inicialização.
Sintaxe:
Como as mensagens são muito extensas, utilize o more ou o less para visualizar as informações:
$ dmesg | more
$ dmesg | less
echo
Exibe mensagens na tela. Esse comando é utilizado principalmente para a construção de scripts de sistema.
Sintaxe:
$ echo [opções] [cadeia de caracteres]
Opções:
-  -n: Não insere uma nova linha;
 -  -e: Ativa a interpretação de caracteres de escape, listados a seguir:
 -  \NNN: Código ASCII octal do caracter;
 -  \\: Barra invertida (\);
 -  \a: Alerta sonoro (beep);
 -  \b: Backspace;
 -  \c: Não exibe a linha de final de arquivo;
 -  \f: Alimentação de formulário (form feed);
 -  \n: Nova linha;
 -  \r: Retorno de carro (carriage return);
 -  \t: Tabulação horizontal;
 -  \v: Tabulação vertical. 
 
Exemplos de uso:
$ echo "Projeto Bozolinux"
Projeto Bozolinux
$ echo -e "Primeira linha\nSegunda linha\n\tTerceira linha com tabulação horizontal"
Primeira linha
Segunda linha
        Terceira linha com tabulação horizontal
Com o uso de direcionadores, pode-se usar o echo para inserir texto em arquivos, com a seguinte sintaxe:
$ echo [mensagem] [> / >>] [arquivo]
Onde > apaga o conteúdo o arquivo, se existir, e >> adiciona o texto no final do arquivo.
Exemplos de uso:
$ echo -n > /etc/modules
Apaga o conteúdo do arquivo /etc/modules.
$ echo -e "192.168.0.35\tdavidson.bozolinux.org\tdavidson" >> /etc/hosts
Adiciona a seguinte linha no arquivo /etc/hosts:
192.168.0.35       davidson.bozolinux.org	davidson
su
Esse comando é utilizado para um usuário assumir os privilégios de outro usuário do sistema.
Sintaxe:
$ su [opções] [usuário]
A digitar o comando é necessário digitar a senha do usuário selecionado. Se nenhum usuário for especificado, o sistema entende que o usuário quer assumir os privilégios de administrador do sistema (root).
Uma opção muito útil é o parâmetro -c, que permite executar um comando específico com os privilégios do usuário selecionado, e ao término da execução perder esses privilégios.
Exemplos de uso:
Um exemplo é a compilação de um pacote. O comando make install, que faz a instalação propriamente dita do pacote, só pode ser executado pelo usuário root. Assim, temos que fazer o seguinte:
$ su
password:
# make install
# exit
Ao invés disso, podemos simplesmente digitar:
$ su -c "make install"
password:
O comando será executado e, ao seu término, perdemos os privilégios de administrador de sistema.
sync
Esse comando é utilizado para gravar os dados armazenados em cache nos locais apropriados. O uso mais comum é para gravar os dados em unidades de disco removível, geralmente disquete.
Uso:
O 
sync não possui parâmetros. Para usá-lo, execute:
$ sync
reboot
Reinicia o computador. Por padrão, somente o root pode executar esse comando.
Sintaxe:
# reboot
shutdown
Usado para desligar o sistema. Por padrão, somente o root pode executar o shutdown.
Sintaxe:
# shutdown [opções] [hora] [mensagem de alerta]
Opções:
-  -t [tempo]: Espera o tempo especificado (em segundos) entre matar os processos e mudar de nível de execução;
 -  -k: Não desliga o sistema, apenas envia a mensagem de alerta a todos os usuários que estão conectados;
 -  -r: Reinicia o sistema após o desligamento;
 -  -h: Desliga o computador;
 -  -f: Não roda o utilitário fsck no caso de reiniciar o sistema;
 -  -F: Força o uso do fsck no reinício do sistema;
 -  -c: Cancela um processo de desligamento que esteja sendo executado no momento. 
 
Em [hora] você pode especificar o horário exato para o sistema desligar, como 12:34, por exemplo, ou então utilizar +[n], para desligar o sistema daqui a [n] minutos. Para desligar o sistema imediatamente, use +0 ou a palavra now.
A mensagem de alerta será enviada a todos os usuários conectados ao sistema, para que eles tenham tempo de salvar seus arquivos e se desconectarem.
Exemplos de uso:
O uso mais comum do shutdown é para desligar o sistema o computador imediatamente:
# shutdown -h now