Como diria um antigo ditado: "antes de correr temos que aprender a andar". Quando compramos ou utilizamos um dispositivo de bloco (em nosso caso especificamente o HD), antes de mais nada temos que formatar ele para de podermos utilizar algum sistema operacional. Mas já pararam pra se perguntar onde o sistema grava o particionamento que você escolheu?
Bem, primeiro temos que ter em mente que no início do nosso disco rígido existe um setor chamado
MBR, que é responsável por gravar as informações sobre as partições que serão criadas pelos usuário de acordo com suas necessidades.
A trilha ou setor MBR é composta da seguinte forma:
Tem um tamanho total de: 512 bytes
Desses 512 bytes, 446 são utilizados pelo setor de boot, enquanto os outros 64 bytes restantes serão utilizados para endereçar as partições no disco, cada partição ocupará 16 bytes para ser endereçada, logo poderemos ter somente QUATRO partições primárias ou de arranque como alguns estão acostumados a chamar (16 X 4 = 64).
EXEMPLO 01:
MBR (MASTER BOOT RECORD)
Partição primária = 16 BYTES
Partição primária = 16 BYTES
Partição primária = 16 BYTES
Partição primária = 16 BYTES
446 (SETOR DE BOOT) + 64 (DAS PARTIÇÕES) = 512 BYTES
Esse esquema era bem aceito quando a informática ainda estava "engatinhando", mas com o passar do anos e com o crescimento do discos rígidos, esse número de quatro partições primárias não estava sendo suficiente para alguns sistemas. A solução para esse problema foi criar a partição estendida! Esse tipo de partição ocupa os mesmos 16 bytes da partição primária, mas por sua vez pode consegue endereçar dentro dela 63 sub-partições, ou partições lógicas.
EXEMPLO 02:
MBR (MASTER BOOT RECORD)
Partição primária = 16 BYTES
Partição primária = 16 BYTES
Partição primária = 16 BYTES
Partição estendida = 16 BYTES
Partição lógica
Partição lógica
Partição lógica
...
até 63 partições
446 (SETOR DE BOOT) + 64 (DAS PARTIÇÕES) = 512 BYTES (o mesmo padrão mas com o limite de 63 novas partições lógicas.
Em vista do padrão de particionamento do Windows ser normalmente com duas unidades (C e D), muitos usuário e técnicos desconhecem a função e as limitações da MBR; e ao chegar no
GNU/Linux ficam perdidos pelo simples fato do Linux oferecer um "leque" maior de opções de particionamento. Por esta razão, antes de seguir para o próximo tópico é bom ter compreendido o esquema da MBR descrito acima.