Criando um repositório criptografado de dados com Cryptsetup (dm-crypt) sem (re)particionamento do HD

Aprenda a criar um repositório criptografado para arquivos e diretórios sem a necessidade de (re)particionar o disco rígido.

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Por: Stefano Fontes em 17/08/2010


Provendo outros pré-requisitos



Uma vez providos os devidos suportes no kernel, instale os seguintes pacotes, se já não estiverem instalados em sua distribuição:
  • util-linux - normalmente provê o programa "losetup";
  • cryptsetup.

Observação importante:

Se você desejar, poderá criar o volume criptografado em uma partição comum, como por exemplo /dev/hda5; se for o seu caso, você não precisará criar o arquivo vazio abaixo mencionado, nem utilizar o programa "losetup" para associá-lo e desassociá-lo; neste caso, vá direto para a próxima página, ignore tudo o que for dito em relação ao programa "losetup" e substitua o dispositivo de blocos aqui mencionado como /dev/loop1 pelo nome do dispositivo de blocos "real" a ser utilizado, por exemplo, /dev/hda5.

MAS ATENÇÃO: Lembre-se de que a partição que você deseja utilizar para esta finalidade deverá estar disponível para uso (SEM DADOS A SEREM PRESERVADOS), pois o processo DESTRUIRÁ TODO E QUALQUER DADO PREVIAMENTE EXISTENTE NA PARTIÇÃO. Para maiores informações consulte a documentação do "cryptsetup" disponível em seu sistema e na Internet.

Normalmente estes programas não necessitam de nenhuma configuração especial, entretanto em caso de dúvidas, consulte os manuais de sua distribuição.

A seguir, crie um arquivo vazio do tamanho necessário para armazenar seus arquivos confidenciais, o que poderá ser feito através do seguinte comando, por exemplo:

# dd if=/dev/zero of=/tmp/teste bs=1k count=1024k

No exemplo acima será criado um arquivo de nome "teste" no diretório "/tmp" com tamanho de 1GB.

Para maiores informações sobre o comando dd consulte sua página "man".

Associe o arquivo vazio criado a um dispositivo de "loop" da seguinte forma:

# losetup /dev/loop1 /tmp/teste

No caso utilizamos o dispositivo /dev/loop1, pois o loop0 normalmente é utilizado para a montagem do cdrom e outras mídias, mas poderia ser utilizado qualquer dispositivo de loop disponível; para saber qual o primeiro dispositivo de loop disponível, utilize o seguinte comando:

# losetup -f

Mas, como dissemos, é conveniente EVITAR utilizar o /dev/loop0, pois normalmente é utilizado para a montagem de mídias contendo imagens ISO (cdrom etc).

Finalizada esta etapa, poderemos então prosseguir.

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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. Provendo os suportes no kernel
   3. Provendo outros pré-requisitos
   4. Criando o volume criptografado
   5. Formatando o volume criptografado
   6. Finalizando
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Comentários
[1] Comentário enviado por Arthur Andrade em 17/08/2010 - 15:15h

Cara, apesar de te dar os meus parabéns pelo texto.
Devo adimitir que não compreendi nada, e anda longe de ser
devido á tua didática, que por sinal é muito boa.

Mas devido a minha falta de conhecimento. Eu sonho com
o dia em que eu leia um texto de tal complexidade e o
compreenda.

Parabéns pelo texto! ;]

[2] Comentário enviado por rogeriojlle em 18/08/2010 - 07:24h

@Arthur

uso uma forma diferente de criptografar meus dados, me pareceu mais simples, mas não sei te dizer se é equivalente em segurança à do artigo acima, eu ao menos estou satisfeito
meu sistema é o OpenSuse 11.3

instale o pacote "encfs" (não é necessário, mas se você reiniciar a máquina logo depois disso, não precisa passar um parâmetro extra aos comandos a seguir, vou assumir que a máquina foi reiniciada ...)

crie uma pasta onde ficarão fisicamente os dados criptografados ex:

mkdir /home.... (tá use o nautilus mesmo, é mais fácil)

crie/use outra pasta onde os dados vão aparecer para uso

mkdir ...(já sabe)

o comando é equivalente ao "mount", só troca por "encfs" (aí faz no terminal mesmo, não tem gui pro OpenSuse, só pra Ubuntu até onde sei, é o Gencfs)

$ encfs /pasta/onde/ficará/o/conteúdo criptografado /pasta/de/onde/eles/devem/ser/acessados

da primeira vez tem um wizard pra criar, sugestão: use a opção "P"
para desmontar é igual a qualquer outro FUSE

$ fusermount -u /pasta/de/onde/eles/devem/ser/acessados

é rapidinho e precisa ser root só pra instalar as coisas
outra sugestão: crie a pasta onde ficam os dados, em sua pasta de disco virtual (ex: Dropbox), já ajuda no backup

[3] Comentário enviado por removido em 18/08/2010 - 14:27h

Tenho uns arquivos que são super secretos, então uso o encfs dentro de uma partição criptografada com o cryptsetup.Segurança duplicada.

[4] Comentário enviado por nicolo em 21/08/2010 - 16:55h

Se quiserem fazer isso tudo mais fácil ainda é só instalar o truecrypt , é tudo gráfico.

[5] Comentário enviado por rogeriojlle em 21/08/2010 - 18:58h

@nicolo

o truecrypt tem alguns problemas quando executado por usuário comum, e se voce dar "sudo" mesmo que só pro truecrypt, ele pode usar todo o sistema como root, se não fizer uma série de outras modificações, agora se for o unico usuario do computador, concordo com voce o truecrypt é bastante fácil de usar


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