O
CentOS é uma distribuição red-like, ou seja, baseada no
Red Hat Enterprise Linux. O projeto CentOS teve início no início de 2004, mesmo ano em que a Red Hat estava lançando o RHEL 2.1. Este projeto foi bem visto por empresas que não pudessem arcar com as licenças e suporte da Red Hat.
A Red Hat tem abocanhado grande parte dos servidores corporativos e nos últimos anos tem atraído diversos usuários, porém todas as versões são pagas, atribuídas às logomarcas e suporte técnico. Com o surgimento do CentOS, muitas empresas e usuários tem migrado para essa excelente distro.
Muitos profissionais de TI comentam sobre distros, e os comentários acabam virando questionamentos que gostaria de comentar. Sobre o CentOS os que mais ouço são:
- O CentOS é só mais um clone!
Concordo em ser um clone, porém não só "mais um", mas um que fez e faz a diferença. Outros red-likes como o
WhiteBox e o
YellowDog (distro para PPC) jamais conquistaram tantos adeptos até o surgimento do CentOS. Ele possui todas as ferramentas do Red Hat e todas em excelente performance, acompanha periodicamente todas as atualizações (o que difere do WhiteBox) e tem a mesma compatibilidade de software e hardware do Red Hat, que por sua vez tem grande base de softwares e hardwares certificados (o que difere o CentOS do YellowDog).
- Mas o Fedora é free e é desenvolvido pela Red Hat!
Também concordo, porém o Fedora tem atualizações aproximadamente a cada 6 meses! O que importa muito quando se fala de utilização em servidor. Acho o Fedora um excelente projeto, simples aos olhos de usuários e completo, porém a robustez que o Red Hat Enterprise
Linux oferece a seus usuários é inigualável, robustez essa que o CentOS herda.
- O boot é lento.
Infelizmente sim, a Red Hat tem um programinha chamado
RHGB (Red Hat Graphical Boot) que executa o boot em modo gráfico logo após a splash screen do Grub. Mais adiante veremos como desabilitá-lo.
Ele carrega serviços de servidores no meu desktop.
O CentOS é versátil e te dá a opção de instalar pacotes ou de desktop, de servidores ou os dois! Se você acabar instalando um servidor de email e o sendmail acabar iniciando no boot, você pode retirá-lo da inicialização ou até mesmo desinstalá-lo para evitar problemas de lentidão.
E se um dia o projeto deixar de existir?
Essa é uma pergunta difícil de se responder, porém podemos utilizar o bom senso! Não podemos afirmar que um projeto será eterno, tudo pode ter um fim. Creio que o CentOS tenha vida enquanto a Red Hat estiver ativa no mercado, pois um rio só deixa de existir quando a fonte se seca. O projeto CentOS possui diversas empresas mantenedoras, o que contribui para o crescimento e sustentabilidade do projeto, além de uma gama de usuários e uma rica base de documentação.