O conhecimento e a gestão do conhecimento
Quando se infere sobre algum fenômeno, obtém-se, deste estudo, os dados. Os dados, em geral, estão disponibilizados na fonte, de forma bruta, sem qualquer filtragem. Esta característica dos dados na fonte torna sua utilidade muitas vezes limitada, haja vista a dificuldade em torná-los efetivamente úteis.
A partir deste contexto surge a necessidade de filtrar ou minerar os dados, transformando-os em informação. Deste mpdp, as informações resultam dos dados minerados e se tornam úteis à tomada de decisão, uma vez que se apresentam na quantidade e qualidade adequadas para o tomador de decisão.
Ainda assim a informação por si só não é o suficiente para uma tomada de decisão, pois as informações referem-se a fatos acontecidos (mesmo que sejam decisões tomadas que afetam o futuro) e que não tem, muitas vezes, relação direta com os fatos vindouros a qual se necessita tomar a decisão.
Desta situação surge a necessidade da análise das informações e, ao resultado desta análise, dá-se o nome de conhecimento. Daí tem-se como conhecimento a informação interpretada, onde se estabeleceu uma correlação mais precisa entre causas e efeitos das variáveis em estudo, permitindo a definição de um "modelo de comportamento".
Desta maneira pode-se entender
Gestão do Conhecimento como "(...) um processo sistemático, articulado e intencional, apoiado na geração, codificação, disseminação e apropriação de conhecimentos, com o propósito de atingir a excelência organizacional" (Wikipédia, 2008).
Os mapas conceituais
Um grande desafio durante muitos anos foi como se formalizar o conhecimento adquirido e muitas metodologias foram criadas. A importância destes estudos teve (e têm) como finalidade, a preocupação de não se perder o conhecimento adquirido e, atualmente, dentro do mundo empresarial, surge a preocupação em se tornar o conhecimento um bem de toda a organização e não só de um indivíduo ou um grupo de indivíduos.
Para se ter idéia da importância de se ter este controle, tem-se o exemplo de empresas de TI que se viram em situação desesperadora quando um funcionário ou um grupo de funcionários, detentor de algum conhecimento específico, deixa a organização, levando consigo anos de conhecimento desenvolvido e não documentado.
Assim, na década de 70, foi desenvolvida a teoria a respeito dos
Mapas Conceituais pelo pesquisador norte-americano
Joseph Novak. Conforme definição do próprio criador, Mapas Conceituais seriam ferramentas para organizar e representar o conhecimento. Para desenvolver sua teoria, Joseph baseou-se em outra teoria, do pesquisador David Ausubel, chamada "Teoria da Aprendizagem Significativa".
A terminologia "significativa", utilizada na definição da teoria, estabelece uma situação onde "uma nova informação adquire significado para o aprendiz através de uma espécie de 'ancoragem' em aspectos relevantes da estrutura cognitiva preexistente do indivíduo. Na aprendizagem significativa há uma interação entre o novo conhecimento e o já existente, na qual ambos se modificam. À medida que o conhecimento prévio serve de base para a atribuição de significados à nova informação, ele também se modifica". (Wikipédia, 2008).
Ou seja, conforme David, a aprendizagem acontece quando se tem uma "ancoragem", um "insight" sobre determinado conceito ou idéia em estudo. O que Joseph fez foi desenvolver uma base teórica que levasse a teoria de David a um aspecto mais prático, o que se estabeleceu pelos "Mapas Conceituais".
Desta maneira um "Mapa Conceitual" pode ser entendido como uma representação gráfica bidimensional de um conjunto de conceitos onde se fica evidenciado claramente a relação entre eles. Assim, estabeleceu-se um padrão gráfico de Mapas Conceituais onde os conceitos aparecem dentro de caixas enquanto que as relações entre os conceitos são especificadas através de frases de ligação nos arcos que unem os conceitos.
Verifica-se que as frases de ligação estabelecem uma estrutura de sustentação entre os conceitos que, por si só, seriam apenas "caixas flutuantes". Quando se tem a relação de dois conceitos conectados por uma frase de ligação, dá-se o nome de proposição. As proposições são uma característica particular dos mapas conceituais se comparados a outros tipos de representação como os mapas mentais utilizados para a formalização gráfica do conhecimento.
Ferramentas "Livres" para elaboração de Mapas Conceituais
No universo
Linux, diversas são as ferramentas disponíveis para a elaboração de
Mapas Conceituais utilizados como metodologias para gestão do conhecimento. Dentre elas pode-se citar:
- tcm - Toolkit for Conceptual Modeling (TCM)
- kdissert - mindmapping tool
- labyrinth - lightweight mind-mapping tool
- planfacile - Generate a document from a mindmap
- postman - High performance web based IMAP and NNTP client
- semantik - mindmapping-like tool for KDE
- sgt-puzzles - Simon Tatham's Portable Puzzle Collection - 1-player puzzle games
- vym - mindmapping tool
- freemind - A Java Program for creating and viewing Mindmaps
Apesar da variedade, nenhum dos listados chegou "a altura" de versatilidade, interoperabilidade e facilidade de uso do
CmapTools.