Agora, o mais importante:
Já vi muitas pessoas reclamarem que atualizam o kernel do
Linux seguindo
as instruções de um tutorial ou apostila (como esse por exemplo) e dizem
que não vêem diferença nenhuma, que estava melhor antes, que algo estava
funcionando e depois parou, etc.
O fato é que o kernel do Linux que você baixa do site oficial por exemplo,
não é um kernel diretamente específico para o seu computador. É um kernel
feito de uma forma "típica", na qual abrange a maioria dos equipamentos.
Na maioria deles, o processador escolhido é o 486, supondo que essa escolha
não irá afetar a maioria dos computadores que o utilizam. Por isso, ao
escolher as opções na janela de configuração, é importante que você conheça
o hardware do seu computador e não tente ficar "chutando" as opções,
porque na maioria das vezes, não vai funcionar, ou você não vai perceber
nenhuma melhora.
Resumindo, mexer em tantas opções que nem se conhece pode fazer o processo
não funcionar, ou não obter o resultado desejado. Para fazer um ajuste "pente
fino" no meu caso, trabalhei nessa compilação em torno de uma semana, mas
posso dizer que valeu à pena.
Continuando...
No geral você escolhe as opções para funcionarem diretamente suportado
pelo kernel, ou se quer usar como um módulo (driver, se comparado ao Windows).
Se não quiser mudar a configuração original, use o "Save as" se quiser fazer testes.
Depois de escolher as opções referentes ao seu hardware, saia e salve as mudanças feitas.
O próximo passo é usar o comando
make (aguarde, o processo demora de acordo
com a velocidade do seu computador):
# make
Use agora o comando:
# make bzImage
Esse comando cria a imagem do kernel compilado (aguarde, e curta os jogos que o Linux tem).
Agora, é necessário configurar os módulos que você escolheu:
# make modules
Uma informação para aqueles que não querem diretamente atualizar o kernel, e sim,
melhorar o que usa (recompilar): faça um backup da pasta que contém os seus módulos
atuais (
/lib/modules), pois em caso de erro, o original que está funcionado
fica intacto. Basta apenas você renomear a do diretório original (exemplo:
mv /lib/modules/2.4.22 /lib/modules/original). Faça isso antes de usar o comando
"make modules".
Instale os módulos:
# make modules_install
A imagem do novo (ou recompilado) kernel se encontra no diretório
/usr/src/linux/arch/i386/boot/ com o nome que você digitou (
bzImage).
Copie esse arquivo para a pasta
/boot:
# cp /usr/src/linux/arch/i386/boot/bzImage /boot/kernel2.6
Ao usar esse comando, além de copiar o arquivo, ele fica com o nome de kernel2.6
no diretório /boot.
Por fim, é necessário colocar a entrada desse kernel no lilo. Para isso,
edite o arquivo
/etc/lilo.conf. Você pode usar qualquer editor de
texto do Linux. O que eu uso é o vi:
# vi /etc/lilo.conf
OBS: Para os iniciantes ou que nunca usaram o vi, ao abrir o arquivo com o
comando acima, é necessário fazer com que o vi use o chamado "modo de inserção
de texto", para isso, basta você digitar a tecla "i". Digite o texto explicado
abaixo, e para salvar, aperte "ESC", depois ":w" e por fim ":q".
Adicione a seguinte entrada do novo kernel (pode ser embaixo do que já se encontra):