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(usa Nenhuma)
Enviado em 21/02/2024 - 11:18h
Depois da minha crise envolvendo LMDE/Debian e NVIDIA (tema de outro tópico já discutido), resolvi testar algumas distribuições em live USB para substituir o Debian.
Testei alguns sabores do Ubuntu, até chegar ao Ubuntu MATE. Nunca dei muita atenção ao MATE, pois sempre o achei visualmente desagradável.
Mas esse Ubuntu MATE... nossa, que capricho! Os desenvolvedores do Ubuntu MATE estão de parabéns! Eles se dedicaram aos mínimos detalhes, desde o tema Yaru até a facilidade de customização, com um tweak simples para o usuário alterar a disposição do layout. O tema padrão Yaru, tanto na versão clara quanto na escura, se adapta bem ao MATE, sem falhas aparentes.
Criaram os indicadores "Ayatana", que é um applet unificando notificações, relógio, bateria e a sessão do usuário. Este applet, que não faz parte do MATE original, foi desenvolvido pela equipe do Ubuntu MATE. Esse applet torna o ambiente mais harmonioso e funciona melhor do que o applet de notificação padrão do MATE. Além disso, Alan Pope, ex-desenvolvedor da Canonical, está envolvido no Ubuntu MATE desde o início.
E por que, na minha opinião, ele deveria ser o Ubuntu principal? Vejamos, acredito que o Ubuntu está em "crise" desde a versão 11.04, que foi a primeira com Unity. Tanto o Unity quanto o GNOME 3.x, lançados na mesma época, desagradaram vários desenvolvedores e usuários.
Isso é um fato, pois o surgimento do MATE e do Cinnamon foi resultado desse descontentamento. A Canonical optou por investir no Unity, um projeto ambicioso que visava unificar smartphones e desktops/laptops, similar ao Windows 8 da época, mas que acabou não tendo sucesso.
Sabendo que o GNOME criaria esse desastre chamado "GNOME Shell", a Canonical poderia ter investido no MATE e se concentrado apenas em computadores desktop/laptops. Assim, não teria desperdiçado tanto tempo com o Unity e não teria perdido tantos usuários devido a essa mudança. Vejo o Ubuntu MATE no caminho certo.
E o GNOME? Bem, o GNOME ainda enfrenta problemas. Mudou o layout na versão 40 para imitar o macOS. As extensões são quase obrigatórias e quebram a cada nova versão. No final, o GNOME 3.x foi um erro, mas, graças aos desenvolvedores do MATE e Cinnamon, os usuários não ficaram desamparados.