hrcerq
(usa Outra)
Enviado em 21/02/2019 - 20:53h
Caro colega,
Isso definitivamente não vai ser difícil de achar. Exemplos de sites problemáticos existem aos montes. Mas não cabe a mim apontar o dedo para eles agora, pois essa é a sua tarefa. Em vez disso, vou citar algumas características às quais você pode se atentar na hora de escolher:
1. Verifique sites que misturam conteúdo não relacionado. Por exemplo, artigos que no meio tem uma seção completamente desconexa com o conteúdo, e depois retoma o conteúdo do artigo.
2. Sons automáticos ou luzes piscantes. Infelizmente ainda existem sites que habilitam sons automaticamente (alguns nem mesmo dão a opção de desligar), e incluem animações desnecessárias. Luzes piscantes são um problema especialmente para epilépticos, pois podem disparar um ataque. Verifique também se não há muita poluição visual, com excesso de imagens ou objetos mal posicionados.
3. Acessibilidade. Sites que requerem o uso do mouse para navegar. Nem todo mundo pode usar o mouse, seja por questões motoras, visuais ou outras. Sites que usam cores para atribuir significados também falham nesse quesito. E ainda verifique também se usa tamanhos de fontes muito pequenos ou cores que desfavorecem a leitura, como letras vermelhas sobre fundo amarelo, por exemplo.
4. Uso excessivo de scripts. Não vou botar panos quentes aqui... detesto javascript. Acho isso uma praga que atrapalha o que a Web poderia ser. Mas independente da minha visão, scripts em excesso não apenas levantam problemas de segurança, como também de desempenho. O tempo de carregamento da página pode aumentar consideravelmente, mesmo que os scripts estejam minificados e distribuídos via CDN. Além disso, páginas que dependem de script para apresentar o conteúdo não são amigáveis aos motores de busca e por isso tendem a ser mais difíceis de achar.
5. Autocarregamento. Páginas que se atualizam sozinhas também costumam ser um problema, porque geralmente o usuário não está esperando por isso.
6. Total de objetos da página. Quanto menos conteúdo (em termos de bytes trafegados) uma página carrega, melhor. Isso a torna mais leve e dá maior previsibilidade de comportamento ao usuário, pois além de carregar mais rápido e portanto não gerar expectativas no usuário, ela também permite que o usuário tenha uma navegação melhor com conexões mais lentas. Isso é especialmente crítico para quem tem uma cota limitada de uso da Internet.
Bem, eu não mostrei exemplos de páginas que considero ruins, mas vou mostrar um exemplo de página que considero bem feita (e não poderia ser diferente), a página da W3C:
http://www.w3c.br/Home/WebHome
Veja que ela não possui poluição, é fácil de navegar e de encontrar o conteúdo. Apesar de possuir javascript, a página funciona perfeitamente bem se ele estiver desabilitado. Não há excesso de imagens e não há animações. Há contraste suficiente entre o texto e as cores de fundo, sem ser desconfortável para a leitura. O tamanho de fonte não é particularmente grande, mas a página não perde a navegabilidade se você aumentar o zoom.
Enfim... certamente deixei de abordar muitos outros critérios importantes aqui, mas acho que pelo menos você já pode ter uma ideia do que procurar.
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Atenciosamente,
Hugo Cerqueira
Devuan -
https://devuan.org/