hrcerq
(usa Outra)
Enviado em 27/04/2019 - 16:38h
Olha, eu até concordo que existe uma valorização excessiva dos bancos de dados relacionais. Muito do que é feito neles poderia ser feito com mais qualidade e agilidade usando arquivos de texto normais.
Mas existem sim situações em que eles são imprescindíveis. Vou começar pelo mais crítico: controle de transações. Bancos de dados relacionais em geral fazem um esforço desmedido para garantir a atomicidade, consistência, isolamento e durabilidade (ACID) das transações. Pesquise sobre ACID se não souber o que isso significa.
Outro aspecto importante é a exigência de uma esquematização dos dados durante a escrita. Isto é, quando um dado é persistido, ele deve obedecer a um critério específico para que a transação seja bem-sucedida. Um campo do tipo integer, por exemplo, só poderá receber números inteiros. Um campo not null não poderá receber valores nulos. Um campo varchar(50) não poderá receber valores com mais do que 50 caracteres.
Implementar esse tipo de controle em arquivos não é trivial, e não haveria centralização sobre esse controle. Em um SGBD relacional, você garante que o esquema dos dados é definido em um só lugar.
E ainda, existe também uma questão de compressão e eficiência no uso do disco. Um banco relacional bem implementado evitará ao máximo o armazenamento do mesmo dado de maneira repetida. Usam compressão e nos dão a possibilidade também de aplicar as regras de normalização para economizar o máximo possível no uso de disco.
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Atenciosamente,
Hugo Cerqueira
Devuan -
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