Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 04/12/2010 - 10:09h
Tudo é relativo:
Se alguém se candidatasse à função de "vendedor externo" e mandasse um currículo dizendo que é graduado em Física Quântica pela Universidade XPTO no ano de 1991, isso em nada acrescentaria nem subtrairia de util para a empresa, porém ainda assim seria um currículo válido.
Mas se algúem dissesse que fez um "Curço Avanssado de Portugueiz na Universsidade de Amburgo" isso evidentemente iria pesar de forma negativa.
É exatamente o que acontece quando as pessoas alegam terem feito cursos de Word quando seus próprios currículos estão totalmente mal disposicionados, mal formatados, com erros de português e faltando informações importantes.
Alguns currículos, dependendo dos enfeites, também podem prejudicar os candidatos.
E é comum hoje em dia certas mocinhas (e até certos mocinhos) colarem estampas coloridas nos currículos. Isso até pode ser relevado, passar despercebido ou servir de gota d'água para desclassificar sumariamente a candidatura da pessoa, dependendo do grau de seriedade que a função venha a exigir.
Já pensou o que significaria para uma empresa contratar uma secretária executiva bilingue que tenha o hábito de sair colando adesivos por aí?
Amanhã ela achará que é MUITO natural mudar o papel de parede de seu terminal, colocando a foto do gatinho. do namorado, ou do Justin Bieber (ou quem sabe o escudo de seu time de futebol?)...
Quanto ao Linux em si, o valor de tal currículo também seria relativo.
Se eu estivesse procurando por um "profissional de informática", eis o que seria realmente interessante e que abriria os meus olhos:
a- o candidato cursou blablabla e terminou/não terminou porém tem prática disso, daquilo, e daquilo outro nos períodos tal e tal, apesar de trabalhar exclusivamente na plataforma Windows.
b- o candidato tem experiência de Windows e alguma prática em Linux e/ou algum outro SO.
c- o candidato declara não ter tanta experiência assim quanto os outros dois, porém consegue deixar evidente que tem condições de se adaptar e de evoluir através do trabalho. Esse é o tipo de currículo onde o candidato tem de "se garantir" muito e repassar confiança.
A esse respeito, trabalhei em uma empresa onda havia um jovem de 16 anos (que não podia ser empregado por causa da idade) mas que realmente entendia de tudo relacionado com o uso de micro e minicomputadores, sistemas operacionais e aplicativos, e nem ao menos era ainda formado em coisíssima nenhuma.
Ele tinha tanta ou mais vivência quanto alguns de nossos analistas experimentados. Quando os mais velhos achavam que algo era difícil ou impossível, ele aparecia com a solução. Tinha portanto seu valor.
O que interessa em um currículo - qualquer currículo - é que o candidato tem de demonstrar valor antes de tudo. Escolaridade, prática, competência, mas sobretudo VALOR.