Rei Tenguh
(usa Arch Linux)
Enviado em 10/06/2012 - 14:39h
Os livros do Kasparov parecem-me ser bem delimitados pelas propostas de seus títulos (ao menos foi a impressão que me passaram os 3 que tenho). Desses, tem dois bem interessantes: em "Aprenda Xadrez com Garry Kasparov" ele descreve o que ele considera os pontos essenciais a serem observados em uma partida, e em "Técnicas de Xeque-mate" ele descreve formas de deixar adversários sem opção por meio de combinações, faszendo referência subjetiva aos principais pontos de ataque pra determinadas peças. (não são as palavras dele, mas é isso)
P.S: fuja do livro dele que se intitula "A Vida é um Jogo de Xadrez", onde ele usa analogias pra tentar "provar" a besteira de que a consciência é dirigida exclusivamente pela razão - esquecendo do que Kant já lembrou antes, de que a percepção é direta e intuitiva, o raciocínio é posterior.
Mas só que esses 2 só vão te ajudar se você estiver interessado no raciocínio...
Se a intenção é informação que faça "ganhar mais fácil", inclusive sem precisar pensar muito (aquilo que eu falei: manter uma peça a frente pra servir de apoio pra outras que "por sorte" chegarem, avançar peões em cadeia quando não souber o que fazer, tentar pegar o primeiro peão de trás do adversário ou, na falta de opção pra isso, tentar pegar o peão do cavalo da dama pra tentar deixar o rei fechado na última fileira - coisas que fazem os outros realmente pensarem que você tá jogando um jogo de raciocínio, daí eu aconselharia "Ataque e Contra-ataque no Xadrez", de Fred Reinfield (cuja primeira edição eu lia quando criança, o que faz um bom tempo, rsrsrs...). Esse mostra como manter/tomar sempre uma movimento a frente (tanto com brancas quanto com pretas), fazendo o jogo do adversário ser dependente da sua movimentação. No caso da procura ser por "Im a wiiiinneeeer!"mas você intimamente não ser muito amigo desse tal de pensar, esse é melhor, porque te trás vantagens nessa forma de bingo de "fazer pressão, as vezes dá certo" (embora o livro, em si, traga muito mais que isso)
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P.S.2: perdão pela forma de expressão com termos um tanto "ríspidos" e pelas ironias; mas é que minha principal característica pessoal é que sinto um desconforto interior tremendo com qualquer forma de hipocrisia ou "faz-de-conta", e de todas as formas uma das que mais mostra ego doente e mente mesquinha é a pessoa sentar frente a um tabuleiro de xadrez por qualquer motivo que não seja o gosto por combinações e belos raciocínios. Se a intenção então for de "eu jogo bem esse jogo", nosssss... daí transformou em "futebol com champagne" uma das mais belas criações humanas, o que torna a mente ainda mais desprezível do que de quem não joga xadrez (e 90% de quem joga infelizmente joga por esse nada).
Jogue, sim!! Mas como xadrez, não como truco, senão é perda de tempo ;)