Já estou acreditando que não há limites...

1. Já estou acreditando que não há limites...

Samuel Leonardo
SamL

(usa XUbuntu)

Enviado em 11/07/2025 - 21:50h

Olá pessoas vindas do profundo espaço intrauterinos da barriga de suas mães, como vão vcs?

Tava pensando hoje aqui comigo sobre limites, mais especificamente sobre limitação pessoal nos estudos.
Eu ensino um cara a programar em C, a linguagem foi escolha dele, porém, meus caros amigos detetores do pão nosso de cada dia nos dai hoje: ele tá aprendendo muito mais rápido do que quando foi minha vez de aprender.

Por exemplo, estamos no momento com 23 aulas em 4 meses de aula nos fins de semana, cada aula dura em média 1.5h sendo o total de 34 horas onde eu tive que explicar o assunto pra ele. Só que o seguinte meus amigos, 34h de aula é o mesmo que metade das horas de uma disciplina chamada de Laboratório de programação 1 na faculdade. Além disso, ele tem um tempo curtíssimo livre pra estudar, coisa de no máximo 2h de segunda a sexta e 4h em sábado e domingo.

Eu fico impressionado é com o aprendizado dele, nessas 34h de aula, ele já tá sabendo quase tudo da linguagem C, digo, o mais básico, falta só completar o assunto de structs, ponteiros aprendeu em duas aulas. Se continuar assim, em 2 anos ele terá aprendido tudo o que eu sei de programação em C e que levei perto de 10 anos pra aprender.

E com isso me veio umas conclusões:
1--não há limite real, digo, não que vc possa tudo, mas algumas coisas como aprender assuntos difíceis em pouco tempo, é muito mas muito possível.
2--o segredo do estudo é ser eficaz e não cobrir todo o assunto. Sendo eficaz por tabela o tempo de estudo é reduzido em muito.
3--a ação constante e a disciplina junto com o que se quer de verdade é o que faz o movimento e evolução.

Todos esses 3 pontos são muito verdadeiros pra mim, porque foram todos os comuns até hoje com as pessoas que ensinei alguma coisa.

Com isso, concluo o seguinte:
--a escola é perda de tempo porque é altamente ineficaz, gasta-se muito tempo pra adquirir pouco conhecimento, ou seja, é muito tempo na aula e pouco tempo aprendendo de verdade.
--um ensino individualizado é de longe o ideal porque não se perde nenhum tempo com assuntos irrelevantes ou nivelando por baixo nas pessoas mais atrasadas.
--não há limitação de capacidade pra quem deseja realmente aprender. Qualquer pessoa saudável consegue. Essa é pra lá de verdadeira.

O que vcs acham?

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2. Re: Já estou acreditando que não há limites...

Sidnei Serra
Zoiudo

(usa Arch Linux)

Enviado em 12/07/2025 - 08:41h

Olha, nesse mar de lama onde a maioria das pessoas se enfiou, onde não sabem interpretar texto, não escrevem direito (muitas vezes por preguiça) nem com corretor ortográfico ativo, não sabem FALAR direito ("nóis vai", "a gente vamos", "pobrema", "perca" de tempo, "cocréte", etc), acham que "triângulo das Bermudas" é o que as mulheres que não usam saia tem embaixo do umbigo e por aí vai, tem que aparecer um ou outro para "tentar contrabalançar" a mediocridade que impera na sociedade.
Dê graças a Deus pro seu aluno por ele ser tão safo; quero ver quando você for ensinar a mesma coisa pra outro(a) aluno(a) que acha que "mac address" é nome de sanduíche, que são os que eu pego de vez em quando, hehehehe...


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3. Re: Já estou acreditando que não há limites...

Tipoff *tipoff
tipoff

(usa Nenhuma)

Enviado em 12/07/2025 - 11:17h

Hoje em dia, aprender programação ficou muito mais fácil por conta da IA. Se o cara não cair nessa modinha de "Vibe Coding" e souber usar a IA da forma correta, consegue dominar qualquer linguagem muito mais rápido do que a gente, que teve que ralar no Google, documentação, e Stack Overflow.


4. Re: Já estou acreditando que não há limites...

Samuel Leonardo
SamL

(usa XUbuntu)

Enviado em 12/07/2025 - 11:45h

@Zoiudo
Sidnei, ri alto aqui com o que tu escreveu hahaha. No caso, eu hoje sou da opinião de ensinar quem deseja realmente aprender. Já passei pela experiência de tentar (tentar, olhe bem) ensinar um minifunkeiro a fazer conta, mas falhei miseralvelmente e ai revi meus valores e passei considerar que, de agora em diante irei cobrar pra ensinar (o funkeiro era de graça, coisa de gente inocente que eu era antes). Por que cobrar? Porque primeiro, funciona como um filtro, quem deseja aprender vai pagar pra quem quer ensinar e isso elimina digamos 90% dos 1diotas que dizem da boca pra fora que quer aprender. E eu sei identificar quem quer aprender pelo comportamento no longo prazo.

O funkeiro dizia pra mim que queria aprender porém, no comportamento a longo prazo, só mostrava preguiça de estudar, eu insistia por conta de valores meus que não estavam de acordo com a realidade, hoje já mudei tais valores (vivendo e aprendendo). É por isso que hoje prefiro muito mais ensinar quem quer aprender de verdade do que perder meu tempo convencendo fulaninho a fazer isso. E além do mais, mãe funkeira, filho funkeiro, é uma combinação simplesmente impossível de dar certo no ramo dos estudos. É dar murro em ponta de faca!

Esse tipo de pessoa é uma das razões pela qual não tenho planos de entrar numa sala de aula, não quero me estressar com quem não quer nada com nada e vai pra aula porque o governo paga pela presença! Quero mais é que se lasque mais ainda.

@tipoff
Rapaz, ai é que tá a coisa. Esse meu aluno ele tentou usar o chatgpt pra estudar nesses 4 meses de estudo comigo, porém, depois de meses insistindo com o chatgpt ele percebeu o seguinte: ele ficava mais confuso com a explicação do chatgpt do que com a explicação de um humano (eu no caso).

Explicando pra ele eu disse que diferente do chatgpt, eu posso adaptar e nivelar a explicação de uma forma que ele entenda passo a passo o que acontece, enquanto que o chatgpt nem mesmo é feito com esse propósito. Ou seja, humano tem mais flexibilidade e desenvoltura do que uma IA. E por isso, eu sugeri a ele pra usar o chatgpt apenas pra gerar exercícios de programação, e isso tem dado certo até o momento.


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5. Re: Já estou acreditando que não há limites...

Tipoff *tipoff
tipoff

(usa Nenhuma)

Enviado em 12/07/2025 - 19:04h


SamL escreveu:
@tipoff
Rapaz, ai é que tá a coisa. Esse meu aluno ele tentou usar o chatgpt pra estudar nesses 4 meses de estudo comigo, porém, depois de meses insistindo com o chatgpt ele percebeu o seguinte: ele ficava mais confuso com a explicação do chatgpt do que com a explicação de um humano (eu no caso).

Explicando pra ele eu disse que diferente do chatgpt, eu posso adaptar e nivelar a explicação de uma forma que ele entenda passo a passo o que acontece, enquanto que o chatgpt nem mesmo é feito com esse propósito. Ou seja, humano tem mais flexibilidade e desenvoltura do que uma IA. E por isso, eu sugeri a ele pra usar o chatgpt apenas pra gerar exercícios de programação, e isso tem dado certo até o momento.


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Ah, sim. Acho que o segredo está no equilíbrio. Usar IA para aprender programação é ótimo, principalmente quando você já tem um pouco de base e quer entender como um trecho de código funciona dentro do contexto do projeto. Pedir explicações, exemplos, ou tirar dúvidas pontuais ajuda muito no aprendizado.

E sim, aprender exclusivamente com IA não vale a pena. Os modelos ainda cometem muitos erros e podem confundir, principalmente quem está começando agora e não tem filtro crítico pra separar o certo do errado.

Mas no geral, aprender a programar hoje está muito mais fácil do que era antes de 2022. A IA virou uma grande aliada pra acelerar o aprendizado, desde que saiba usá-la com senso crítico.


6. Re: Já estou acreditando que não há limites...

Sidnei Serra
Zoiudo

(usa Arch Linux)

Enviado em 12/07/2025 - 20:14h

Quando eu estava na prefeitura, uma das assessoras do Secretário da pasta em que eu estava (tecnologia) pediu para que eu ensinasse Matemática para a filha dela, na época com 14 anos. O problema é que a garota não queria porra nenhuma, estava ferrada no colégio por conta dessa preguiça e por isso a mãe dela me pediu ajuda MAS não dá pra ajudar quem não a quer. A garota só queria papo furado de trepar e namoro e já falei logo no primeiro dia pra mãe dela para ela se preparar para ser avó precocemente tomando conta dos 5 filhos que a filha viesse a ter de pais diferentes e que não sabe quem são e de sustentar a filha até os 30 anos, hehehe...

Hoje acertei em parte, a filha tem 3 filhos, não sabe quem são os pais e não trabalha mas ainda tem tempo até a "garota" chegar aos 30, hehehe...


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7. Re: Já estou acreditando que não há limites...

Samuel Leonardo
SamL

(usa XUbuntu)

Enviado em 12/07/2025 - 22:05h

@Zoiudo
hahahah foi quase como tu ter feito um bico de vidente, Sidnei, falta "só" mais 2 e tá completa a profecia.

EU também ensinei uma adolescente de 14 anos em 2014, justamente a pedido da mãe dela. A menina só queria saber de estar no celular e nada mais. Tentei de tudo pra fazer a "individa" aprender matemática mas ela nada queria, até que depois de 30 dias eu abandonei as aulas com ela. No fim das contas, eu entendi que é justamente isso que tu falou ai: só é possível ajudar alguém, se o sujeito quer ajuda de verdade.

Depois disso, passei ser mais seletivo com quem eu ajudava, mas o moleque funkeiro escapou a regra nesse período, pra não mais acontecer de novo. Consegui ensinar uma profissão pra dois adolescentes, um depois do outro, e cada um hoje segue numa área específica do conhecimento e estão muito bem na vida. Tudo isso porque e os influenciei, digo, eles aceitaram minha influencia com eles. Um deles odiava matemática desde o dia que o conheci, porém, não sei como (creio ser devido minha presença), ele passou a querer estudar matemática e nisso ele se desenvolve muito nessa área.

Vou anotar aqui sobre essa da ajuda e querer ajuda, já tinha esquecido que é um requisito pra funcionar as coisas.


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8. Re: Já estou acreditando que não há limites...

Tipoff *tipoff
tipoff

(usa Nenhuma)

Enviado em 13/07/2025 - 09:49h

Entrando nesse assunto de ensinar e aprender, acredito eu que ser professor particular compensa mais, pela satisfação de ensinar e ver o aluno progredindo.

Porém, claro, o aprendizado depende de dois lados: o emissor e o receptor da informação. Se o emissor não tem didática ou não sabe se comunicar bem, o receptor dificilmente vai entender e acaba encontrando dificuldades no processo.

Agora, ensinar quem não quer aprender, não compensa, nem pelo salário acredito eu.


9. Re: Já estou acreditando que não há limites...

Sidnei Serra
Zoiudo

(usa Arch Linux)

Enviado em 13/07/2025 - 10:43h

@tipoff, depende do contexto do que ensinar... Se eu for ensinar uma mulher boa a trepar e ela não prestar atenção, ainda assim eu faço com gosto e de graça, hehehe...


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10. Re: Já estou acreditando que não há limites...

Samuel Leonardo
SamL

(usa XUbuntu)

Enviado em 13/07/2025 - 14:46h


tipoff escreveu:

Entrando nesse assunto de ensinar e aprender, acredito eu que ser professor particular compensa mais, pela satisfação de ensinar e ver o aluno progredindo.

Porém, claro, o aprendizado depende de dois lados: o emissor e o receptor da informação. Se o emissor não tem didática ou não sabe se comunicar bem, o receptor dificilmente vai entender e acaba encontrando dificuldades no processo.

Agora, ensinar quem não quer aprender, não compensa, nem pelo salário acredito eu.

É, ensinar é muito bom, pena que dá pouco dinheiro. No meu caso eu cobro barato em média 13 reais por aula, tem aula dois dias na semana, é suficiente pra eu não me estressar e manter a qualidade alta. Ainda vou arrumar mais alunos e ver se funciona com mais deles.

Nesse de emissor e receptor eu sou adepto do ensino individualizado, digo, ao invés de ter uma forma genérica de aula pra usar em cada pessoa, eu faço cada aula única a cada pessoa. Funciona pra poucos alunos mas a progressão deles é bem mais rápida do que por exemplo ensinar numa sala de aula, onde cada aluno é um nível diferente e ai precisa nivelar por baixo e igualar a todos. Ou seja, eu mantenho a diferença de cada pessoa criando aulas diferentes pra cada um. O incrivel disso é que as aulas saem mais intuitivas que sequenciadas, e eu planejo as aulas praticamente pra corrigir falhas no estudo da pessoa, o que me poupa bastante tempo.

E outra, eu ensino em paralelo a como estudar porque já notei que a maior parte das falhas é falta de habilidade pra estudar. E nisso eu foco o estudo em usar técnicas pra organizar e abordar cada informação como a de dividir e conquistar.


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