Preconceito Inconsciente [RESOLVIDO]

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 14/07/2011 - 08:31h

Todos conhecem a KDE certo? Alguns gostam, outros não, mas não é isso que vim discutir aqui.

Até alguns dias atrás eu não sabia disso, mas andei pensando e percebi que tenho um grande preconceito contra a KDE, pois eu nunca usei a interface efetivamente, e só de olhar pra ela já me da desgosto, repulsa, não consigo usa-la. E o pior é que é algo irracional, inconsciente, pois eu nem se quer penso no que eu estou dizendo a mim mesmo, eu simplesmente não gosto... É incrível isso!

A uns dias atrás instalei o Debian aqui, só para testar, seria a minha primeira aventura no Debian. Instalei tudo bonitinho. Mas depois de apenas alguns minutos nele, comecei a sentir aquele desgosto por ele está com aquele interface...

Mas por queeeee???? Não tem nada no kde para eu dizer que acho feio, ou que não gosto de certa coisa, ou que algo é mal feito, ou sei lá, qualquer coisa. Então de onde vem esse sentimento?

Essa foi a primeira e ultima vez que usei o debian... Fico pensando, se o Debian estivesse com o gnome, talvez estaria usando-o até hoje... Sei que poderia fazer isso, mas só de olhar para tela e vê-lo com a kde já me fez não querer ver ele nunca mais.

A esse ponto já devem estar dizendo "O que ele tá falando? se mata cara!" ou então "Como eu vou saber? pergunta para um psicólogo!" kkk Mas falando sério, é muito estranho isso! Nunca tive nenhuma experiência ruim com o kde para sentir isso...

O que acham ?

Ah, e antes que perguntem, quando eu digo "a kde" estou me referindo a interface gráfica, e quando digo "o kde" é no geral.

nicolo
(usa Ubuntu)

Enviado em 14/07/2011 - 09:33h

Não é nada, cada qual tem a sua preferência.

albfneto
(usa openSUSE)

Enviado em 14/07/2011 - 09:44h

olha, não acho preconceito, Cada um gosta de uma coisa, ninguém precisa usar o que não gosta.
agora vc parou de usar debian pq é KDE agora, mas vc pode em debian colocar GNOME e tirar o KDE.
os que como eu, gostam de tudo, desde KDE até um fluxbox pelado, são poucos.
ontem e hoje estou usando GNOME, anteontem KDE.
para atualizar uso Flux, pq mais rápido.

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 14/07/2011 - 09:57h

Dentro de um certo limite, simpatias e antipatias sem nenhuma razão aparente são até "normais" (deixa o Freud saber disso)...

Quando eu ainda trabalhava como escriturário, tinha verdadeiro ódio de somar o ICMS (naquela época era apenas ICM), e no entanto somava o IPI com o maior prazer.

Ora, o tamanho dessas somas era rigorosamente o mesmo e provindo da mesma fonte, que era uma mesma imensidão de talões de notas ficais.

Então, porque a cisma com o ICM e não com o IPI?
Ficou sem explicação até hoje.

Isso acontece também com relação a times de futebol - especialmente quando se torce por 40 anos consecutivos para um time que só sabe perder e perder. Mas paciência.

Acontece também com relação a credos religiosos, e daí por diante.

A propósito, não torço por times de futebol - apenas para a seleção brasileira, "por motivos patrióticos" como diria o meu patrão Stefan (que naquela época ainda era iogoslavo e torcia para a Iogoslávia, é claro).

Acho que isso também explica (explica?) o porquê das pessoas saberem que Linux é mais seguro, mais rápido, mais estável, é em tudo mais econômico a curto, médio e longo prazo, dá mais tranquilidade, mas apesar disso se convencem intimamente de que o Windows é melhor, mais fácil, mais barato, mais seguro, e que que no âmbito profissional não gera despesas com atualização de software e hardware, etc., etc., de forma a transferir para o Linux todos os fatores negativos que existem não no Linux, mas no próprio Windows.

Aí a coisa fica pior, pois pretende-se mascarar a verdade com algo que não é verdadeiro.
Algo como um pai que gosta mais de um filho (que "não tem defeitos nem erra") do que de outro (o qual está sempre sendo "castigado" por erros cometidos pelo outro).

Até certo ponto isso poderia ser considerado natural. Pessoalmente porém acho que apenas "até certo ponto", pois tudo tem seus limites.
Acho que nossa consciência tem sempre uma "flag" que nos avisa quando a coisa está saindo do controle.
O problema está em não percebermos - ou desprezarmos - essa flag, pelo menos a tempo de nos corrigirmos.

miura 787
(usa Ubuntu)

Enviado em 14/07/2011 - 10:52h

Talvez seja uma suave lembrança que ele nos tras do famigerado menu iniciar do windows!

Prefiro o gnome, mas não tenho nada contra o KDE!

viriatux
(usa Ubuntu)

Enviado em 14/07/2011 - 11:31h

Eu também não gostava nada de KDE, mas tinha a minha razão. Apesar de nunca o ter usado o suficiente para dizer se gostava ou não (apenas tinha experimentado alguns live-cd com KDE), achava a acho o KDE mais complexo em relação a outras interfaces gráficas, como o GNOME que é a minha preferência.
Contudo, agora estou usando-o neste momento, precisamente com Debian Squeeze. Não tenho praticamente experiência nenhuma tanto com Debian como com KDE, mas a aquela careta que fazia quando pensava em usar KDE está desaparecendo. E começou a desaparecer antes mesmo de usar Debian, porque tinha curiosidade em saber realmente como seria o meu desempenho usando KDE.
Mas acho que a aversão que você, mrk3004, sente pelo KDE supostamente sem explicação é normal ou talvez você ainda não deixou claro a razão pela qual não suporta KDE.
Os gostos variam de pessoa para pessoa. Umas pessoas gostam feijoada, por exemplo, e outras não, apesar da feijoada ser a mesma. Da mesma forma que uma pessoas amam KDE e outras detestam. Qual é a razão para isso? Não sei.
Pode estar tudo escrito no nosso código genético. Pode ser influência de experiências que podem estar ou não relacionadas com computadores ou informática.
Não sei, mas isso acontece a toda a hora, penso.
Mas, para poder dizer se, de facto, gostamos ou não gostamos de alguma coisa temos de experimentar primeiro. Não podemos dizer se gostámos de feijoada sem primeiro provar. Falar sem conhecer é preconceito.Pode acontecer mesmo depois de experimentarmos e conhecermos, continuarmos da mesma opinião.
Costuma-se dizer, pelo menos em Portugal, que primeiro estranha-se e depois entranha-se. Isto quer dizer que estanhamos, tememos ou desconfiamos coisas novas, mas depois de fazer um esforço para as conhecermos elas tornam-se familiares e acabamos gostamos delas, mas o contrário também pode acontecer, claro.
Não sei se o que disse e vou dizer faz sentido para vocês e corrijam-me se estiver a dizer algum disparate.
Seria preconceito se você, mrk3004, nunca tivesse experimentado, mas como experimentou não é. Apenas viu confirmado a sua previsão ou preconceito, mas agora tem legitimidade, se assim se pode dizer, para afirmar a usa opinião em relação ao KDE.
Eu também tinha preconceito em relação ao KDE, pois tinha uma ideia preconcebida dele sem o ter testado antes.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 14/07/2011 - 16:05h

Agradeço muito as respostas, especialmente a do Teixeira e do viriatux, chegaram exatamente no ponto onde queria chegar e me ajudaram a ter uma outra perspectiva da situação.

Pode parecer besteira e talvez seja mesmo, mas eu levo isso muito a sério. Não quero trazer para este site minhas questões pessoais, é desnecessário, mas minha mente trabalha de uma forma um pouco diferente da maioria das pessoas e por essa razão eu tento entender ao máximo o que acontece dentro dela.
A muito tempo percebi que a melhor forma de entender o que se passa em meu interior é aprender como a mente de outras pessoas funcionam, e até então tem dado muito certo, por isso a pergunta.

Talvez tenha me exposto de mais, mas é um risco que aceito correr, pois vi que algumas pessoas aqui podem entender, e isso é bom =)

Namastê

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 14/07/2011 - 16:32h

o problema não está no KDE, tampouco no Debian e sim em você meu quirido, a começar pelo fato que a interface padrão do Debian é o Gnome, saiu KDE de acordo com o gosto do freguês. Se tivesse baixado o CD1 seria com Gnome, ou se instalado a partir do DVD idem.

fui usuário do KDE até o lançamento do KDE4, mas hoje em dia também não consigo aturá-lo por 'n' motivos, assim como já tenho umas divergências com o Gnome3, a solução é encontrar um ambiente que nos agrade, no meu caso posso ir de qualquer um dos *Box, LXDE, XFCE, Gnome2 (ao menos no Debian).

as únicas coisas que sinto falta e que fazem parte do KDE são o Dolphin (um pouquinho já que o Nautilus dá para rodar bem em qualquer WM|DE) e o K3B, esse sim não existe melhor!

DMS_
(usa elementary OS)

Enviado em 14/07/2011 - 16:40h

Olha, vendo de fora, tenho a seguinte conclusão:

você só não gosta da KDE, assim como eu, começei no gnome, e até o momento me agrada, nunca deixou a desejar.

pinduvoz
(usa Debian)

Enviado em 14/07/2011 - 16:41h

Olha, eu gosto tanto do KDE quanto do Gnome, mesmo quando se trata da versão 3 do primeiro. Exemplificando, o Debian Lenny com KDE 3 era fantástico quando lançado (leve, rápido, atual e sem bugs).

Confesso que fiquei chateado com a primeira distro com KDE 4 que testei, pois o ambiente era muito bugado e quase sem opções. Mas hoje, na versão 4.6, quanta diferença!

Resumindo, é uma questão de gosto usar KDE ou Gnome, pois há distros excelentes com os dois sistemas. O Slackware, por exemplo, não é a mesma coisa com Gnome, sem falar na dificuldade de instalação. Opensuse também só vai com KDE, mesmo havendo versão pronta com o Gnome. Já o Ubuntu com KDE (Kubuntu), para mim nunca funcionou, sendo sempre uma fonte de problemas.