PQ COMPILAR O KERNEL?? [RESOLVIDO]

1. PQ COMPILAR O KERNEL?? [RESOLVIDO]

Luan Kleber
luanyata

(usa Ubuntu)

Enviado em 13/10/2009 - 17:18h

Boa Tarde Pessoal...
tenho um grande duvida...
vejo por ai na net temas falando em compilação de kernel.
mais qual a diferença do Kernel compilado manual(assim digamos) para a que está no apt-get???


  


2. MELHOR RESPOSTA

j g meinhardt
meinhardt_jgbr

(usa Debian)

Enviado em 13/10/2009 - 18:10h

A compilação do kernel de forma mais genérica, serve para adequar ou fazer a sintonia fina entre uma dada versão de kernel com a sua máquina.
Para poder atender ao maior número possível de usuários, a versão do kernel a ser usado em determinada distribuição é ajustada ou pre-compilada, com base nos parâmetros mais genéricos e abrangentes de hardware e serviços disponíveis.
Em geral se não todas, pelo menos a grande maioria das distros vem compilada para uso em maquinas desktop, cuja configuração do hardware é mais simples e livre de tantos "gatilhos" que são obrigatórios no caso dos Notebooks (NoBo's) e Netbooks. Por esta razão a ocorrência de maiores dificuldades para instalar distros Linux em NoBo's.

Outro caso que normalmente requer a re-compilação do kernel ocorre quando um determinado item do seu hardware, não tenha suporte nativo daquela versão de kernel que veio por padrão na sua distro.

Um caso típico destes, é o de placas wifi marca Atheros, que vieram equipando vários modelos de NoBo's Acer entre outros. Até a versão 2.6.28 do kernel, o suporte nativo do kernel a estas placas era limitado e passou a ser ampliado a partir dela. Neste caso, quando o seu NoBo vinha com uma placa destas, era necessário re-compilar o kernel com o módulo correto para a sua placa. O módulo seria como o driver específico para um determinado item do hardware. Havia a alternativa de usar um "gatilho" com o driver do windows, cujo nome era ndiswrapper, porém nem sempre funcionava.

A re-compilação, embora o nome possa parecer ameaçador ou intimidante, não é nada tão complicado assim. Bastava baixar o módulo apropriado, criar por exemplo um diretório temporário, descompactar o módulo baixado neste diretório temporário, abrir um terminal, ir para este diretório temporário usando o comando CD nome_do_diretório_temporário, e de dentro dele executar os comandos make e make install. Feito isto bastava ativar o módulo com o comando modprobe.

Isto, em linhas gerais seria o básico. Obviamente para poder re-compilar o seu kernel, possivelmente você precise antes instalar alguns aplicativos essenciais que em muitas distros não vem instalados por padrão, como é o caso do build-essential e suas dependências.

Quando você perder o medo do sistema e desejar fazer uma otimização para conseguir o melhor desempenho possível entre o seu hardware e a versão de kernel que estiver usando, basta fazer uma re-compilação do kernel. É um processo longo, onde sua decisão vai ser pedida sobre um grande número de itens, quanto a ativa-los, carrega-los, etc. Antes de faze-la portanto é melhor estar preparado conhecendo a fundo todos os itens que compõem o seu hardware. A experiência pelo menos vale para aprender e entender a complexidade de um sistema operacional.

A grande vantagem do Linux, neste caso é o fato de que caso o seu novo kernel re-compilado (ou personalizado), não funcione ou tenha um desempenho medíocre, você sempre pode voltar para a versão anteriormente instalada e não perde tudo, como seria de se esperar, baseado em outros sistemas operacionais.

A versão de kernel disponível nos repositórios para atualizações, etc, já vem pre-compilada para uma configuração básica e o mais abrangente possível.

3. Re: PQ COMPILAR O KERNEL?? [RESOLVIDO]

anna kamilla
annakamilla

(usa Manjaro Linux)

Enviado em 13/10/2009 - 17:23h

o kernel compilado manualmente serve para compilar um driver especifico, agora pelo apt-get instala um kernel.




4. Re: PQ COMPILAR O KERNEL?? [RESOLVIDO]

ronnie peterson bacelar martins
dbahiaz

(usa OpenSuSE)

Enviado em 13/10/2009 - 18:29h

Para um usuario comum, diferença nenhuma, agora se vc sabe o que esta fazendo, a compilação pode resultar numa melhora consideravel de desempenho, mais no geral, so compensa compilar se for para da suporte algum dispositivo que não foi reconhecido automaticamente, dai sim a compilação será a solução, caso contrario use o kernel disponibilizado pela sua distro.


5. PQ COMPILAR O KERNEL??

Luan Kleber
luanyata

(usa Ubuntu)

Enviado em 14/10/2009 - 07:44h

Vlw ai galera... muito obrigado pela explicação


6. Re: PQ COMPILAR O KERNEL?? [RESOLVIDO]

Tiago de Jesus
tiago4171

(usa Arch Linux)

Enviado em 09/03/2016 - 10:45h

meinhardt_jgbr escreveu:

A compilação do kernel de forma mais genérica, serve para adequar ou fazer a sintonia fina entre uma dada versão de kernel com a sua máquina.
Para poder atender ao maior número possível de usuários, a versão do kernel a ser usado em determinada distribuição é ajustada ou pre-compilada, com base nos parâmetros mais genéricos e abrangentes de hardware e serviços disponíveis.
Em geral se não todas, pelo menos a grande maioria das distros vem compilada para uso em maquinas desktop, cuja configuração do hardware é mais simples e livre de tantos "gatilhos" que são obrigatórios no caso dos Notebooks (NoBo's) e Netbooks. Por esta razão a ocorrência de maiores dificuldades para instalar distros Linux em NoBo's.

Outro caso que normalmente requer a re-compilação do kernel ocorre quando um determinado item do seu hardware, não tenha suporte nativo daquela versão de kernel que veio por padrão na sua distro.

Um caso típico destes, é o de placas wifi marca Atheros, que vieram equipando vários modelos de NoBo's Acer entre outros. Até a versão 2.6.28 do kernel, o suporte nativo do kernel a estas placas era limitado e passou a ser ampliado a partir dela. Neste caso, quando o seu NoBo vinha com uma placa destas, era necessário re-compilar o kernel com o módulo correto para a sua placa. O módulo seria como o driver específico para um determinado item do hardware. Havia a alternativa de usar um "gatilho" com o driver do windows, cujo nome era ndiswrapper, porém nem sempre funcionava.

A re-compilação, embora o nome possa parecer ameaçador ou intimidante, não é nada tão complicado assim. Bastava baixar o módulo apropriado, criar por exemplo um diretório temporário, descompactar o módulo baixado neste diretório temporário, abrir um terminal, ir para este diretório temporário usando o comando CD nome_do_diretório_temporário, e de dentro dele executar os comandos make e make install. Feito isto bastava ativar o módulo com o comando modprobe.

Isto, em linhas gerais seria o básico. Obviamente para poder re-compilar o seu kernel, possivelmente você precise antes instalar alguns aplicativos essenciais que em muitas distros não vem instalados por padrão, como é o caso do build-essential e suas dependências.

Quando você perder o medo do sistema e desejar fazer uma otimização para conseguir o melhor desempenho possível entre o seu hardware e a versão de kernel que estiver usando, basta fazer uma re-compilação do kernel. É um processo longo, onde sua decisão vai ser pedida sobre um grande número de itens, quanto a ativa-los, carrega-los, etc. Antes de faze-la portanto é melhor estar preparado conhecendo a fundo todos os itens que compõem o seu hardware. A experiência pelo menos vale para aprender e entender a complexidade de um sistema operacional.

A grande vantagem do Linux, neste caso é o fato de que caso o seu novo kernel re-compilado (ou personalizado), não funcione ou tenha um desempenho medíocre, você sempre pode voltar para a versão anteriormente instalada e não perde tudo, como seria de se esperar, baseado em outros sistemas operacionais.

A versão de kernel disponível nos repositórios para atualizações, etc, já vem pre-compilada para uma configuração básica e o mais abrangente possível.


Massa, lendo em 2016 (LIKE)
Ainda muito útil



  



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