Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 24/11/2009 - 12:50h
No dia 4/11/2006 eu não sabia absolutamente NADA de linux, e fiz uma pergunta aqui no VOL que refletia a minha total impossibilidade de instalar alguma-coisa-que-não-fosse-windows na minha maquininha super-modesta.
Começaram a vir as respostas daqui e dali, as idicações, as sugestões.
Estava muito difícil, no entanto a galera jamais desistiu de me ajudar e eu fui, aos trancos e barrancos, tendo muitos problemas daqui, outros dali, até chegar alguma vitória, alguma luz no fim do túnel.
As coisas boas não aconteceram de repente.
Entrei pela contramão do Linux, tentei inúmeras vezes instalar o Basic Linux sem obter sucesso.
Em tudo fui acompanhado pela turma que não me deixou só, por um momento sequer. O amigo Maran - por exemplo - dedicou um tempão em me ajudar ostensivamente com BL3 (o Basic Linux).
Para a turma do VOL jamais importou se eu era um newbie ou um chato-de-galocha, não houve uma só pergunta que tivesse ficado sem resposta.
Já havia baixado os disquetes do Basic Linux mas não conseguia instalar. No site oficial, apesar da turma ali ser muito cooperativa - e sobretudo paciente - todos são MUITO cobras no assunto, e isso criava uma certa distância entre nós, porque o que para eles era mais do que óbvio, para mim era total novidade.
Tenta daqui, erra dali (nas coisas mais idiotas possíveis), por fim o tal Basic Linux se acomodou nas entranhas do HD.
Aí eu fui mexendo, tendo novas dúvidas, perguntando, fuçando bastante (consegui 4 "kernel panics", sabem lá o que é isso?)...
Surgiram novas perguntas, novas dúvidas, e novas respostas, novos esclarecimentos, novas opiniões chegaram quse que instantaneamente.
Mexi mais ainda no Basic Linux, instalei Kurumin, Damn Small Linux, Famelix, tudo que foi possível.
E de tanto mexer no Basic Linux e experimentar distros antigas, veio chegando alguma experiência.
Cheguei à conclusão de que, da mesma forma que no DOS, não precisamos utilizar nem conhecer muitos comandos apenas para o dia a dia.
Com uma meia dúzia de comandos bem básicos já dá para fazer muita coisa. A próxima meia dúzia vem naturamente pela nossa curiosidade,e pela necessidade que se apresentar.
Depois comecei a escrever sobre minhas impressões ao usar e modificar a BL3.
Hoje, com o apoio do Marcelo Campos, chegamos à ousadia de manter um site do projeto BL3 BRASIL, procurando transferir um pouco de experiência para aqueles que - da mesma forma que eu - desejem aproveitar micros antigões como 386, 486 e Pentium.
Se eu tivesse desistido, talvez isso não fosse possível.
E eu poderia ter alegado muitas coisas, inclusive idade (na época 61 anos) e estado de saúde (estava me recuperando de mais um AVC).
Hoje tenho muitos e muitos problemas relativos ao Linux, sendo que um dos últimos foi com relação a uma webcam que não funcionava nem a pau e que hoje funciona.
Atualmente estou com uns CDs que embora queimados adequadamente estão apresentando problems na leitura ( ora, isso a gente resolve de letra ).
Porém problemas verdadeiros SEMPRE tem soluções, por mais trabalho que se possa ter para se chegar a elas.
Se um dia eu tiver de desistir do Linux, certamente o farei sem o mínimo remorso.
Mas não sem haver tentado, sem haver lutado, sem haver vencido.
E havendo vencido, então por que desistir?