Freud_Tux
(usa Outra)
Enviado em 10/08/2021 - 22:05h
Olá Buckminster, tudo bem?
Desculpe pela demora. Vamos lá ;)
Buckminster escreveu:
"Se as máquina que estão atrás do roteador, ao irem pra rede elas ficam com o endereço IP do roteador, certo? Então, elas usam o IP que roteador tem no momento, dado pelo ISP, seria isso? O ip que as máquinas vão usar na internet, não tem nada a ver com o "range" de acesso que é usado para acessar o roteador?"
Sim, as máquinas saem para a internet com o IP do roteador que é o tal IP público. O IP da rede interna é o IP privado, vale somente na rede interna. Porém, no protocolo de saída, vamos dizer assim, dependendo das configurações do roteador, do servidor, etc, pode ficar gravado o MAC e/ou o IP da rede interna.
Agora entendi.
Tinha perguntado sobre o lance dos ips versus rande de acesso, pois, eu sempre tive essa dúvida, e nunca achava uma saída disso pelo terminal, se usar sites pra isso, nunca gostei de usar.
Será que tem como virtualizar um endereço mac na placa de rede pra esconder o físico?
Vou pesquisar sobre isso essa semana. Nos androids tem isso.
Amarrar o mac da máquina ao ip interno talvez possa possibilitar a saída do mac para fora da rede? Vai saber né!
Buckminster escreveu:
O roteador "pega" o IP do ISP. O ISP (a empresa de telecomunicações a qual você tem seu plano de internet) tem um, vamos dizer assim, um roteador, DNS e um DHCP que distribui os IPs para os clientes, no caso os clientes são os roteadores residenciais e das empresas.
No caso do DHCP, é como Highlander, só pode haver um na rede. Daí entra a máscara de rede que forma várias sub-redes. É hierárquico. O tal conflito de IPs que existia ,antes e um pouco às vezes ainda tem hoje, vem muitas vezes da má configuração do DHCP ou o usuário fixou um IP na máquina e, ao entrar na rede, o DHCP já destinou o IP para outra máquina, ou seja, já está em uso, daí dá conflito e a máquina não navega na internet.
Esse "roteador" chama-se DSLAM (Digital Subscriber Line Access Multiplexer ), ele é um modem ADSL, que está na outra extremidade da linha. Grosso modo, é onde se origina o sinal na empresa de telecomunicações.
Entendi a topologia, valeu por explicar.
Agora com a popularização da fibra tem OLTs, CTOs e outras coisas. O lado bom é que teremos velocidades em gigalan :D.
Nem sabia que os conectores conectores de fibra ótica não podem ser tirados e colocados toda hora, pois a ponta é bem sensível e pode dar N problemas.
Buckminster escreveu:
O IP que as máquinas usam na internet tem nada a ver com o "range" de IPs de uma rede interna. Quem define o "range" é o administrador da rede interna, no caso, nas residências você faz isso mexendo nas configurações do DHCP do roteador. Apesar de que roteador e Modem não são a mesma coisa. O protocolo NAT está dentro do Modem, vamos dizer assim, é um programa, um software gravado nos circuitos eletrônicos do aparelho (modem).
Cada empresa de telecomunicações (ISP, grosso modo) tem a sua faixa de IPs pré-determinada. É como se cada ISP fosse uma rede interna dentro da internet e daí quem define os IPs é o ISP através das configurações do DHCP que está na DSLAM (um aparelho eletrônico).
Aliás, o tal NAT (roteamento) significa Tradução de Endereços de Rede, o próprio nome já explica. É um programa, um software, um protocolo que traduz os endereços (IPs) da rede.
O DHCP fornece os IPs e o NAT faz o roteamento (essa "tradução").
Toda a estrutura da internet é hierárquica e composta, basicamente, de computadores, roteadores (o popular modem), servidores (DNS, DHCP, Web, etc).
O Modem (MOdulador-DEModulador) é o aparelho como um todo.
Fazendo uma analogia: a internet como um todo pode ser considerada como uma gigantesca rede interna do planeta terra.
Excelente explicação. Valeus, tirou algumas dúvidas aqui ;).
Buckminster escreveu:
"Mesmo se o ip do roteador for trocado pelo ISP? As máquinas internas da rede vão continuar com os ips "antigos" delas?"
Sim. Essa "troca" de IP do roteador é feita pelo ISP. Geralmente, ao reiniciar ou desligar por uns momentos teu modem, ele voltará com um novo IP, mas aí depende das configurações no ISP, tempo de atividade, tempo de disponibilidade de cada IP, ou seja, há um "rodízio" de IPs públicos.
No caso da rede interna, você configura o DHCP e você pode fixar um determinado IP para cada máquina. No teu roteador você pode fixar um IP, mas daí terá de contratar com o ISP um IP fixo (estático).
Na tua rede interna quem define se o IP será estático ou dinâmico é você mesmo.
Geralmente deixa-se IP dinâmico, pois as máquinas não entram todas ao mesmo tempo na rede, umas entram antes num dia, outras entram depois, etc, depende do usuário quando ele chega, por exemplo, no trabalho e liga o computador.
O DHCP fica "varrendo" a rede e quando uma máquina entra na rede ele dá um IP.
Captei essa também. Valeus.
IP estático custa uns R$ 20,00 á R$ 90,00 ou mais por aqui, se não me engano e é por mês.
No caso de deixar ip dinâmico na rede interna, e querer amarrar o mac, teria que ser destinado uma faixa de ips para que desse certo. Vou ver isso aqui, mas creio que só precise mais para redes wifi, pois dependendo dos aparelhos conectados, os próprios podem ser o elo fraco na rede contra ataques contra a própria rede.
Subir uma rede de convidados não é seguro, justamente pelas configurações serem "fracas", por parte dos fabricantes.
Buckminster escreveu:
"O ipv4 era alterado cada vez que eu derrubava a conexão, mas o ipv6 não sofreu uma alteração, não que eu tenha percebido. Mas irei confirmar com mais certeza e posto aqui."
No IPV4 isso é bem distinto, IP público (no caso o do roteador) e IP privado (o IP de cada computador da rede interna).
No IPV6 isso ainda não está bem claro, pois a idéia básica do IPV6 é cada computador ter um único IP tanto na internet como na rede interna, como você comprovou aí.
Confirmei aqui!
Tanto o IPV4 quanto o IPV6 sofreram alteração a cada reconexão da máquina ou do discador pppoe. Graças a DEUS, estou fora do CGNAT, por ser cliente antigo, mas é assim. O IPV6 mudava quase toda a sequência, por exemplo, se ele era:
asb4:87dc:09iuy:kjh9:/64, ele voltava assim:
asb4:ss76tr:po432:7tr3:/64.
Já o IPV4, se ele era: 123.456.789.10, ele voltava com uma faixa diferente, como: 098.765.432.01, por exemplo.
O que tá em negrito no IPV6, tenho que rever o que é exatamente, pois li e não lembro. Não sei se é um ID único, ou algo ligado a rede ou placa. Mas irei ver e trarei a resposta em breve.
Mas a grosso modo, o IPV6 público definido pelo roteador, acaba alterando a cada conexão que é feita via discador.
Isso rola quando se está em CGNAT também. Testei em um celular com plano de dados de uma operadora, e rolou a troca também, só vou confirmar, se alterou aquela parte inicial também.
Buckminster escreveu:
"Será que o ipv6 terá um prazo de validade como o ipv4, que ao reiniciar/desligar ou forçar queda da conexão ele troca ou a máquina pega o ipv6 e mesmo derrubando a conexão ela e não larga mais esse ip?"
Não sei. Teria que se aprofundar de novo nos estudos do IPV6. Como já foi dito, o IPV6 já vem implementado de cima para baixo.
No link abaixo tem-se uma boa idéia da diferença técnica de 32 bits (IPV4) e 128 bits (IPV6):
http://ipv6.br/post/enderecamento-ipv6/
Pra encurtar, parece que ele altera o ipv6 público sim, como descrito por mim, acima.
Valeus pelo link ;)
Buckminster escreveu:
O PPPoE é a sigla em inglês para Point-to-Point Protocol over Ethernet que se refere a um protocolo de rede para conexão de usuários que trabalha com a tecnologia Ethernet, utilizada para ligar uma placa de rede a um ou vários usuários em uma rede LAN através de uma linha DSL.
https://canaltech.com.br/produtos/O-que-e-PPPoE/
O pppoeconf é onde se faz as configurações do PPPOE na máquina (desktop ou servidor), mas como o IPV6 já vem implementado acredito que tem algumas restrições de configurações.
Para saber isso, somente fazendo o que você está fazendo: testes. E estudando.
Acredito que, no fim, tecnicamente virará uma "mescla" de IPV4 e IPV6 que se chamará IPV6, mas os números de IP serão aquele numerozão do IPV6.
Teve um tal IPV5 antes, mas não vingou e ninguém fala dele atualmente porque não deu certo, praticamente ficou só na idéia.
Tenho muita coisa pra ler ainda e estudar e testar sobre isso ainda.
Mas sobre o pppoeconf, ele tem como usar o ipv6, mas só editando o /etc/ppp/options, onde daria pra fazer ele alterar várias coisas nesse arquivo para ipv6, mas ainda não o farei agora.
Creio que ficará um híbrido de ipv4 com ipv6 trabalhado lado a lado, como você disse.
Tem muita coisa antiga rodando ai que não usa ipv6, só o ipv4. Vamos ver.
Ah!
Tem filtros para ipv6, que podem ser configurados nos arquivos no Linux. Estou pra ver isso também, mas seria uma opção pra não ficar 100% "descoberto" na rede, como filtro de privacidade. Estou para ver isso em breve também.
O que me deixa apreensivo por hora, é configurações de firewall com ipv6.... Vai mudar muita coisa!
T+ e valeus
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