Eduamaro
(usa Linux Mint)
Enviado em 30/05/2018 - 16:00h
RafaelFigueiredo escreveu:
albfneto escreveu:
Olha, a velocidade é quase igual (no uso, não notará 50Ms de diferença) e ambos dispositivos são caros.... pq Pendrives USB 3 são caros.
para uma instalação permanente, eu usaria um SSD interno.... pq SSD é um " tipo de HD".
Agora, para uma instalação portátil, prefira o pendrive. Vantagem é que terá um SO portátil.
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Albfneto,
Ribeirão Preto, S.P., Brasil.
Usuário Linux, Linux Counter: #479903.
Distros Favoritas: Sabayon, Gentoo, openSUSE, Mageia e OpenMandriva.
Obrigado pela resposta! Mas o que devo considerar de diferente em uma instalação portátil e uma permanente? Apenas a mobilidade? Pq hoje eu prefiro ter total mobilidade do meu sistema operacional.
Mais uma coisa, me falaram algo sobre wear leaving, TLC e sobre desgaste da vida útil do pendrive. Mas já vi falando em alguns sites que mesmo assim demoraria anos para acabar a vida útil do pendrive. Vc poderia me explicar um pouco melhor sobre esses temas?
Então, caso você queira uma certa portabilidade pode comprar uma case usb 3.0, e usar o ssd sata 3 no seu note, e quando for usar fora dele, colocar o ssd na case de hd externo usb 3.0. Eu comprei uma dessas por 11 reais no mercado livre e é muito boa.
Sobre o desgaste, muito dos chips de grandes marcas de pendrives demorariam anos para estragar considerando-se a utilização normal, ou seja, no máximo uma copia de arquivos grandes aqui e alí, sem ficar com muita escrita e leitura simultânea (como um hd e um ssd fazem, com o sistema operacional multitarefas), e também levam em conta a geração de calor de um uso normal. Quando você coloca a instalação no pendrive usb 3.0, cada pequeno processo está basicamente a cada segundo acessando (lendo e escrevendo) várias informações no usb, cada programa que você abre, carrega na ram também, cada informação, arquivo salvo, tudo isso é uma escrita constante no usb, se tiver uma partição swap nele, pior ainda, aí é dado sendo escrito toda hora mesmo e com alta intensidade.
O que ocorre é que você está completando muitos ciclos muito rapidamente, e o calor gerado (mesmo que só internamente, em alguns usbs não sai muito para fora, pois eles não são desenhados para dissipar normalmente muito calor), ele aquece muito e isso vai desgastando o chip dele. Fora que entre copiar ou remover ou ler um arquivo vez ou outra e toda vez que ele for ligado, houver uma escrita e leitura constante tem uma grande diferença em números.
Eu já fiz o teste, na verdade passei 2 anos com dois notes sem hd. O meu principal, um netbook, velho conhecido aqui do fórum, tinha como hd um sandisk usb 3.0 de 32gb. Esse rodava windows sem memória paginada. Durou 8 meses. Ao mesmo tempo eu tinha um pendrive da mesma marca e tamanho com ubuntu 12.,04 (se não me falha a memória), e este durou 1 ano, depois nem na bios reconhecia mais. A mesma coisa com um pendrive hp, também usb 3.0 que usei no outro notebook, um pentium dualcore. Todos tinham uma porta usb 3.0. No segundo sandisk (o que rodava ubuntu), eu tirei todo o plástico da carcaça dele, e o chip em sí, esquentava demais. Não só isso, mas quando eu encostava algo gelado e metálico, como um dissipador ou até uma chave, ele reduzia um pouco a temperatura e parecia ganhar velocidade.
Acabei nessa brincadeira perdendo muitos arquivos e alguns pendrives. Essa discussão é antiga e vem desde a época dos compact flash que a galera instalava windows 2k e windows xp. Porém a maioria não usava tempo suficiente ou só instalava o dos e quase não usava e não se provava muita coisa, diziam que demoraria anos para "fechar" os ciclos dos compact flash. A mesma coisa ocorria.
Esta afirmação que demoraria anos para desgastar o emmc, é referente aos ssds, que de fato durariam uns 5-7 anos com escrita e leitura normal (não moderada, mas nem abusiva). Ou seja, realmente levariam anos para gastar de vez um ssd. Um hd pode durar muito mais se ele não sofrer quedas, choques, temperaturas extremas, etc.
Se você necessita de portabilidade eu recomendaria comprar um ssd de 120gb ou um hd de 1tb (ambos de 2.5''), que acabam saindo o mesmo preço, e uma case para hd externo usb 3.0, como a de 11 reais que comprei. No meu caso eu tenho um ultrabook com um ssd de 120gb, com windows 7 instalado (porque é um saco instalar o windows em usb), um hd de 320gb com kubuntu + uma partição para dados e um outro hd, um de 1tb. Ambos os hds estão em cases de hd externo usb 3.0. Eles tem a portabilidade, durabilidade, e não sofrem de aquecimento. Se eu quiser posso colocar eles de volta nos notebooks de onde vieram e ainda por cima carrego bastante dados aqui.
Um ciclo de leitura/escrita ocorre quando os bits no chip são mudados um certo número de vezes, normalmente associado com o equivalente à você enxer a memória do emmc, e apagar tudo, isso completaria um ciclo (mas pode mudar de fabricante para fabricante). Ou seja digamos que o seu usb tem 32gb. Se você copiar dois arquivos de 16gb e depois apagar eles, lá se vai um ciclo. Com as várias escritas e leituras que o sistema operacional faz, rapidamente se vão ciclos e ciclos.
Normalmente em diversas fabricantes, os usbs quando completam um certo número de ciclos, eles bloqueiam a escrita e ficam read only (apenas leitura) para preservar os seus dados, e não há normalmente como reverter isso, já que eles estariam há alguns ciclos de realmente sumir todos os dados e não escrever nem ler mais.
No caso com os meus sandisks, ambos só pararam de funcionar, com o hp, o linux começou a reclamar que não conseguia escrever e que o sistema estava readonly (nem o navegador funcionava, pois ele "baixa" a página da web, e não havia como escrever), e então eu ví que os seus ciclos úteis tinham chegado no limite da fabricante. Eu fiz backup do que tinha de importante nele e por fim jogquei ele fora mesmo.
Se você cuidar bem do ssd, não ficar compartilhando 100gb de torrents (por exemplo) todos os dias, ele vai durar muitos e muitos anos. E é bom utilizar um sistema operacional que suporte o trimm para manter a velocidade e saúde do emmc por mais tempo. O windows xp, por exemplo não suporta trimm, alguns linuxes muito antigos também não. Porém a maioria, se não todos os sistemas atualizados nos últimos 8 anos, suportam trimm.
Se quiser um caso clássico de problemas com emmc, procure o de celulares android, que costumam usar esse tipo de memória, tanto é que eles ficam bem mais lentos com o tempo, principalmente os celulares da samsung da época do galaxy s2, que vinham com chips emmc afetados pelo chamado "brick bug" onde qualquer comando de apagar os bits (não só sinalizar como livres, mas de fato escrever zeros) poderia engatilhar o problema e todo o emmc perdia toda a memória "brickando" o telefone. A samsung, como sempre ao invés de resolver o problema, só joga um band-aid na rachadura da repreza, ou seja, desativou o trimm nos androids 4.1.2, 4.0, 4.2, 4.3 e 4.4 dela. Aí os celulares, com em torno de 1 anos de uso, se tornavam carroças. Fora isso, os chips insanos (os que sofrem do brick bug), perdiam muito da vida útil pela escrita constante nos mesmos locais (pela falta do trimm e outros comandos que eram removidos) e acabavam morrendo coisa de 2 anos depois.
Eu mesmo tenho um s2 com o chip insano, mas instalei uma custom rom que tem um comando trimm e outros, feitos num algoritmo especial desenvolvido pela galera que fazia essa rom, e ele reduz bastante (mas não elimina) o risco de "brickar" o emmc. Porém esse mesmo s2, já está com o emmc muito gasto, o dono anterior sempre deixou ele com o 4.1.2 da samsung sem trimm, por isso, o emmc está bem gasto, e perdeu bastante velocidade. Talvez ele dure coisa de mais 1-2 anos.