Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 08/06/2012 - 01:18h
O que faz uma impressora ressecar mais que as outras nem sempre é o fator "marca".
Por exemplo, as Epson - que são bastante amigáveis com Linux - costumam ter os cartuchos originais mais baratos e tintas muito melhores que as demais.
No entanto, se não houver um bom volume de impressão - ou uma periodicidade, pelo menos - toda a vantagem se torna em desvantagem, porque se uma tinta Epson ressecar, certamente prejudicará a cabeça de impressão e poderá em termos práticos simplesmente inutilizar a impressora (= lixo). As Epson no geral são "as rainhas" quando se trata de instalar CISS (chamado por aqui de "bulk ink")
As HP - que dão suporte ao Linux através do HPLIP - tem cartuchos mais simples, onde ficam as cabeças de impressão. Com isso, mesmo o cartucho ressecando, e entupindo de tal forma que não dê jeito, basta substituir o cartucho e o problema estará resolvido.
Hoje em dia temos impressoras e multifuncionais HP de preço bastante acessível, com cartuchos relativamente baratos (ou melhor, custam pouco dinheiro) mas com uma capacidade pífia de 1,5mL o que dá para imprimir cerca de 100 páginas, podendo deixar o usuário em má situação se tiver de imprimir algum relatório grande.
E já que falei em CISS (bulk), a verdadeira rainha do bulk é a HP 8000. Porém é uma impressora do tipo "professional" e de preço elevado.
A Canon não dá suporte nenhum para o Linux porém tem cartuchos relativamente simples e um pouco maiores que os da HP. Alguns porém tem uma "pegadinha" na hora de recarregar. Minha Pixma ip1200 usa cartuchos que custam a "bagatela" de R$ 140,00 se tiver de trocar os dois ao mesmo tempo.
Não gosto de falar mal de marcas, mas da Lexmark só conheço um modelo antigo que não é problemático.
Tem modelos cujos cartuchos originais são inexplicavelmente mais caros que a própria impressora - e não permitem recarga.
Tintas originais mal formuladas, mecanismo fraco. Nem parece a mesma Lexmark dos tempos da IBM.
Ah, e suporte a Linux, nem pensar. Quem quiser fazer CISS em uma Lexmark vai é arranjar uma lambança daquelas...
O usuário tem de ver qual o seu perfil de utilização.
Se imprime muito, se pouco, se quer muitas cópias a cores, se apenas preto, ou se preto com algumas cores eventuais.
Muitas das informações necessárias não são do conhecimento dos vendedores. Para saber se é compatível com Linux, nem mesmo as HP declaram isso na embalagem.
Mas vai aqui a dica: Quando elas declaram ser compatíveis com MacOS, isso em geral siginifica também que elas são suportadas pelo HPLIP.
Nesse caso, podemos ter como quase certo que funcionarão no sistema do Pinguim, mesmo que sua instalação eventualmente seja difícil.
As Samsung, por outro lado, quando são compatíveis, deixam isso bem claro na embalagem.
Quanto às demais marcas, não se deve adquirí-las por ocasião de seu lançamento, porque certamente elas ainda não serão compatíveis.
Quando elas já tem mais ou menos 1 ano de lançamento, aí sim, podemos verificar no site da Open Printing qual o driver apropriado para elas.
Antigamente as laser eram muito caras, mas hoje estão bastante acessíveis, a ponto de podermos ter uma em casa, inclusive colorida.
Os consumíveis de uma laser, a longo prazo, são infinitamente mais baratos que uma jato de tinta. Porém lá para as tantas irá suceder de coincidir ter de trocar mais de um toner e mais o cilindro e o fusor. E aí pode ficar bastante salgado e doer no bolso.
É mais ou menos a mesma sensação de quem tem um carro muito econômico, que faça 30km com 1 litro de combustível, mas que na ocasião de pagar o IPVA e DPVAT tenha também que retificar o motor, trocar 4 pneus, os amortecedores, e ainda fazer revisão e abastecer.
Não estou com isso dizendo para ninguém desistir de uma laser.
Lá no escritório temos uma valente Samsung que já está pelo terceiro toner.
Apenas, como sou um pessimista nato, estou alertando pra a possibilidade de acontecer ter de trocar não só o toner. Como todos por aqui sabem, "o Murphy" anda à solta por aí...
Um bom indicativo para quem sabe ler nas entrelinhas é verificar os anúncios de impressoras usadas.
Em geral essas impressoras são anunciadas como estando "perfeitas", porém vendidas invariavelmente sem os cartuchos.
Isso em geral é um indicativo de que não se tem condições de experimentar a tal impressora "Estava funcionando perfeitinho, só está sem os cartuchos!..."
As mais anunciadas são as Lexmark (a preço de banana) - sempre sem os cartuchos, as Epson que, por falta de utilização deixaram que as cabeças de impressão entupissem, as Canon cujos cartuchos são difíceis de encontrar e até mesmo as HP, mas nesse caso com problemas mecânicos.
Em seguida, e com preços um tanto altos, aparecem as Xerox, Sharp, Panasonic, Kiocera, assim como as "aves raras": Olivetti, NCR, etc.
A regra é clara: Impressora muito anunciada por particulares no mercado de usadas é quase sempre uma impressora-problema!
Particularmente acho que as melhores escolhas estão entre Epson e HP, mas o usuário deverá ver também qual deverá ser o seu volume mensal de impressão.
Impressoras para "1000 cópias mensais" permitem que se imprima apenas algo em torno de 33 a 34 páginas por dia, considerando-se 5% do total da página.
Quem precisa imprimir textos muito densos ou imagens "chapadas" já sabe que terá impressora por pouquíssimo tempo, pois ela simplesmente não aguentará o regime de trabalho.
Tenho agora uma multifuncional HP 2050 All-in-One J510, uma impressora de bom preço, que vem com cartuchos incrivelmente pequenos (1,5mL e 2mL) que imprimem cerda de 100 páginas.
Mas não adianta pular muito, porque a maioria das impressoras está vindo com cartuchos minúsculos, entre 1mL e 4mL, e alguns deles têm algum tipo de proteção contra recarga.
Essa HP não funcionava no Ubuntu de jeito nenhum. Tive de reinstalar o HPLIP diretamente do site do fabricante, pois o Ubuntu não tem a versão mais nova em seus repositórios e diz que "a versão mais atual já está instalada".
Isso é coisa do Murphy e do Pinocchio: A versão que vem no Ubuntu na verdade é a 3.10.x e a versão do site de HP é a 3.12.4 ...