paulo1205
(usa Ubuntu)
Enviado em 03/02/2013 - 06:25h
No Android tem como desativar isso, e quanto ao Chrome, bem, usa o Chrome quem quiser, existem alternativas. Agora o SISTEMA OPERACIONAL fazer isso é o fim da picada. Boicote ao MS Ubuntu já!
EDIT: estou esperando ansiosamente pela resposta do rms a essa barbárie.
Pessoalmente nunca gostei dessas buscas integradas. Mesmo antes de a privacidade ser muito afetada, o desempenho da máquina vai para a cucuia para favorecer uma busca que eu quase nunca faço. Hoje em dia, esses indexadores continuam elevando o load, e beneficiam muito pouco quem já é organizado na hora de colocar as informações no disco.
Mas acho um tanto curioso que você use para o Android o argumento de que se pode desligar, mas caia de pau em cima do Ubuntu, como se ele não oferecesse a mesma opção.
E lembre-se de que, ao contrário do que você disse, não é o SO que o faz, mas tão somente uma aplicação associada à interface gráfica, que se pode muito bem não utilizar (Gnome 2, KDE, Xfce e vários outros WMs estão disponíveis no Ubuntu). Aliás, de certa forma isso também vale para o Android: você teoricamente poderia deixar seu GPS sempre desligado e usar o aparelho sem tocar no Google Maps ou GPS Navigator, e usar um navegador web de terceiros, que seja mais amigável do ponto de vista de privacidade (mas eu não ponho minha mão no fogo pelo Firefox ou pelo Opera).
Pode ser interessante ler a crítica que o Stallman eventualmente fizer disso (se é que o fará, pois no fundo, ele já se manifestou sobre pontos invasivos do Ubuntu anteriormente), mas com as devida cautela. Eu concordo com algumas coisas que ele diz sobre privacidade mas, mesmo nesses pontos, é importante saber que não existe privacidade absoluta num mundo conectado: ou se abre mão da privacidade pela conveniência, ou se opta por não estar conectado -- e tal opção é mais difícil a cada dia. No
minimo minimorum, as empresas de telecom têm de rastrear com quem nós falamos (e, no caso de celular, também onde nós estamos, por triangulação de antenas), e os bancos -- quem tem a graça de viver sem eles hoje em dia? -- têm de rastrear todas as nossas movimentações financeiras.