Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 19/09/2009 - 16:35h
O terminal, independente da definição que possa ser dada, é um recurso que possibilita ao usuário ter acesso a uma linha de comandos.
É essa linha que permite que ele insira comandos que serão interpretados pelo sistema no sentido de obter os resultados desejados.
Façamos uma comparação, ainda dentro do windows (95 ou 98, para ficar mais fácil):
Quando desejamos copiar o conteúdo de um CD para o HD, existe uma facilidade para automação desse processo, e que consiste em clicar sobre o ícone do drive de CD, arrastar e soltar sobre o ícone do HD. Simples assim.
Embora esse processo seja fácil e resolva boa parte do problema, tudo estará restrito a uma única forma, um procedimento padrão que nem sempre irá de encontro às reais necessidades do usuário.
Então, para que os arquivos sejam copiados de uma maneira específica, por exemplo, verificando a qualidade da cópia ao final, precisaremos recorrer ao "prompt do DOS" e ali inserir o seguinte comando:
COPY D:*.*C: /V
(Esse comando copia tudo que estiver no volume D: para o C: e verifica se os arquivos estão idênticos)
Para comparar o conteúdo de uma gravação que acabamos de fazer, o Windows não nos dá opções.
Então mais uma vez será o "prompt do DOS" que nos dará essa condição através do comando
FC D:*.* C:
(Compara todos os arquivos gravados no volume D: com seus correspondentes no volume C:)
Então o "terminal" do Linux é realmente como se fosse o "prompt do DOS", apenas que muito mais poderoso.
Vale observar que, à medida em que as distros Linux se tornaram mais amigáveis para o usuário, inúmeras funções já se encontram totalmente automatizadas e o usuário dificilmente precisará mexer nelas.
No entanto, sempre estará aberta a possibilidade de desejarmos melhorar a abrangência e o desempenho de certos procedimentos, através do terminal. Isso é uma liberdade nossa.
Uma vez feitas as configurações que julgarmos necessárias (ou simplesmente melhores), o sistema poderá executá-las de acordo com o "nosso" figurino.
Muitos afirmam que o Linux é "difícil" por causa do uso do terminal, que ERA obrigatório na época dos 386 e 486 da vida.
Mas também naquela época o próprio Windows exigia algum "tweaking" por parte do usuário para que pudesse funcionar bem.
Muitos usuários jamais souberam como configurar um teclado ou um mouse, ou estabelecer uma conexaão com a internet.
Então, se funcionasse bem "de primeira", tudo bem; Se não, tentava-se isso ou aquilo, até que viesse o "técnico" e reformatasse o Hd inteiro...
Muitos desses "técnicos" não sabem até hoje por que o microfone "não funciona" no Skype, já que "está tudo certinho!"
(está realmente tudo certinho, só falta LIGAR o microfone ao sistema operacional)...
Portanto, se existe alguma "dificuldade" no uso do terminal do Linux, também havia com relação ao Windows.
Apenas que no windows atualmente a coisa complicou um pouco:
Temos de ir no Iniciar/Executar (da Barra de Tarefas) e em seguida indicarmos o nome do programa ou do comando específico, com todos os parâmetros necessários.
E quem sabe fazer isso hoje em dia?
E aqui vai mais uma definição para o Terminal:
É uma janela (*) que permite acesso ao Console (**) para que o sistema operacional possa receber comandos diretos do usuário.
(*) janelas fazem parte da interface gráfica;
(**)Console é o modo não-gráfico do Linux, em texto puro;